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Título
Efeitos De Um Programa de Exercícios Físicos Monitorado à Distância na Aptidão Física de Mulheres Obesas
Orientador
Profa. Dra. Eli Maria Pazzianotto Forti
Autor
KATIA FERREIRA MORAIS
Palavra chave
Obesidade, testes físicos, capacidade funcional, treinamento físico, composição corporal, distância percorrida.
Grupo CNPQ
Programa
MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
25/02/2016
Nº Downloads
1147
Resumo
A prática de exercícios físicos é uma grande aliada da população no controle
da obesidade. Porém, a aderência de obesos em programas de exercícios
físicos, principalmente em academias ainda é muito pequena e isso se deve a
uma série de fatores, dentre eles o emocional, o físico e o financeiro. O objetivo
desde estudo foi avaliar o efeito de um programa de exercícios físicos
monitorado à distância na aptidão física de mulheres obesas. Foram triadas e
avaliadas mulheres obesas com Índice de Massa Corporal (IMC) >30 e < 55
kg/m2
e com idade entre 20 e 59 anos. A avaliação inicial foi constituída de
avaliação antropométrica como estatura, massa corporal (MC), circunferências
da cintura (CC) e do quadril (CQ), aptidão cardiorrespiratória de forma indireta,
por meio do teste do degrau 6 minutos (TD6), capacidade funcional por meio
do Incremental Shuttle Walking Test (ISWT), força indireta dos membros
inferiores por meio dos testes de sentar e levantar e flexibilidade do tronco e
dos músculos isquiotibiais, pelo teste de sentar e alcançar. Todas as
voluntárias receberam orientações gerais sobre os benefícios da realização de
exercícios físicos e foram orientadas quanto a realização dos mesmos por meio
de instruções específicas e demonstrações dos protocolos de exercícios
contidos em cartilha de exercícios elaborada pelos pesquisadores. Após as
devidas orientações as voluntárias foram pareadas por idade e IMC e divididas
em dois grupos. O grupo treinamento monitorado à distância (GTMD), foi
formado por quatorze voluntárias, que receberam ligações e mensagens
telefônicas para controle, incentivo e motivação na realização das sessões de
treinamento durante a semana e, ao final de cada mês, por meio de uma nova
sessão, foram feitas readequações dos exercícios em relação ao número de
séries e de repetições. O programa de treinamento constou de aquecimento,
exercícios aeróbios, exercícios de força muscular e desaquecimento, teve
duração de três meses, realizados três vezes por semana com duração
aproximadamente uma hora cada sessão. O grupo controle (GC) foi formado
por quatorze voluntárias sendo que todas receberam as mesmas orientações
iniciais e a cartilha de treinamento, porém não receberam nenhuma ligação
telefônica ou qualquer tipo de contato. Ao final do terceiro mês os dois grupos
foram reavaliados. Os resultados evidenciaram que as voluntárias do GTMD
obtiveram após o treinamento, redução significativa da MC em quilogramas
(Kg) (de 106,9±22 para 102,5±23,9; p=0,006), do IMC em Kg/m2 (de 41,2±6,6
para 39,5±7,4; p=0,005), da CC em centímetros (cm) (de 109±14 para 106±13;
p=0,009), da CQ em cm (de 130±12 para 126+13; p=0,04), aumento da
distância percorrida no ISWT em metros (m) (de 322±61 para 388±82;
p=0,001), aumento do número de subidas avaliadas no TD6 (de 136±20
para148±24; p=0,01), aumento do número de movimentos de sentar e levantar
(de 11±1,7 para 13,4±2,5 p=0,0001) e melhora da flexibilidade avaliada através
do teste de sentar e alcançar em cm (de 23,3±10,1para 26,7±10,7 p=0,0001).
Quando comparados os dois grupos por meio das diferenças, o GTMD também
obteve redução significativa da MC (de 0,76 para – 4,39; p=0,02), IMC (de 0,08
para -1,71 p=0,01), da CQ (de 1,86 para -3,86; p=0,01), e aumento significativo
da distância percorrida no ISWT (de 12,36 para 55,71; p=0,02), do número de
subidas avaliadas no TD6 (de 2,79 para 11,7 p=0,001), do número de
movimentos de sentar e levantar (de -2,29 para 2,76 p=0,0006) e da
flexibilidade do tronco e de músculos isquiotibiais verificada através do teste de
sentar e alcançar (de -1,04 para 3,43 p=0,007). Desta forma pode- se concluir
7
que o programa de exercícios físicos monitorado à distância, teve efeitos
benéficos, melhorando todos os componentes da aptidão física de mulheres
obesas.
Abstract
Exercise is a powerful ally against obesity in the population. However,
adherence to exercise programs, especially in gyms, is still very low due to a
number of emotional, physical, and financial factors. The objective of this study
was to evaluate the effect of an exercise program monitored remotely on the
physical fitness of obese women grades II and III in relation to anthropometric
characteristics, cardiorespiratory fitness, lower limb muscle strength, and trunk
and hamstring muscle flexibility. We screened and evaluated obese women with
body mass index (BMI)> 30 and <55 kg/m2 and age between 20 and 59 years.
The initial evaluation consisted of anthropometric measurements, including
height, body mass (BM), waist circumference (WC), hip circumference (HC),
cardiorespiratory fitness measured indirectly by the six-minute step test (6MST),
functional capacity in the Incremental Shuttle Walking Test (ISWT), indirect
lower limb strength in the sit to stand test, and trunk and hamstring muscle
flexibility in the sit and reach test. The volunteers received general guidance on
the benefits of exercise and specific instructions and demonstrations of the
exercise protocols contained in the exercise booklet developed by the
researchers. The three-month training program consisted of warm-up, aerobic,
resistance, and cool-down exercises in one-hour sessions three times a week.
After orientation, the volunteers were matched for age and BMI and divided into
two groups. The remote monitoring exercise group (RMEG) consisted of 14
volunteers who received calls and phone messages of encouragement and
motivation to do the training sessions during the week. At the end of each
month, a new session was conducted and adjustments were made in relation to
the number of sets and repetitions. The control group (CG) consisted of
fourteen volunteers who received no phone calls or any contact during that
period. At the end of three months, both groups were reassessed. The results
showed that, after training, the volunteers of the RMEG showed a significant
reduction in BM (from 106.9±22 to 102.5±23.9 kg; p=0.006), BMI (from 41.2±6.6
to 39.5±7.4 kg/m2; p=0.005), WC (from 109±14 to 106±13 cm; p=0.009), and
HC (from 130±12 to 126±13 cm; p=0.04), increase in the distance walked in the
ISWT (from 322±61 to 388±82 m; p=0.001), increase in the number of steps in
the 6MST (from 136±20 to 148±24; p=0.01), increase in the number of sitting
and standing movements (from 11±1.7 to 13.4±2.5; p=0.0001), and improved
flexibility evaluated by the sit and reach test (from 23.3±10.1 to 26.7±10.7 cm;
p=0.0001). When group differences were compared, the RMEG also achieved a
significant reduction in BM (from 0.76 to -4.39 kg; p=0.02) and BMI (from 0.08
to -1.71 kg/m2; p=0.01), HC (from 186 to ; -3,86 p=0.01) and a significant
increase in the distance walked in the ISWT (from 12.36 to 55.71 m; p=0.02),
the number of steps in the 6MST (from 2.79 to 11.7; p=0.001), the number of
movements of sitting and standing (from -2.29 to 2.76; p=0.0006), and trunk
and hamstring muscle flexibility in the sit and reach test (from -1.04 to 3.43 cm;
p=0.007). Thus, it can be concluded that the remote monitoring exercise
program had beneficial effects, with improvements in all of the components of
physical fitness in obese women.