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Título

PRÁTICAS DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA ALUNOS SURDOS

Orientador

Maria Inês Bacellar Monteiro

Autor

MALY MAGALHÃES FREITAS DE ANDRADE

Palavra chave

educação de surdos, gêneros textuais, ensino de língua portuguesa para surdos

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO (PPGE)

Área

CIÊNCIAS HUMANAS

Data da defesa

01/01/2012

Nº Downloads

16858

Resumo

Esse estudo tem como tema o ensino da língua portuguesa como segunda língua para surdos. O objetivo da pesquisa foi conhecer e analisar as práticas de ensino da língua portuguesa para esses alunos, explicitando as possibilidades e dificuldades vividas no processo de ensino-aprendizagem da língua portuguesa por estes alunos e seus professores ouvintes. O estudo de campo foi desenvolvido na Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação - DERDIC, instituição vinculada a Pontifícia Universidade Católica / PUC /SP. Durante duas semanas foram observadas seis aulas de língua portuguesa em uma sala de 8º ano (ciclo de 9 anos) com 15 alunos de idades entre 13 e 16 anos, sendo 10 meninos e 5 meninas. Á partir do registro em diário de campo foram selecionados episódios das aulas organizados em três núcleos temáticos: “Tradução e construção de sentidos”, “Compartilhando saberes”, e “Os gêneros textuais e a produção escrita”. Os dados mostram as possibilidades e dificuldades vividas por professores e alunos na leitura e construção de sentidos dos diferentes textos apresentados. Superar as diferenças de estrutura entre as línguas portuguesa e de sinais constitui um desafio importante no ensino do português para alunos surdos. Fica evidente que quanto maior a fluência de alunos e professores na Língua de Sinais maiores as possibilidades de aprendizagem do português por esses alunos. Os resultados mostram também que apesar de serem oferecidas condições para um ensino de língua como atividade discursiva, na prática, os professores ainda encontram dificuldades em abandonar o ensino de língua como código. É importante destacar que alguns gêneros textuais apresentam características que tornam mais complexo o processo de ensino-aprendizagem para alunos surdos. É o caso, por exemplo, da poesia, mas esta complexidade não pode impedir o acesso deles a esse conhecimento.

Abstract

This study has as its theme the teaching of Portuguese language as second language for the deaf. The purpose of the research was to know and to analyze the teaching practices of the Portuguese language for these students, explaining the possibilities and difficulties, experienced in the process of teaching and learning of Portuguese language for these students and their listener teachers. The field study was developed within the Division of Education and Communication Disorder Rehabilitation- DERDIC, institution linked to Pontifical Catholic University – PUC/SP. For two weeks were observed six Portuguese language classes in a room of 8th grade( cycle of 9th grade) with15 students of ages between 13 and 16 years old being 10 boys and 5 girls. Taken from the register in field daily were selected episodes of classes organized in three subject matter nucleus: translation and construction of sense, sharing knowledge, textual genres and writing production. The researches show the possibilities and difficulties experienced by teachers and students in reading and construction of senses of the various texts presented. Overcoming differences in structure between the Portuguese languages and sign languages constitute an important challenge teaching of Portuguese language for deaf students. It's clear, that the higher the fluence of students and teachers in sign languages higher are the results also show that despite being offered constitutions for teaching of language as activity discourse, in practice, the teacher still find difficulties to abandone the teaching of language as code. It's important to show up that some textual genres have characteristics that make more complex the teaching process of same for deaf students. This is the case, for example, of poetry, but this complexity cannot prevent access for deaf students.