Biblioteca Digital - UNIMEP

Visualização do documento

Título

O MITO CRISTAO CONTRA GUAIXARA E OS OUTROS DADOS - EDUCACAO E CONVERSAO ...

Orientador

JOSE MARIA DE PAIVA

Autor

SADY CARNOT NUNES NETO

Palavra chave

EDUCACAO E CULTURA, HISTORIA DA EDUCACAO, EDUCACAO COLONIAL

Grupo CNPQ


Programa

DR - EDUCAÇÃO (PPGE)

Área

CIÊNCIAS HUMANAS

Data da defesa

21/06/2006

Nº Downloads

9463

Resumo

Por entender que a análise de uma cultura mais englobante que outra é feita de forma mitológica e espiritual, foi buscado neste trabalho entender como essa espiritualidade leva o olhar para o centro do universo, fazendo com que tudo seja olhado a partir desse prisma. Trata-se aqui dos resultados da conversão dos indígenas durante o período jesuítico, das coisas boas trazidas aos indígenas pela educação portuguesa e do confronto de culturas na busca pela verdade de um e de outro desse embate de mitos, de tabus e pecados, de Deus e de demiurgos. Ao pesquisar como a visão do Orbis Christianus era a tradução do viver na Europa quinhentista e seiscentista encontra-se que a fé em Deus era a única verdade. Todos deveriam estar nela ou serem levados por ela ao único mundo verdadeiro, fora do qual tudo o mais seria injúria e aberração. O natural não era mais a natureza do homem e sim que a palavra de Deus, tal qual transmitida pela fé cristã, chegasse aos confins da terra conhecida e das terras a se conhecer. O homem é, nesse momento histórico, ator cultural de uma complicada relação originária de uma dicotomia entre o representado miticamente e o vivido em sua realidade cotidiana, não podendo conhecer ou pensar no Bem, sem antes pensar no Mal, pois era tempo de se reconhecer o inimigo para poder combatê-lo, pela glória e triunfo do Redentor sobre o Tentador. Era gerado então o grande embate de mitos, baseado na saga de dois heróis de polaridades contrárias, o europeu e o indígena, Cristo e o Diabo, São Lourenço e São Sebastião de um lado, contra Guaixará e Aimberê do outro, o Orbis Christianus versus a visão arquetípica e o espírito cosmogônico indígena. É tratada aqui, a ferramenta dessa educação imposta aos indígenas, onde os jesuítas foram de uma felicidade sem par ao utilizarem a língua indígena, a Língua Geral de Anchieta e seus autos teatrais como forma de transmitir os conceitos de sua cultura e de denegrir os conceitos da cultura indígena. A educação é e sempre foi um caleidoscópio, que mostra os mais diversos e belos desenhos e formas, mas que as peças que são sempre as mesmas, estão presas numa caixa. Claro a educação também se baseia no mito cultural. A função dos mitos não é denotar uma idéia herdada, mas sim, um modo herdado de funcionamento, que corresponde à maneira inata pela qual o homem nasce e se relaciona em sua vida vivida. A educação é exatamente isso, uma maneira de transmitir esse modo herdado e a maneira inata de se viver. O homem é o todo de suas relações, pois recebe as mesmas influências arquetípicas que todos os homens de seu grupo social recebem, mesmo sendo individual e possuindo características únicas. Se perder essa participação arquetípica de seu mundo, o homem está morto, mesmo que não fisicamente, ele agora é um defuncto que não possui mais funções perante a vida. A didática da catequese, trazia a definição do demônio ou do Diabo às mentes indígenas, e isso se fazia pela pedagogia do terror que se impunha às mentes desavisadas da existência do Bem e do Mal dos cristãos.Nesse embate cultural uma certa profecia praticamente se confirmava de que haveria uma transformação de brancos em índios e de índios em brancos, mas isso não foi possível, pois ao final, o mito cristão, derrotou Guaixará, Aimbirê, Saravaia e todos os outros diabos, levando com eles, até Décio e Valeriano.

Abstract

Por entender que la analice de una cultura mucho más englobante que otra es hecha de una forma mitológica y espiritual, se busco en este trabajo entender como esa espiritualidad lleva la mirada para el centro del universo, haciendo con que el todo sea mirado a partir de ese prisma. Trata-se acá de los resultados de la conversión de los indígenas durante el período jesuítico, de las cosas buenas traídas a los indígenas por la educación portuguesa y del confronto de culturas en la búsqueda por la verdad de uno y de otro en ese embate de mitos, de tabus e pecados, de Díos e de demiurgos. Al pesquisar como la visión del Orbis Christianus era la traducción del vivir en la Europa quinientista se encuentra que la fe en Díos era la única verdad. Todos deberían estar en ella o llevados por ella al único mundo verdadero, afora del cual todo lo más seria incuria e aberración. El natural no era más la naturaleza Del hombre y si que la palabra de Díos, tal cual transmitida por la fe cristiana, llegase a los confines de la tierra conocida y de las tierras a conocer. El hombre es, en ese momento histórico, actor cultural de una complicada relación originaria de una dicotomía entre el representado míticamente y el vivido en su realidad cotidiana, no teniendo permisión para conocer el pensar el Bien, sin antes pensar en el Mal, pues, sin embargo era tiempo de se reconocer el enemigo para poder combate a ello, por la gloria y triunfo del Redentor por sobre el Tentador. Era generado entonces el embate de mitos, con base en la saga de dos héroes de polaridades contrarias, el europeo y el indígena, Cristo y el Diablo, San Lorenzo y San Sebastián de un lado, contra Guaixará y Aimberê del otro, el Orbis Christianus versus la visión arquetípica y el espíritu cosmogónico indígena. Es tratada acá, la herramienta de esa educación imposta a os indígenas, donde los jesuitas fueran de una felicidad sin par al utilizaren la lengua indígena, la Lengua General de Anchieta e sus autos teatrales como forma de transmitir los conceptos de su cultura y de denegrir los conceptos de la cultura indígena. La educación es y siempre fue un caleidoscopio, que muestra los más diversos y bellos dibujos e formas, mas que las piezas que son siempre las mismas, están presas en una caja. Claro la educación también hace su base en el mito cultural. La función de los mitos no es denotar una idea recibida, pero si, un modo de funcionamiento, que corresponde a la manera innata pela cual el hombre nace e se relaciona en su vida vivida. La educación es exactamente eso, una manera de transmitir ese modo recibido por herencia y la manera innata de se vivir. El hombre es el todo de sus relaciones, pues recibe las mismas influencias arquetípicas que todos los hombres de su grupo social reciben, mismo siendo individual e teniendo características únicas. Se perder esa participación arquetípica de su mundo, el hombre esta muerto, mismo que no físicamente, ello ahora es un defuncto que no posé más funciones a delante de la vida. La didáctica de la catequice, tenia en si la definición del demonio o del Diablo y la metía en las mentes indígenas, y eso se hacía por la pedagogía del terror que se impugna a las mentes desavisadas de la existencia del Bien y del Mal de los cristianos. En ese embate cultural una cierta profecía prácticamente si confirmaba que habría una transformación de blancos en indios y de indios en blancos, pero eso no fue posible, pues al final, el mito cristiano, derrotó Guaixará, Aimbirê, Saravaia y todos los otros diablos, llevando con ellos, hasta Décio e Valeriano.