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Título
O QUE DIZEM ADULTOS CEGOS SOBRE O PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM
DA LEITURA E DA ESCRITA
Orientador
Maria Inês Bacellar Monteiro
Autor
Rosana Davanzo Batista
Palavra chave
Inclusão; Cegueira; Braille; Material Digital; Alfabetização.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
31/08/2012
Nº Downloads
1856
Resumo
Neste estudo propus-me a conhecer o que dizem os adultos cegos sobre o
processo de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, considerando os
recursos especiais atualmente existentes: Braille e Material Digital. Orientei-me
teoricamente pelos estudos fundamentados na perspectiva histórico-cultural,
assumida por Vigotski e desenvolvida por autores contemporâneos, com
ênfase nas questões conceituais relacionadas à educação de alunos com
necessidades especiais, particularmente de pessoas cegas. A pesquisa de
campo, realizada em uma cidade do interior do Estado de São Paulo, envolveu
entrevistas com três adultos e quatro crianças cegas que frequentavam o início
do ensino fundamental de uma escola regular. Nas análises as transcrições
das falas dos adultos foram consideradas centrais para meu objetivo, enquanto
as entrevistas com as crianças serviram para trazer informação complementar
sobre o uso de recursos especiais no contexto da educação inclusiva. Esses
últimos dados mostraram que na sala de aula regular não são usados nem o
Braille nem os recursos digitais, e na sala especial as atividades dirigidas ao
letramento inicial são de baixa qualidade. Quanto às entrevistas dos adultos,
os resultados indicam que eles atribuem importância tanto ao Braille como ao
Material Digital para a aprendizagem da leitura e da escrita. Todavia, os cegos
adultos apontam alguns problemas advindos da tentativa de substituir o Braille
inteiramente pela introdução de nova tecnologia.
Abstract
The objective of this study was to analyze statements of blind adults regarding
the teaching and learning processes of written language in relation to the
special means available nowadays: Braille and digital resources. The
theoretical reference for the field work was drawn from the cultural historical
perspective, proposed by Vigotski and developed by contemporary authors,
with emphasis on conceptual issues related to the education of students with
special needs, specifically of blind persons. The research, undertaken in a
middle-sized town of São Paulo State, involved interviews with three blind
adults and four blind children who were attending a regular elementary school.
In the analyses the transcriptions of the adults’ speech were considered central
to our objective, while the children’s interviews was meant to bring
complementary information about the use of special resources in the present
the context of inclusive education. The latter data showed that in the regular
classroom neither Braille nor digital means are present in the students’
activities, and in the special classroom the activities addressed to initial literacy
have a low quality. In relation to the adults’ findings, they ascribe importance
both to Braille and digital resources for the learning to read and write. However,
they point to problems deriving from the attempt to substitute Braille entirely by
the introduction of new technology.