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Título

Efeitos do treinamento físico aquático sobre a função respiratória e a capacidade funcional de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica.

Orientador

Profa Dra Marlene Aparecida Moreno

Autor

Viviane Cerezer da Silva

Palavra chave

DPOC, hidroterapia, força muscular, aptidão física, testes de função respiratóri

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

26/02/2013

Nº Downloads

1556

Resumo

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada pela obstrução ao fluxo aéreo, que além do comprometimento pulmonar, produz consequências sistêmicas significativas, as quais podem ser minimizadas com o treinamento físico. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de um programa de exercícios físicos aeróbios aquáticos sobre a força muscular respiratória, a mobilidade toracoabdominal, a capacidade funcional, e a dispneia em pacientes com DPOC. Foram estudados 16 voluntários com diagnóstico de DPOC (classificação GOLD I/II/III/IV), gênero masculino, divididos em grupo controle (GC) que participou somente das avaliações, e o grupo treinamento (GT) que participou de 24 sessões de um programa de treinamento de exercícios aeróbios aquáticos, realizado três vezes por semana, por oito semanas. A sessão durava aproximadamente 60 minutos. Antes e após o protocolo de exercícios, os pacientes foram submetidos à avaliação da força muscular respiratória pela medida das pressões respiratórias máximas, da mobilidade toracoabdominal pela cirtometria, da capacidade funcional pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6’), e da dispneia pela escala Medical Research Council (MRC), e pela escala de Borg . Para a análise dos dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk, Teste t de Student pareado, e o Teste t de Student não pareado, com nível de significância de 5%. A relação entre as variáveis estudadas foi avaliada pelo Coeficiente de Correlação de Pearson (r). Os resultados demonstraram diferença significativa para o GT, na comparação entre os valores das pressões respiratórias máximas (cmH2O) nas condições pré e pós-treinamento, (Pressão Inspiratória Máxima: 75±18,3 vs. 84,4±20,6; Pressão Expiratória Máxima: 141,3±36,7 vs. 157,5±39,4). Para o GC, não houve diferença. Na análise da mobilidade toracoabdominal comparando as condições pré e pós treinamento, não foram encontradas diferenças significativas para o GC, entretanto o GT mostrou aumento significativo nos níveis axilar e abdominal (cm) após o treinamento (Axilar: 5,9±2,2 vs. 7,8±1,4; abdominal: 1,1±0,7 vs. 3,8±2,5). Com relação à capacidade funcional, foi verificado aumento significativo na distância percorrida (DP) entre o pré e póstreinamento apenas do GT (DP 466,1±74,4 vs. 541,4±75,7). No que se refere à dispneia, os resultados mostraram que após o período de treinamento, houve redução significativa somente para o GT, na avaliação pela escala MRC (3,1±1,0 vs. 1,9±0,8), e pela escala de Borg (5,62±0,74 vs. 3,50±0,53). A análise de correlação demonstrou resultado significante do TC6’ com as pressões respiratórias máximas (PImáx r=0,89 e PEmáx r=0,82), cirtometria (axilar r=0,74 e xifoideana r=0,67) e Borg dispneia (r=-0,62). Conclui-se que o treinamento físico aeróbio aquático promoveu adaptações benéficas sobre a força muscular respiratória, mobilidade toracocabdominal, capacidade funcional, e dispneia em pacientes com DPOC.

Abstract

The chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is characterized by airflow obstruction that besides pulmonary commitment produces significant systemic consequences, which can be minimized with physical training. The aim of this study was to evaluate the effect of an aerobic aquatic exercise program on respiratory muscle strength, mobility thoracoabdominal, functional capacity, and dyspnea in patients with COPD. We studied 16 males patients with a diagnosis of COPD (GOLD classification I / II / III / IV), that were randomized into control group (CG) that attended only the evaluations, and training group (TG) who participated in 24 sessions of a training program of aquatic aerobic exercises, performed three times a week for eight weeks. The session lasted approximately 60 minutes. Before and after the exercise protocol, patients underwent assessment of respiratory muscle strength by measuring the maximal respiratory pressures, by cirtometry thoracoabdominal mobility, functional capacity at 6-minute walk test (6MWT), and dyspnea by Scale Medical Research Council (MRC) and scale of the Borg. For data analysis it was used the Shapiro-Wilk test, paired Student t test, and Student t test unpaired, with a significance level of 5%. The ratio between variables was assessed by Pearson's correlation coefficient (r).The results showed a significant difference between the values of maximal respiratory pressures (cmH2O) under the conditions pre-and post-training (Maximal inspiratory pressure: 75 ± 18.3 vs. 84.4 ± 20.6; Maximal Expiratory Pressure: 141 , vs 36.7 ± 3. 157.5 ± 39.4). For the CG, there was no difference. In the analysis of thoracoabdominal mobility comparing conditions before and after training, no significant differences were found for the CG, however the TG showed a significant increase in the axillary and abdominal levels (cm) after training (axillary: 5.9 ± 2.2 vs. 7.8 ± 1.4; abdominal: 1.1 ± 0.7 vs. 3.8 ± 2.5). Regarding the functional capacity, a significant increase was observed in the distance (SD) between the pre and post-training only in the TG (SD ± 74.4 vs 466.1. 541.4 ± 75.7). With regard to dyspnea, the results showed that after the training period, there was a significant reduction only for TG, the MRC Scale evaluation (3.1 ± 1.0 vs. 1.9 ± 0.8), and Borg dyspnea (5.62±0.74 vs. 3.50±0.53). Pearson’s correlation was statistically significant between 6MWT and the maximal respiratory pressure (IPmax r=0,89 and EPmax r=0,82) cirtometry (axillary r=0,74 and xyfhoid r=0,67) and Borg dyspnea (r=-0,62). It is concluded that the aquatic aerobic exercise promoted beneficial adaptations on respiratory muscle strength, mobility toracocabdominal, functional capacity, and dyspnea in patients with COPD.