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Título
Efeitos do alongamento do peitoral menor no comprimento muscular, função e cinemática escapular em sujeitos assintomáticos e sintomáticos para dor no ombro.
Orientador
Profa. Dra. Paula Rezende Camargo
Autor
DAYANA PATRICIA ROSA
Palavra chave
Encurtamento, Escápula, Fisioterapia, Síndrome do Impacto.
Grupo CNPQ
Programa
MS - FISIOTERAPIA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
25/02/2014
Nº Downloads
1893
Resumo
O objetivo do primeiro estudo foi avaliar a confiabilidade entre-tentativas de um mesmo avaliador num mesmo dia e entre-dias para o comprimento do músculo peitoral menor (PM) com a fita métrica, em sujeitos assintomáticos e sintomáticos para dor no ombro. A mínima diferença detectável também foi calculada. O objetivo do segundo estudo foi verificar os efeitos de um protocolo de alongamento para o músculo PM no seu comprimento de repouso, função e cinemática 3D da escápula durante a flexão do braço em sujeitos assintomáticos e sintomáticos para dor no ombro com o PM encurtado. Para o estudo 1, foi avaliada uma amostra de 25 sujeitos assintomáticos (25,76±6,95 anos; 64,12±10,76kg; 1,7±0,08m) e 25 sintomáticos (26,96±5,79 anos; 67,54±9,68kg; 1,7±0,12m) para dor no ombro. Foram feitas 2 medidas do músculo PM com a fita métrica e o mesmo procedimento foi repetido num intervalo de 24-72h para avaliar a confiabilidade da medida entre-dias. Foi encontrada excelente confiabilidade entre-tentativas e entre-dias para a avaliação do comprimento do PM com a fita métrica, por um mesmo avaliador. Concluiu-se que um mesmo avaliador pode medir o comprimento em repouso do peitoral menor de modo confiável através da fita métrica, em sujeitos assintomáticos e sintomáticos para dor no ombro ao longo do tempo. Para o segundo estudo, foram avaliados 47 sujeitos (25 sujeitos assintomáticos: 25,76±6,95anos; 64,12±10,76kg; 1,7±0,08m; e 22 sintomáticos: 27,09±6,10anos; 67,79±9,05kg; 1,7±0,13m, para dor no ombro). Todos passaram por 2 avaliações iniciais, com período de uma semana entre as mesmas. Em cada dia, dois questionários (DASH e SPADI) para avaliação de dor e função do ombro foram aplicados. Também foram avaliados o comprimento de repouso e na posição de retração do PM, a rotação lateral e a cinemática escapular durante a flexão do braço, com um sistema de rastreamento eletromagnético. O protocolo de alongamento foi realizado diariamente (4 vezes de 1 min com intervalo de 30s entre as repetições) por 6 semanas. O grupo assintomático não apresentou diferença entre as avaliações para as pontuações do DASH e do SPADI (p>0,016). Já para o grupo sintomático a pontuação do DASH diminuiu na avaliação 3, quando comparada com as avaliações 1 e 2 (p<0,016) e também diminuiu na avaliação 3, quando comparada à avaliação 1, para o questionário SPADI (p<0,016). O comprimento de repouso do PM diminuiu apenas no grupo sintomático na avaliação 3, quando comparada à 1 (p=0,013) e não teve diferenças para o comprimento na posição de retração nos dois grupos. A rotação lateral não se alterou de maneira significativa entre as avaliações em ambos os grupos. Para o grupo assintomático, não houve interação ângulo x avaliação e nem efeito principal de avaliação nas rotações interna e superior da escápula durante a flexão do braço. No entanto, foi encontrada interação ângulo x avaliação para a inclinação da escápula, com diminuição da inclinação posterior escapular (p=0,012) após o alongamento. Para o grupo sintomático, não houve interação ângulo x avaliação e efeito principal de avaliação para as rotações da escápula. Assim, sugere-se que o alongamento realizado não foi efetivo para alterar o comprimento do PM e a cinemática da escápula durante a elevação do braço, em sujeitos assintomáticos e sintomáticos para dor no ombro, sendo que o mesmo alongamento promoveu uma diminuição da dor e melhora da função em sujeitos com dor no ombro.
Abstract
The purpose of the first study was evaluate the intra-trial reliability and the between-day reliability by single rater (ICC- Intraclass Correlation Coefficient; SEM – Standard Error of Measurement) using a tape measure to assess the pectoralis minor (PM) length of asymptomatic and symptomatic subjects to shoulder pain. The minimum detectable change (MDC) was also evaluated. The second study verified the effects of a stretching protocol for the PM muscle on its resting and retraction length and on the 3D kinematics of the scapula during arm flexion in asymptomatic and symptomatic subjects to shoulder pain and with shortened PM. For study 1 a convenience sample of 25 asymptomatic (25,76±6,95years; 64,12±10,76kg; 1,7±0,08m) and 25 symptomatics subjects (26,96±5,79years; 67,54±9,68kg; 1,7±0,12m) were evaluated. PM length of the subjects was measured twice with a tape measure and the procedure was repeated with an interval of 24-72h to determine the between-day reliability. Intra-trial reliability and between-days reliability were considered very good for assessing the PM length with the tape measure. A single rater can reliably measure PM length within the same day and between-days in asymptomatic and symptomatic subjects to shoulder pain over time. The second study evaluated 47 subjects (25 asymptomatic-25,76±6,95 years; 64,12±10,76kg; 1,7±0,08m and 22 symptomatic-27,09±6,10years; 67,79±9,05kg; 1,7±0,13m; for shoulder pain). All of them were initially assessed twice with one week between the assessments. On each day, they completed two questionnaires (DASH and SPADI) to assess pain and shoulder function. The resting and retraction length of the PM muscle and the external rotation of the arm were also evaluated. Scapular kinematics data during arm flexion were measured using an electromagnetic tracking system. The stretching protocol was performed daily for 6 weeks (4 times for 1 min and 30s interval between repetitions). The asymptomatic group did not present differences between evaluations to DASH and SPADI (p>0,016). The symptomatic group decreased their DASH score in third evaluation as compared with evaluations 1 and 2 (p<0,16). The SPADI score also decreased in symptomatic as compared with evaluation 1(p<0,16). The PM length did not present alterations for asymptomatic group between evaluations. In symptomatic group the PM length increased in evaluation 3 as compared with evaluation 1(p=0,013). The external rotation did not change in both groups over time. There were no interaction angle x evaluation or main effect of evaluation in asymptomatic group, for internal and upward scapular rotations. There was interaction angle x evaluation for scapula tilt, that decreased after intervention (p=0,012). For symptomatic group there were not interaction angle x evaluation or main effect of evaluation in scapular rotations over time. Therefore, the stretching done in this study was not able to change the PM length and scapular kinematics, during arm elevation in asymptomatic and symptomatic subjects to shoulder pain, but it is able to decrease pain and to improve function in subjects with shoulder pain.