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Título

ANÁLISE DO SINAL ELETROMIOGRÁFICO EM DIFERENTES POSICIONAMENTOS, TIPOS DE ELETRODOS, ÂNGULOS ARTICULARES E INTENSIDADES DE CONTRAÇÃO

Orientador

RINALDO ROBERTO DE JESUS GUIRRO

Autor

FABIANA FORTI

Palavra chave

ANÁLISE DO SINAL ELETROMIOGRÁFICO EM DIFERENTES POSICIONAMENTOS, TIPOS DE ELET

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

03/02/2005

Nº Downloads

10430

Resumo

Não está estabelecido ainda na literatura o melhor posicionamento do eletrodo (EL) para captação do sinal eletromiográfico. O objetivo foi avaliar a atividade eletromiográfica em diferentes posicionamentos (P2, P1, M, D1 e D2) de EL ativos (A) e passivos (P), sobre o ventre do músculo reto da coxa (RC) alongado (AL) e encurtado (EN) e em três intensidades de contração: repouso (REP), 50% e 100% da contração isométrica voluntária máxima (CIVM). Participaram do estudo 33 voluntárias (23,29 ±2,4 anos) sem história de patologias osteomioarticulares nos membros inferiores. Os diferentes eletrodos, ativos (A) (Lynx®) e passivos (P) (Noraxon®) foram posicionados partindo do ponto motor (M), sendo dois na porção distal (D) e dois na proximal (P) de forma eqüidistante. O EL de referência foi colocado na tuberosidade anterior da tíbia. O sinal foi obtido por um sistema de aquisição de dados EMG-1000 (Lynx®) com resolução de 16 bits, filtro passa banda de 20-1000Hz e freqüência de amostragem 2000Hz. Para mensuração da força de extensão da perna foi utilizada uma célula de carga MM-100 (KRATOS®). Para a determinação do ponto motor e colocação dos EL, a voluntária foi posicionada na mesa de Bonet com o tronco fixo, permanecendo a coxa a 90º e a perna em flexão de 45º ou 105º. O sinal foi coletado simultaneamente nos 5 EL durante CIVM de 5 segundos, repetida por 3 vezes e com intervalo de 1 minuto. O processamento foi realizado em rotina específica implementada no software Matlab® 6.5.1 para análise da raiz quadrada da média (RMS) e freqüência mediana (FM). A análise estatística constou do teste Wilcoxon (p<0,05). Os resultados demonstraram que a força, foi maior no RC-AL quando comparada ao EN tanto em 50% quanto em 100% da CIVM. Com relação à comparação intragrupo, para o RMS em 50% e 100% da CIVM do RC-AL, tanto os EL-A quanto os P, apresentaram o mesmo comportamento, tendo D2 maior RMS e P1 menor. Com o RC na posição EN, a 50% da CIVM, para EL-A, P2 apresentou o maior valor de RMS e os demais EL não diferiram entre si. Em 100%, P2 foi maior; P1 e M menor. Para os EL-P, em 50% da CIVM, P2 foi maior, em contrapartida, M, D1 e D2 menor. Já em 100%, P2 foi maior e M menor. Com relação à FM intragrupo, esta apresentou menor variabilidade do que o RMS e não possui distribuição característica ao longo do músculo para diferentes tipos de EL, comprimentos musculares e intensidades de contração. Na comparação intergrupos, tanto para EL-A e P, quanto para RC-AL e EN, o RMS em 50% foi menor do que a 100% da CIVM. Quanto à FM, esta não apresenta comportamento característico, podendo aumentar, diminuir ou permanecer constante, dependendo do local onde o EL seja posicionado. Correlações positivas significativas entre força e RMS, e entre força e FM foram encontradas para a maioria dos procedimentos analisados. De acordo com os resultados obtidos pode-se verificar que o sinal eletromiográfico é dependente do posicionamento dos eletrodos, dos comprimentos musculares e intensidades de contração.

Abstract

The best electrode (EL) positions to record the electromyographic signals (EMG) has not been established in the literature, yet. This work was aimed at evaluating the electromyographic activity at different positions (P2, P1, M, D1 and D2) of active (A) and passive (P) ELs on the ventral part of the elongated (E) and enshortened (SH) rectus femoris (RF) muscle at three contraction levels: rest (RES), 50% and 100% maximum voluntary isometric contraction (MVIC). This study involved 33 female voluntaries (23.29±2.4 years-old) without history of osteomyoarticular pathologies in the lower limbs. The different active (A) (Lynx®) and passive (P) (Noraxon®) electrodes were positioned at equal distances from the motor (M) point, two on the distal (D) and two on the proximal (P) portions of the muscle. The reference EL was positioned at the anterior tuberoses of tibia. Signals were acquired by an EMG-1000 (Lynx®) data acquisition system, 16 bits resolution, 20-1000 Hz band pass filter and 2000 Hz sampling frequency. A MM-100 load cell (KRATOS®) was used to assess the leg extension force. Voluntaries were positioned on a Bonet table with the trunk immobilized, the thigh at 90o and leg bent at 45o or 105o to assess the motor point and to insert the ELs. The signals from the 5 ELs were simultaneously collected during MVIC for 5 seconds, with 3 repetitions at 1-min intervals. Data processing was carried out through a specific routine using a Matlab® 6.5.1 software for the analysis of the root mean square (RMS) and the median frequency (MF). A Wilcoxon test (p<0.05) was carried out for the statistical analysis. Results showed that the force was greater at E-FR in relation to the SH-FR, both at 50% and 100% MVIC. When comparing within groups, regarding RMS at 50% and 100% E-RF MVIC, both A-EL and P-EL showed the same behavior at D2 higher than RMS and P1 lower than RMS. With SH-RF at 50% MVIC for the A-EL, P2 showed the highest RMS figure and the remaining ELs did not differ among themselves. At 100% MVIC, P2 was higher and P1 and M lower. At P-EL 50% MVIC P2 was higher, while M, D1 and D2 were lower. At 100% MVIC, P2 was higher and M lower. Regarding the MF within groups, this showed smaller variability than RMS and it doesn´t possess characteristic along the muscle for different types of EL, muscular lengths and contraction intensities. In the comparison between groups, so much for EL-A and P as for RF-E and SH, the RMS in 50% was smaller than to 100% of MVIC. As for MF, this doesn´t present characteristics behavior, being able to increase, to decrease or to stay constat, depending at the place where the EL is positioned. Significant positive correlations between force and RMS, and between force and MF were found for must of the analyzed procedures. In view of the results obtained, it was possible to notice that the electromyographic signal is dependent on the electrodes positioning, muscle lengths and contraction levels.