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Título
O COLÉGIO NOS CAMPOS DE PIRATININGA: ENTRE O PLANALTO, O HOMEM, A FÉ E AS LETRAS.
Orientador
Prof. Dr. JOSÉ MARIA DE PAIVA
Autor
IARA BOTTAN
Palavra chave
Colégio de São Paulo de Piratininga; Educação Jesuítica; Ordem; Ensino; Cultura.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
26/03/2015
Nº Downloads
1238
Resumo
O presente trabalho versa sobre o Colégio de São Paulo de Piratininga, o primeiro colégio fundado entre os indígenas. A escolha deste tema parte da compreensão do Colégio na edificação de São Paulo e da espiritualidade inaciana por uma educação com o compromisso de manter e restaurar o modelo social de viver, traduzido em uma sociedade universal, que se sabia unificada com Deus. Nessa sociedade, o Rei era visto como o representante direto de Deus, e a Igreja como o lugar de direcionamento religioso e social, em que se pautavam os valores, os costumes, os hábitos e as instituições, constituindo-se assim a cultura - uma cultura de fé, lei e rei. A educação jesuítica objetivava a defesa dessa ordem, portanto, a introdução dos cristãos nas leis que regulamentavam a vida em sociedade. Partindo deste pressuposto, este estudo tem como questão principal a compreensão do projeto educacional da Companhia de Jesus em terras paulistas, um projeto que primava pela aprendizagem das normas de convivência social instituídas pela Coroa portuguesa, pelo exercício dos bons costumes cristãos, pelo ensino da fé católica e pela aprendizagem das letras. Nesse sentido, objetivamos compreender o Colégio como espaço disseminador de um determinado modelo de organização social e como local de aprendizado. Trata-se, com efeito, de um aprendizado social, umbilicado a uma determinada forma de ser, neste caso, pautada pela experiência portuguesa quinhentista. Quanto colégio jesuítico, o Colégio de São Paulo de Piratininga configurava-se como um instrumento de renovação cristã, voltado para a formação do bom cristão, através do cultivo da disciplina, fraternidade e amor a Deus. Procuramos analisar, então, o projeto educacional da Companhia de Jesus como um projeto de defesa da ordem, concebida como a defesa da cristandade, evidenciando o ensino e a cultura.
Abstract
The present work approaches “Colégio de São Paulo de Piratininga”, the first school founded by the Brazilian natives. This theme was chosen because of the understanding that the edification of this school is part of the edification of São Paulo city, and the spirituality praised by Inacio de Loiola Saint, who looked for an education committed to maintain and restore the social way of living, translated into a universal society, well known as being unified with God. In this society, the King was known as God representative and church as the place for nurturing, religiously and socially, where values, traditions, folkways and institutions were lined up as the culture – a culture of faith, law and the King. Jesuit education had as it main goal, the defense of this social order, therefore, introducing Christians to the law that ruled life in society. From this approach, on this study has, as its main question, the understanding of “Companhia de Jesus” educational project in São Paulo, a project focused on social coexistence institutionalized by Portugal kingdom by exercising good Christian traditions, by teaching catholic faith, and by learning the alphabet. From this point of view, we aim to understand this School as a place where a determined model of social organization was spread, and as a place for learning. It is about a social learning, attached to a determinate way of being, in this case, ruled by the Portuguese colonialist experience. As a Jesuit school, the “Colégio São Paulo de Piratininga” configures itself as an instrument of Christian renovation, turned to form the good Christian, throughout cultivating discipline, fraternity, and love to God. We’ve searched for analyzing Jesuit School educational project as a project that aimed for social order defense, conceived as the Christianity defense, highlighting learning and culture.