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Título

Relação entre força muscular respiratória e desempenho físico de jogadores de basquetebol em cadeira de rodas

Orientador

Marlene Aparecida Moreno

Autor

Raphael do Nascimento Pereira

Palavra chave

Músculos respiratórios; Teste de esforço; Testes respiratórios; Cadeiras de Roda

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

01/02/2013

Nº Downloads

1534

Resumo

O sistema respiratório tem sido apontado como fator limitante do desempenho físico durante a realização de exercícios físicos. Esta limitação está relacionada, dentre outras coisas, com a fadiga da musculatura respiratória. O processo de fadiga desta musculatura durante o exercício físico gera a ativação de diversos reflexos fisiológicos que culminam na redução do fluxo sanguíneo aos músculos esqueléticos dos membros efetores da atividade, o que gera o acúmulo de subprodutos da contração muscular, resultando na queda do desempenho muscular. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a força da musculatura respiratória e o desempenho físico aeróbio de jogadores de basquetebol em cadeira de rodas. Para tal, foram avaliados 19 homens, praticantes de basquetebol em cadeira de rodas (BCR), os quais foram divididos em dois grupos para as análises comparativas entre sujeitos sem controle de tronco (grupo sem controle de tronco – GSCT (n = 12)) e com (grupo com controle de tronco – GCCT (n = 07)) com faixas etárias de 31,67 ± 8,15 e 30,00 ± 6,06 anos, massa corporal de 65,41 ± 16,16 e 68,99 ± 14,90 kg, estatura de 1,59 ± 0,17 e 1,55 ± 0,24 m e índice de massa corporal de 25,64 ± 3,38 e 29,15 ± 6,05 kg/m2, respectivamente. Todos realizaram avaliação da função pulmonar por intermédio da espirometria, avaliação da força muscular respiratória (FMR) pela medida das pressões inspiratórias e expiratórias máximas (PImáx e PEmáx, respectivamente), e avaliação do desempenho físico aeróbio (DFA) pelo teste de 12 minutos para cadeirantes. Os resultados mostraram que os valores obtidos da PImáx em ambos os grupos e da PEmáx no GCCT foram superiores aos previstos. Na avaliação feita entre os dois grupos não foram observadas diferenças nas variáveis PImáx e distância percorrida no teste de 12 minutos, entretanto, foi observada diferença nos valores obtidos da PEmáx entre os dois grupos. Observou-se também forte correlação positiva entre a força muscular inspiratória (FMI) e o DFA (r = 0,66; r2 = 0,44; p = 0,002) e regular entre a força muscular expiratória (FME) e o DFA (r = 0,52; r2 = 0,26; p = 0,02). A partir dos valores da distância percorrida, 4 voluntários foram classificados com nível da capacidade física aeróbia acima da média e 8 apresentaram classificação média no GSCT, já no GCCT 1 voluntário apresentou classificação excelente, 5 acima da média e 1 teve classificação média. Conclui-se que os voluntários estudados apresentaram valores das pressões respiratórias máximas dentro ou acima dos preditos para suas idades e gênero, bem como correlação positiva entre estas pressões e a distância percorrida no teste de esforço, sugerindo que a força dos músculos respiratórios pode exercer influência sobre o DFA de jogadores de BCR.

Abstract

The respiratory system has been indicated as a factor limiting physical performance during physical exercises. This limitation is related with the fatigue of respiratory muscles. The process of the respiratory muscles fatigue during physical exercise leads to activation of several physiological reflexes that culminate in reduced blood flow to skeletal muscles of limbs which leads to the accumulation of byproducts of muscle contraction resulting in the fall of muscle performance. The aim of this study was to evaluate the relationship between respiratory muscle strength and physical performance of wheelchair basketball (WB) players. To this end we evaluated 19 men practicing WB which were divided into two groups for comparative analyzes between subjects with and without trunk control (without trunk control group - WTCG (n = 12)) and with trunk control (with trunk control group - TCG (n = 06)) with age of of 31.67 ± 8.15 and 30.00 ± 6.06 years, body weight of 65.41 ± 16.16 and 68 99 ± 14.90 kg, height of 1.59 ± 0.17 and 1.55 ± 0.24 m and body mass index of 25.64 ± 3.38 and 29.15 ± 6.05 kg/m2, respectively. All subjects underwent pulmonary function assessment through spirometry, respiratory muscle strength (RMS) by measuring the maximal inspiratory and expiratory pressures (MIP and MEP, respectively), and aerobic performance (AP) evaluation by 12 minutes test for wheelchair users. The results showed that the values obtained in both MIP and MEP in the two groups were higher than expected. In assessment between the two groups we observed no significant differences in MIP and 12 minutes test distance, however, there were differences in values of MEP between the two groups. There was also a strong and positive correlation between inspiratory muscle strength and AP (r = 0.66, r2 = 0.44, p = 0.002) and positive and regular correlation between the expiratory muscle strength and AP (r = 0.52, r2 = 0.26, p = 0.02). From the values of distance traveled in the WTCG 4 volunteers were classified as level of aerobic capacity above average and 8 show the average rating. In the TCG 1 volunteer had excellent rating, 5 above average and 1 was rated average. We concluded that the volunteers studied had values of maximal respiratory pressures above the predicted as well the correlation between these pressures and the distance traveled in aerobic performance test suggesting that the respiratory muscle strength can exert a positive influence on the physical performance of wheelchair basketball players.