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Título
IMAGENS E IMAGINÁRIO DA LIBERTINAGEM E DA VIOLÊNCIA EM SADE E A QUESTÃO EDUCATIVA
Orientador
Luzia Batista de Oliveira Silva
Autor
TAITSON ALBERTO LEAL DOS SANTOS
Palavra chave
Marquês de Sade, Imaginário, Imaginário da violência, Literatura libertina, Natu
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
01/01/2013
Nº Downloads
1322
Resumo
O presente trabalho é resultado do estudo e da reflexão da obra do filósofo e literato setecentista, Marquês de Sade, em que delineiam-se algumas categorias fundamentais (imaginário, imaginário da violência, estética da violência, natureza, alcova, libertinagem, preceptores imorais e mestres do imoralismo), que convergem e contribuem para a compreensão daquilo que se pode denominar de constelação de imagens que caracterizam a violência e a libertinagem, na literatura filosófica do autor. Fez-se uma análise do imaginário sadiano, destacando-se as categorias que são recorrentes e fundamentais para que se possa compreender o próprio autor, tomando como referencial Gaston Bachelard. A pesquisa se pautou numa coleta de dados bibliográficos, análise, reflexão e interpretação de literatura primária e secundária no que tange ao imaginário da violência sadiana. Quanto aos objetivos, os mesmos se pautam numa reflexão a respeito de sua contribuição filosófica e literária para que se pensem embates e desatinos estéticos, os valores negativos que se constelam sobre a ideia de uma pedagogia libertina, ainda que inviável; as ideias que podem alcançar ou distanciar os indivíduos de uma educação libertária nos moldes de uma educação emancipadora, como as que trabalham para a conquista e construção da autonomia dos sujeitos implicados no processo educativo. Objetivou-se também investigar quais as imagens, ideias e ideologias que Sade aponta ou rechaça, as quais, sem dúvida deixam a descoberto as feridas, as fragilidades, as fraquezas e as mazelas da sociedade do período setecentista e que certamente nos levam a pensar a educação na atualidade. Sade transforma a essência do vivido em matéria textual, garantindo liberdade aos excessos de sua imaginação e realizando na literatura as mais estranhas exigências que o atormentavam.
Abstract
This work is the result of reflection and study of the work of eighteenth-century philosopher and litterateur, Marquis of Sade, which are outlined in some key categories (imaginary, imaginary violence, aesthetics of violence, nature, alcove, licentiousness, immoral and preceptors immoralism masters), which converge and contribute to the understanding of what can be termed constellation of images featuring violence and debauchery, in the philosophical literature of the author. There was an analysis of the imaginary Sade, highlighting the categories that are recurring and fundamental so that one can understand the author himself, taking as reference Gaston Bachelard. The research was based on a bibliographical data collection, analysis, reflection and interpretation of primary and secondary literature regarding the imagery of violence sadiana. As for goals, they are guided in a reflection on his contribution to literary and philosophical thinking that clashes and aesthetic blunders, negative values that constellated about the idea of a pedagogy libertine, though impracticable; ideas that can achieve individuals or distance education a libertarian in the mold of emancipatory education, such as those working for the conquest and construction of the autonomy of individuals involved in the educational process. We also investigate which images, ideas and ideologies that Sade points or rejects, which undoubtedly leave uncovered wounds, the weaknesses, the weaknesses and ills of society and the eighteenth-century period that certainly lead us to think education today. Sade transforms the essence of living in textual matter, granting freedom to the excesses of his imagination in literature and performing the strangest demands that tormented him.