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Título

O brincar e as atividades motoras no tratamento de câncer infantil: revisão sistemática

Orientador

Profa. Dra. Rute Estanislava Tolocka.

Autor

Jéssica Eloá Poletto

Palavra chave

brincar, atividades motoras, câncer infantil.

Grupo CNPQ


Programa

MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

03/02/2017

Nº Downloads

948

Resumo

No mundo, o câncer infantil atinge cerca de uma em cada 600 crianças. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer estimou para o biênio 2016/2017 que surgirão cerca de 420 mil novos casos de câncer infantil. A maior parte dos cânceres infantis ocorre em diversas etapas ao longo do tempo, alterando a rotina e diminuindo possibilidades de brincar e praticar atividades motoras. O objetivo geral deste estudo foi realizar uma revisão sistemática sobre brincar e ou praticar atividades motoras em tratamentos de câncer infantil. Adotou-se o método para estudos de revisão bibliográfica indicada por Severino e utilizou-se os indexadores do portal de periódicos da CAPES. Foram encontrados 23 estudos com brincar e 21 estudos com atividades motoras em tratamento de câncer infantil. Foram encontradas evidências de que o brincar, como parte do tratamento de câncer infantil, é benéfico, pois auxilia no enfrentamento da doença, na adesão ao tratamento e na diminuição de sentimentos negativos e de comportamentos não-facilitadores, além de indícios de que, independentemente do estágio da doença em que a criança se encontra, o brincar pode ser utilizado para oferecer momentos de alegria em meio à dor e aos processos invasivos. Porém, estes estudos não consideram o lúdico como um fim em si mesmo, apenas como meio facilitador de adesão ao tratamento oncológico. Portanto, faz-se necessário, estudos que considerem o brincar como um direito da criança. Os estudos referentes à atividade motora e câncer infantil trazem indícios de que a prática de tais atividades é segura e viável e pode auxiliar as crianças nos aspectos físicos, sociais e psicológicos e a falta da mesma pode causar prejuízos em relação à tais aspectos, além do fato de que crianças expostas ao tratamento oncológico apresentam níveis baixos de atividade física.Os cuidados e os riscos dessa prática com crianças com câncer estão relacionados à verificação da pressão arterial e da temperatura antes de iniciar o programa. Porém, ainda não foi consolidado umprocedimento adequado para se trabalhar com essa população, sendo necessários mais estudos que analisem e considerem os cuidados necessários para tal prática com essa população e avaliem os riscos que ela pode oferecer e possíveis formas de se evitar tais riscos, a fim de determinar um trabalho adequado de atividades motoras para crianças com câncer.

Abstract

Childhood cancer affects about one in 600 children around the world. In Brazil, the National Cancer Institute estimates about 420 thousand new cases of childhood cancerfor 2016/2017 biennium. Most childhood cancers occur in several stages over time. Thus, supporting such activities, besides allowing child development, can be a positive factor in cancer prevention and treatment.The goal of this dissertation was to perform a systematic review about studies regardingplay and motor activities practice during childhood cancer treatment. Severino´s methodology was adopted for literature review procedures and applied to the journals indexed by the portal of CAPES. It were found 23 studies regardingchild´s play and 21 studies with motor activities. There is evidence that playing, as part of childhood cancer treatment, is beneficial, as it assists in coping the disease and adherence to treatment as well as decreasing negative feelings and non-facilitating behaviors throughout treatment. Moreover, regardless the illness stage, there is evidences that child´s play can be used to offer enjoying moments amidst pain and invasive processes. However, those studies do not consider playing as playing, only as a facilitating means of adherence to cancer treatment. Therefore, studies consideringthe meaning of playing for childrenmust be considered. The studies on motor activity and childhood cancer provide indicators that such activities practices is physically safe and feasible and can assist children on physical, social and psychological aspects, while the absence of such activities can harm children´s development, in addition to the fact that children submitted to oncological treatment frequent shows low level of physical activity. Children with cancer must have checked its blood pressure and body temperature before starting the motor activity program. However, a consolidated procedure to work with this population has not been consolidatedyet; thus, studies analyzingthe activity risks and considering the necessary care for this practice are demanded in order to define a proper procedure to safely implement motor activities for children with cancer.