Visualização do documento
Título
LEITURA: A VOZ DOCENTE
Orientador
Profª Drª Rosália Maria Ribeiro de Aragão
Autor
FILOMENA MARIA FORMAGGIO
Palavra chave
Não está disponibilizado na Tese
Grupo CNPQ
Programa
DR - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
01/01/2004
Nº Downloads
777
Resumo
A partir da indagação central desta pesquisa “como é possível ser
docente formador de professor sem que se seja efetivamente leitor...”
procurei desenvolver um estudo que refletisse sobre a importância da leitura
voltada à formação de professores e aos desdobramentos no exercício da
profissão docente. Para tratar do tema em questão realizei uma revisão
bibliográfica sobre as teorias que fundamentam o assunto e busquei, na
investigação narrativa, o método que me possibilitasse uma análise e
compreensão das narrativas dos sujeitos, das suas histórias de leitura. Assim, o
trabalho foi dividido em grandes e marcantes momentos que se configuraram em
capítulos. Num primeiro momento analiso as lembranças de leitura antes da
alfabetização e procuro pôr em relevo, neste período, as situações de leitura nas
quais a presença da família ou pessoas próximas aos sujeitos teve um papel de
destaque, evidenciando a importância do ‘outro’ em tais relações. Num momento
posterior abordo as lembranças de leitura do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio. Segundo os relatos, esta foi uma fase na qual a leitura esteve ‘coibida’ pela
falta de incentivo e, quando essa é assumida, tem como pretexto as várias formas
de avaliação sugerindo um modelo tradicional de ensino. Na seqüência trato da
formação inicial e a universidade e busco ressaltar como se deram as relações de
leitura na formação inicial dos sujeitos. Vale dizer que, nesta época, as ações e
intenções da universidade são parte de um modelo de universidade que aponta
para o operacional e a leitura não tem sido considerada como um dos aspectos
mais importantes na formação de professores. No momento subseqüente discuto
a leitura no período da profissionalização dos sujeitos e evidencio que esta é
inescapável, no sentido de que leitura e, posteriormente, escrita, são lugares de
fabricação pois se buscam leitores que percebam a importância das relações que
estabelecemos com os textos, isto é, aquilo que o texto provoca em nós,
impulsionando-nos a pensar, a projetar um agir e a efetivar fazeres pedagógicos
reflexivos e distintos. Na última parte deste trabalho procuro discorrer sobre, e pôr
em destaque, a gratuidade da leitura para que a cultura escrita seja um dos
lugares no qual o exercício do pensamento e da reflexão possa ser resgatado
como condição para o, igualmente, exercício da cidadania. Finalmente, penso que
a leitura deve ser a ‘alma’ da formação docente para que faça emergir – pela
construção interativa – um modelo epistemológico/pedagógico que considere a
prática da leitura, não apenas a prática do ensino, mas, e sobretudo, a prática de
‘ser autônomo’.
Abstract
Não está disponibilizado na Tese.