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Título
Efeitos de um programa de treinamento muscular inspiratório sobre a fadiga, força muscular respiratória e desempenho físico em atletas de handebol
Orientador
Profª Drª Marlene Aparecida Moreno
Autor
Charlini Simoni Hartz
Palavra chave
Músculos respiratórios; desempenho atlético; handebol
Grupo CNPQ
Programa
MS - FISIOTERAPIA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
24/02/2015
Nº Downloads
1306
Resumo
O sistema respiratório tem sido apontado como fator limitante do desempenho físico (DF). Esta limitação está relacionada, dentre outros fatores, a fadiga da musculatura respiratória. A fadiga gera a ativação de reflexos fisiológicos que culminam na redução do fluxo sanguíneo aos músculos esqueléticos dos membros efetores do exercício, resultando na queda do desempenho muscular. Pesquisas apontam que o treinamento muscular inspiratório (TMI) é capaz de gerar melhora do DF de atletas. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de um programa de TMI sobre a fadiga, força muscular respiratória e DF aeróbio em atletas de handebol. Foram estudados 19 jogadores de handebol do gênero masculino, alocados de forma aleatória em grupo experimental (GE, n=10) e grupo placebo (GP, n=9), idade 19±1 e 22±5 anos, respectivamente. Foi realizada a avaliação da fadiga muscular respiratória pela eletromiografia de superfície, da força muscular respiratória (FMR) pela medida das pressões inspiratórias e expiratórias máximas (PImáx e PEmáx, respectivamente), e avaliação do desempenho físico aeróbio (DFA) pelo teste de exercício cardiopulmonar e, posteriormente os voluntários foram submetidos a um protocolo de TMI, cinco vezes por semana, durante 12 semanas. Os resultados mostraram que o TMI não exerceu influência sobre a fadiga muscular respiratória. Já para a força houve diferença significativa entre os valores pré e pós TMI para a PImáx (170+34,3 cmH2O; 262+33 cmH2O) e PEmáx (177+36,2 cmH2O; 218+37,6 cmH2O) para o GE, e apenas da PImáx (173,3+44,7 cmH2O; 213,3+21,2 cmH2O) para o GP, com um tamanho do efeito grande para a PImáx, na comparação entre os grupos após o treinamento. Quanto ao DFA, observou-se diferença significante do consumo de oxigênio máximo pré e pós TMI (54+8,9 ml/kg/min; 60+7,1 ml/kg/min) e do consumo de oxigênio no ponto de compensação respiratória (46,8+6,7 ml/kg/min; 50,3+5,2 ml/kg/min,) apenas para o GE, com um tamanho de efeito moderado para ambas as variáveis. Conclui-se que o TMI proporcionou aumento significativo da força muscular respiratória e do desempenho físico do GE, sugerindo que o protocolo proposto pode ser uma ferramenta a ser incorporada no treinamento de atletas de handebol, como estratégia para favorecer a melhora do desempenho físico durante a prática esportiva.
Abstract
The respiratory system has been implicated as a limiting factor of physical performance (FP). This limitation is related, among other factors, to the fatigue of respiratory muscles. Fatigue causes the activation of physiological impacts, which culminate in reduced blood flow to the skeletal muscles of members effectors in the exercise, resulting in a decrease in the muscle performance. Researches indicate that inspiratory muscle training (IMT) is capable of generating improved FP in athletes. This study aimed to evaluate the effects of IMT on fatigue, respiratory muscle strength, and aerobic physical performance (APP) in handball athletes. We studied 19 handball male players, randomly divided into experimental group (EG, n= 10), and placebo group (PG, n = 9), age 19 ± 1, and 22 ± 5 years old, respectively. The volunteers have been evaluated in their respiratory muscle fatigue through surface electromyography, in their respiratory muscle strength (RMS) through measuring inspiratory and expiratory maximum pressures, (MIP and MEP), respectively, and in their aerobic physical performance (APP) by the test of cardiopulmonary exercise. They were subsequently subjected to na IMT protocol, five times per week for 12 weeks. The results showed that IMT had no influence on the respiratory muscle fatigue. Whereas for the strengh, there was significant difference between pre and post IMT for MIP (170 + 34.3 cm H2O; 262 + 33 cmH2O) and MEP (177 + 36.2 cmH2O; 218+ 37.6 cm H2O) for EG, and only the MIP (173.3 + 44.7 cmH2O; 213.3 + 21.2 cm H2O), to the GP, with a large effect size for MIP, in the comparison between the groups, after training. For the APP, there was a significant difference in the maximum consumption of oxygen , pre and post IMT (54 + 8.9 ml / kg / min; 60 + 7.1 ml / kg / min) and in the oxygen consumption at the respiratory compensation point (46.8 + 6.7 ml / kg / min and 50.3 ± 5.2 ml / kg / min), only in the EG, with a moderate effect size for both variables. The research concluded that the IMT provided a significant increase in the respiratory muscle strength and aerobic physical performance in EG, suggesting that the proposed protocol can be a tool to be incorporated into the training of handball athletes, as a strategy to optimze the enhance of physical performance during sports practice.