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Título
CARTOGRAFIA: CONTRIBUIÇÕES À LEITURA E AO ENSINO DE MAPAS
Orientador
José Maria de Paiva
Autor
ADRIANO SCALZITTI
Palavra chave
Cartografia escolar. Ensino por meio de mapas. Linguagem cartográfica. Projeções
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
01/01/2013
Nº Downloads
13071
Resumo
Este trabalho baseou-se no enfoque sistêmico para introduzir a geografia, permeada pela história e cultura da sociedade, em sua trajetória de produção e confecção de mapas. Nesta linha de ação existem inúmeros elementos significados por meio da semiologia gráfica que, dispostos sobre as projeções continentais, passaram despercebidos aos mareantes e comerciantes que se interessavam apenas pela orientação atribuída pela relatividade espacial, balizadas por meio das coordenadas de localização direcionadas pela rosa dos ventos.
A produção cartográfica, analisada sob uma ótica histórico-geográfica, apresenta traços culturais oriundos do pensar e do agir de seus criadores. O grande comércio iniciado por volta do século X imprimiu suas marcas na produção cartográfica, especialmente na razão científica e nas técnicas de produção de mapas.
Com o decorrer dos tempos a educação cartográfica se fez necessária para capacitar leitores e cartógrafos. O ensino da cartografia em geografia deixou de lado a evolução histórica que sinaliza a produção de mapas conforme as necessidades daqueles que os financiaram. Negado ao aluno o conhecimento do processo histórico de produção cartográfica, aliado a capacitação parcial na leitura e interpretação de mapas, outros elementos passam despercebidos como, por exemplo, os motivos que levaram as distorções das formas continentais apresentadas como o exemplo da projeção de Mercator. O ensino de inúmeras formas de projetar a Terra em mapas corresponde a um dos atributos de competência de ensino da cartografia escolar no ensino médio, mas os motivos que levaram as distorções apresentadas pelas formas e a disposição dos continentes e oceanos não são abordados pelos materiais didáticos oferecidos. A incapacidade de ler e compreender mapas torna o discente alheio às transformações que ele imprime a Terra e aquelas que ele sofre relacionadas às ações transformadoras de outros grupos sociais. Essas ações e processos significados pela cartografia escolar merecem atenção no processo ensino/aprendizagem.
Abstract
This work has been based on the systemic approach to introduce geography, permeated by society culture and history, in its path on producing and making maps. In this line of action there are innumerous meaningful elements that, throughout graphic semiology, disposed over continental projections, went unnoticed by mariners and merchants who were only interested on the given orientation made by spatial relativity, set out according to the location coordinates pointed by the compass card.
Cartographic production, analyzed under a historical and geographical perspective, presents cultural traits that came from the thinking and acting of their creators. The great trade transactions initiated around the tenth century imprinted their marks into cartographic productions, especially into scientific reasoning and map making techniques. As time went by, cartographic education has made itself needed in order to empower readers and cartographers. Education in geography about cartography has left behind historical evolution what infers that map making was done after the needs of the ones who financially supported it.
It has been denied to the students the knowledge of the historical process of cartographic production, and, combined with partial enablement on maps reading, and interpretation, other elements go overlooked as, per example, distortions presented by Mr. Mercato’s projections. Teaching innumerous ways on projecting the earth in maps correspond to one of the geography attributes in high school, but motives that lead to the presented distortions, as forms and continents and oceans locations are not quoted into educational material offered to the students. Inability on reading and understanding maps make the students unable to comprehend transformations they imprint on Earth and results of transforming actions from other social groups.
The meaning of these actions and of mapping process in school cartography has their own attributes, and deserves especial attention throughout teaching/learning process.