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Título

EFEITO AGUDO DE UMA SESSÃO DE ALONGAMENTO UNILATERAL NO CONTROLE POSTURAL UNIPODAL DO MEMBRO IPSILATERAL E CONTRALATERAL EM SUJEITOS NÃO TREINADOS

Orientador

PAULO HENRIQUE MARCHETTI

Autor

BRAULIO NASCIMENTO LIMA

Palavra chave

Equilíbrio, estabilidade, flexibilidade

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO FÍSICA

Área

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Data da defesa

21/11/2013

Nº Downloads

1837

Resumo

Diversos estudos apontam os efeitos agudos deletérios do alongamento na performance de atividades de força e potência. Tais efeitos podem ser atribuídos a alterações em diversos sistemas biológicos, como o tecidual e neurofisiológico. O controle da postura em pé é uma tarefa fundamental, baseada em complexa integração dos sistemas neuromusculares, vestibulares, visuais, somatossensorial. Portanto, os efeitos do alongamento poderiam influenciar as respostas aferentes, eferentes e mecânicas do tecido biológico, podendo afetar o controle postural por modificações na estabilidade das articulações ou redução da propriocepção. Objetivo: investigar os efeitos agudos do alongamento passivo dos flexores plantares, unilateral, na atividade muscular do gastrocnêmio lateral (GL) e controle postural durante uma tarefa de manutenção da postura quieta unipodal. Casuística: Quatorze indivíduos saudáveis e não treinados, jovens realizaram a tarefa de manutenção da postura quieta unipodal sobre uma plataforma de força. Foram realizadas 3 tentativas de 30s antes e depois de um protocolo de alongamento passivo unilateral para os flexores plantares (6 séries de 45s/15s, 70-90% da sensação subjetiva de desconforto), após o protocolo apenas o membro alongado realizou mais duas tentativas 10’ e 20’ após o protocolo. A amplitude de movimento (ADM) foi avaliada antes e após o protocolo de alongamento por meio de um flexímetro. Foram analisadas as seguintes variáveis do centro de pressão (COP): área, velocidade (nas direções médio-lateral [m-l] e ântero-posterior [a-p]) e frequência (a-p e m-l). O sinal EMG foi integrado (IEMG) para descrever a atividade muscular do GL durante todo o tempo da tarefa. Resultados: O experimento identificou diferenças estatisticamente significantes apenas entre pré e imediatamente após-alongamento para o membro alongado na área elíptica do COP (P=0,015, TE=2,38, Δ%=23,5) e IEMG (P=0,036, TE=5,8, Δ%=25,9). Houve diferença entre membros apenas na condição imediatamente após-alongamento (P=0,043, TE=9,5, Δ%=39,8). Não houve diferenças entre as demais condições. Conclusão: O alongamento passivo unilateral afetou significativamente a tarefa de controle postural unipodal apenas na condição imediatamente após o protocolo e somente para o membro alongado. Os aumentos na área do COP e na IEMG do gastrocnêmio lateral parecem estar relacionados, visando à estabilização da articulação do tornozelo, além disto, tais modificações se apresentaram temporárias (dentro de 10') e podem ser explicadas por alterações mecânico-sensoriais.

Abstract

Several studies have shown the acute deleterious effects of stretching in the performance of activities as strength and power. Such effects can be attributed to changes in several biological systems, such as neuronal, mechanical, metabolical or structural aspects. . The control of quiet standing posture is a fundamental task, based on complex integration of neuromuscular, vestibular, visual, and somatosensorial systems. Therefore, the effects of stretching could influence the afferent, efferent and mechanical answers of the biological tissue, affecting the postural control by changing the joint stability or by reducing the proprioception. Objective: To investigate the acute effects of passive stretching on plantar flexors, unilateral in muscle activity of lateral gastrocnemius and postural control during a unipodal quiet standing tasks. Methods: Fourteen healthy and non-trained young individuals performed the tasks of maintaining a quiet unipodal standing posture on a force platform. Three trials were performed during 30s, before and after a unilateral passive stretching protocol, for the ankle joint (6 sets of 45s/15s series, 70-90% of the discomfort subjective scale), after the protocol only the stretched limb performed two more trials after 10 'and 20'. The passive range of motion (ROM) was evaluated before and after the stretching protocol by a fleximeter. We analyzed the following variables of the center of pressure (COP): area, speed (medio-lateral [m-l] and antero-posterior [a-p] directions) and frequency (ap and ml). Additionally, the EMG signal was integrated (IEMG) to describe the lateral gastrocnemius muscle activity throughout the tasks. Results: The study identified statistically significant differences between pre and immediately after stretching protocol only to the stretched limb in the COP area (P=0.015, TE=2.38, Δ%=23.5) and IEMG (P=0.036, TE=5.8, Δ%=25.9). There were differences between members only on condition immediately after stretching protocol (P=0.043, TE=9.5, Δ%=39.8). Conclusion: The passive stretching affected the ROM and the unipodal quiet standing postural control only to the stretched limb and to immediately after condition. The increases in the COP area and the IEMG seem to be related aiming the stabilization of the ankle joint, such modifications were temporary (within 10 ') and can be explained by mechanical-sensory changes.