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Título

Atividade eletromiográfica de músculos respiratórios em diferentes níveis de carga pressórica.

Orientador

Dirceu Costa

Autor

JOÃO PAULO BOMFIM CRUZ VIEIRA

Palavra chave

eletromiografia; músculos respiratórios; modalidades de fisioterapia

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

17/12/2014

Nº Downloads

1807

Resumo

A utilização de cargas pressóricas é comum na prática do fisioterapeuta respiratório. Entretanto, não é clara a relação da quantidade e forma de carga oferecida com a atividade eletromiográfica dos músculos respiratórios. O conhecimento aprofundado do comportamento destes músculos durante as diversas técnicas de fisioterapia cardiorrespiratória pode ajudar na prescrição mais acurada dos exercícios respiratórios. Objetivou-se analisar, por meio da eletromiografia de superfície (EMGs), a atividade elétrica dos músculos esternocleidomastóideo (ECOM) intercostais externos (INTER) e do diafragma (DIAF) durante a respiração tranqüila em posição supina e sentada e em diferentes níveis de cargas pressóricas lineares - 30% , 60% e 90% da pressão inspiratória máxima (PImáx) – e alineares, espirômetro de incentivo a volume (EIV) e a fluxo (EIF). As avaliações foram realizadas em 10 indivíduos jovens saudáveis do gênero masculino, com idade igual a 23.30 ± 2.05 e IMC de 21.93 ± 3.61 m/kg2. Os resultados foram submetidos incialmente ao processo de remoção de artefatos de interferência do sinal elétrico cardíaco, e depois foram normalizados pelos valores de média do sinal retificado da PImáx (RMSn). A análise estatística foi realizada com o teste t de Student pareado e a análise de variância (ANOVA). Constatou-se que, nas posições supina e sentada, os valores da atividade eletromiográfica dos músculos estudados não apresentaram diferença significativa; as cargas pressóricas lineares de até 30% da PImáx não promovem alteração no RMSn, enquanto que as faixas de 60 e 90% da PImáx e a EIF geraram maior ativação dos músculos ECOM e DIAF. Com base nestes resultados conclui-se que, com o aumento das cargas pressóricas impostas à respiração, há aumento nos níveis de contração muscular dos músculos respiratórios, particularmente nos músculos diafragma e esternocleidomastóideo, sobretudo a 60 e 90% da PImáx e durante a utilização do espirômetros de incentivo a fluxo.

Abstract

The use of pressure loads is common in the practice of respiratory physiotherapist. However, it is not clear regarding the amount and form of offered load with the electromyographic activity of the respiratory muscles. In-depth knowledge of the behavior of these muscles during the various cardiorespiratory physiotherapy can help in more accurate prescription of breathing exercises. The aim was to examine, throughout the surface electromyography (EMGs), the electrical activity of the sternocleidomastoid (ECOM), external intercostal (INTER) and diaphragm (DIAF) during quiet breathing in supine and sitting positions and at different linear pressure loads – 30%, 60% and 90% of maximal inspiratory pressure (MIP) – and not linear – volume oriented (EIV) and flow oriented (EIF) incentive spirometer. The evaluations were performed in 10 male healthy young subjects, aged to 23.30 ± 02.05 years and BMI of 21.93 ± 3.61 m/kg2. Results were initially submitted to the process of removing artifacts from cardiac electrical signal interference, and then submitted to a normalization process with the root mean square values of the rectified MIP signal (RMNn), A statistical analysis was performed with the paired Student t test and analysis of variance (ANOVA). It was found that, in the supine and sitting positions, the values of the electromyographic activity of the muscles studied showed no significant difference; linear pressure loads of up to 30 % of MIP does not promote change in RMSn, while tracks 60 and 90 % of MIP and EIF generated greater activation of muscles ECOM and DIAF. Based on these results, it appears that with increased pressure load imposed on breathing, there are increases in the levels of muscle contraction of the respiratory muscles, particularly the diaphragm, and sternocleidomastoid muscles, especially 60 to 90% of MIP and over the use of flow oriented incentive spirometers.