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Título

Efeito do exercício de natação prévio na recuperação muscular de ratas adultas após imobilização articular

Orientador

ADRIANA PERTILLE

Autor

ANA CLAUDIA PETRINI

Palavra chave

MÚSCULO ESQUELÉTICO, IMOBILIZAÇÃO, NATAÇÃO, RECUPERAÇÃO MUSCULAR

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

30/01/2015

Nº Downloads

1026

Resumo

A imobilização articular é um procedimento terapêutico comum na prática clínica e suas implicações musculoesqueléticas, como a hipotrofia muscular, é conhecida. O exercício físico regular atua de forma sistêmica nos indivíduos, sendo que, características mecânicas e estruturais do músculo esquelético são preservadas em longo prazo após período de treinamento físico. O objetivo do estudo foi verificar a eficácia do exercício de natação previamente à imobilização no processo de recuperação morfológica dos músculos gastrocnêmio fibras brancas e sóleo. Trinta ratas da linhagem Wistar, com oito meses de idade, foram divididas aleatoriamente em seis grupos experimentais: sedentárias (S), mantidas nas gaiolas; sedentárias imobilizadas (SI), mantidas na gaiola por quatro meses e posteriormente imobilizadas por cinco dias; sedentárias imobilizadas/recuperadas (SIR), mantidas nas gaiolas por quatro meses, imobilizadas por cinco dias e recuperadas através da natação; treinadas (T), submetidas ao exercício de natação (treinamento aeróbico) por um período de quatro meses; treinadas imobilizadas (TI), após quatro meses de treinamento foram imobilizadas por cinco dias; e treinadas imobilizadas/recuperadas (TIR), após quatro meses de treinamento, foram imobilizadas por cinco dias e recuperadas através da natação. O treinamento prévio foi realizado três vezes por semana, com duração de 60 minutos, sem incremento de carga. Para a remobilização o treinamento foi realizado cinco vezes por semana, durante 14 dias. A análise da recuperação muscular foi realizada pela Microscopia de Luz e Immunoblotting. Os testes ANOVA One-Way seguido de Tukey e Test T de Student foram utilizados aos dados paramétricos, o teste Kruskal-Wallis e Wilcoxon aos dados não paramétricos. Para o tamanho do efeito foi utilizado o g de Hedges. A massa corporal foi menor nos grupos remobilizados; o peso dos músculos diferiu estatisticamente apenas no sóleo, entre S e T. O grupo T apresentou maior consumo de ração. A análise histológica demonstrou que no músculo gastrocnêmio branco (GB) a porcentagem de tecido conjuntivo (TC) foi significativamente maior para o grupo TIR quando comparado ao SIR; houve redução significativamente estatística na área de secção transversa (AST) no grupo SI e TI, sem recuperação após remobilização. No músculo sóleo (SOL) houve aumento na porcentagem de TC no grupo TI e TIR quando comparado ao T; o valor de TIR foi maior que SIR; não foram observadas alterações na AST no grupo TI quando comparado ao T, e o grupo TIR apresentou AST maior que SIR. Na análise molecular o conteúdo de TGF-β1 dos grupos no músculo GB foi maior em S; no músculo SOL, maior nos grupos SI e TIR. A quantificação do glicogênio muscular não demonstrou alterações para o músculo GB e no SOL observou-se aumento em TI e TIR comparado ao T, e em TIR quando comparado ao SIR. A medida de Hedges’ g apresentou efeito moderado e grande destacando o efeito do treinamento. As respostas ao treinamento prévio foram mais evidentes no sóleo, mostrando-se eficaz na prevenção da hipotrofia nas fibras tipo I em ratas adultas, O conteúdo de TGF-β1 e glicogênio muscular indicam a capacidade adaptativa do músculo esquelético no treinamento proposto.

Abstract

The joint immobilization is a common therapeutic procedure in clinical practice and its musculoskeletal implications, such as muscular hypertrophy, are known. Regular exercise acts systemically in individuals, thus, structural characteristics are kept in the long term after physical training. The aim of this study was to verify the effectiveness of the swimming exercise prior to immobilization on the morphological recovery process of gastrocnemius white fibers and soleus muscles. 30 Wistar female rats were used, at eight months of age, the animals were randomly divided into six experimental groups: sedentary (S), kept in their cages; immobilized sedentary (IS) kept in their cages for four months and immobilized for five days later; immobilized sedentary/ recovered (ISR), kept in their cages for four months, immobilized for five days and recovered through swimming exercise; trained (T), the rats were subjected to swimming exercise(cardio training) for a period of four months; trained immobilized (TI) after the period of four months of training, they were immobilized for five days; and trained immobilized / recovered (TIR), after a period of four months of training, they were immobilized for five days and recovered through the exercise of swimming. The prior training and swimming remobilization were performed in a rectangular aquarium, measuring one meter long and 45 cm height, three times per week, lasting 60 minutes without load increase. The analysis of muscle recovery was performed by light microscopy and immunoblotting. The one-way ANOVA test followed by Tukey Test and T-Student were used for data with normal distribution, in the non-normally distributed data, we used the Kruskal-Wallis and Wilcoxon tests. For effect size it was used the g of Hedges. The body mass showed to be smaller in the remobilized groups. The muscle weight differed statistically only in the soleus muscles, between S and T. The T group had higher food intake. Histologic analysis showed that in the gastrocnemius white muscle (GW) the percentage of connective tissue was significantly higher for the TIR group compared to the ISR; there was statistically significant reduction in cross-sectional area (CSA) in the IS and TI groups, without recovery after remobilization, In the soleus muscle (SOL) there was an increase in the percentage of connective tissue in TI and TIR when compared to T; the TIR was higher than ISR; no changes in CSA were observed in the TI group, and the TIR showed to be significantly higher than SIR, No changes were observed in CSA of the TI group, and the TIR group showed higher CSA than the ISR, At the molecular analysis, the content of TGF-β1 in the muscle groups of GW showed to be higher in S, as for the SOL muscle, higher in groups SI and TIR. Quantitation of muscle glycogen showed no changes for GW muscle; and at the SOL it was observed an increase in TI and TIR compared to the ISR. The hedges’ g measurement showed moderate and large effect highlighting the effectiveness of the training. The responses to the prior training were more evident in the soleus muscles, showing to be efficient at preventing hypertrophy in Type I fibers in adult rats. The content of TGF-β1 and muscle glycogen demonstrate the adaptive capacity of the skeletal muscle at the proposed training.