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Título

EFEITO AGUDO DO ALONGAMENTO UNILATERAL DOS FLEXORES PLANTARES NO MEMBRO IPSI- E CONTRALATERAL NA TAREFA DE DESCER UM DEGRAU

Orientador

PROF. DR. PAULO HENRIQUE MARCHETTI

Autor

Silvio Luiz Pecoraro

Palavra chave

flexibilidade, eletromiografia, ação excêntrica.

Grupo CNPQ


Programa

MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

08/02/2017

Nº Downloads

584

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar o efeito do alongamento estático unilateral dos flexores plantares na ação muscular e força de reação do solo do membro ipsi- e contralateral na tarefa de descer um degrau. A amostra foi composta por 15 indivíduos do sexo masculino, com idade entre 18 a 35 anos, e fisicamente ativos. Os sujeitos realizaram duas tarefas: (i) transpassar um degrau e (ii) descer de um degrau. Ambas tarefas foram testadas antes e após a realização de protocolo de alongamento nos flexores plantares. A altura do degrau foi ajustada a 30 cm do solo e a cadência da descida foi de 80bpm. Nesta tarefa, foram avaliadas a atividade mioelétrica (gastrocnêmio lateral e tibial anterior) e força de reação do solo vertical. Foram realizadas seis séries de 45 segundos de duração por 15 segundos de intervalo de alongamento estático nos flexores plantares do membro dominante de cada sujeito. A intensidade do protocolo de alongamento foi continuamente ajustada entre 70 e 90% da percepção subjetiva de desconforto do sujeito. Na primeira tarefa foi observado aumento do índice de assimetria entre o membro alongado e não alongado (P=0,49). Na segunda tarefa, o alongamento promoveu aumento do pico da FRSv (P=0,029), tempo de contato (P<0,005) e pré-ativação do tibial anterior (P<0,001) somente no membro alongado. Adicionalmente, o alongamento promoveu redução na ativação do gastrocnêmio lateral em ambos os membros (P<0,005). O presente estudo concluiu que a realização do alongamento estático aumenta o impacto durante a tarefa de descrer um degrau, possivelmente devido à redução da atividade mioelétrica do gastrocnêmio lateral e da redução da rigidez miotendínea. O membro não alongado apresentou redução da atividade mioelétrica, porém, não houve alterações no desempenho, possivelmente pela inexistência de efeitos mecânicos na unidade miotendínea. Para os profissionais que atuam na prescrição de exercícios de alongamento, a intensidade e o volume devem ser ajustados, para evitar alterações no desempenho da atividade subsequente.

Abstract

The purpose of this study was to analyze the effect of unilateral static stretching of the plantar flexors on muscle activation and ground reaction force of the ipsi and contralateral limbs on the task of descending a step. The sample consisted of 15 males, aged 18 to 35 years, and physically active. The subjects performed two tasks (i) step up and over a step and (ii) descend a step. Both tasks were performed before and after a stretching protocol for the plantar flexors. The height of the step was adjusted to 30cm of the ground and a cadence for a descent of 80bpm was used. During this task, myoelectric activity (lateral gastrocnemius and tibialis anterior) and vertical ground reaction force were evaluated. Six sets of 45 seconds with 15 seconds of interval of static stretching interval for the plantar flexors of the dominant limb of each subject was used. The intensity was continuously adjusted to 70 and 90% of the subject's subjective perception of discomfort. On the first task it was observed an increase in asymmetry index between the stretched and non-stretched limb (P=0,49). On the second task, the stretching protocol promoted a increase on vGRF (P=0,029), contact time (P<0,05) and anterior tibialis pre-activation (P<0,001) only on the stretched limb. Additionally, the stretching protocol promoted a reduction on lateral gastrocnemius activity in both limbs (P<0,005). The present study concludes that the static stretching increase the impact during the task of stepping down a step possibly due to the reduction of muscle activity of lateral gastrocnemius and myotendinous stiffness. The non-stretched limb showed a reduction on myoeletric activity, however, there were no alterations on performance possibly due to the inexistent mechanic effects on myotendinous unit.