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Título

Efeito crônico da frequência do treinamento de força no desempenho neuromuscular e morfologia muscular após 8 semanas em sujeitos treinados

Orientador

Prof. Dr. Charles Ricardo Lopes

Autor

FELIPE ALVES BRIGATTO

Palavra chave

força muscular, hipertrofia muscular, variáveis do treinamento.

Grupo CNPQ


Programa

MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

22/02/2017

Nº Downloads

1050

Resumo

As adaptações neuromusculares são maximizadas através da manipulação das variáveis agudas do treinamento de força (TF). A frequência de treino apresenta-se como uma importante variável a ser manipulada, podendo exercer efeito direto na relação dose-resposta do TF. Embora a literatura científica apresente estudos que investigaram esse tópico em diferentes populações, algumas dúvidas persistem, uma vez que a comparação entre os achados das pesquisas é dificultada devido as diferentes características dos desenhos experimentais. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de diferentes frequências de TF nas adaptações neuromusculares em homens treinados. A amostra foi composta por 20 homens hígidos (idade: 27,1±5,5 anos; estatura: 174,3±5 cm; massa corporal: 78,4±7,1 kg; experiência em TF: 4,1±1,8 anos). Os sujeitos foram pareados de acordo com os níveis de força máxima basal e então distribuídos de maneira aleatória em um dos dois grupos experimentais: uma sessão semanal para cada grupamento muscular (grupo 1xsem, n = 10); duas sessões semanais para cada grupamento muscular (grupo 2xsem, n = 10). A intervenção teve duração de 8 semanas. Foram realizados pré e pós-intervenção as seguintes avaliações: teste de uma repetição máxima (1RM) e teste de 60% de 1RM (60%1RM) nos exercícios supino reto e meio-agachamento, análise da espessura muscular dos músculos flexores do cotovelo, tríceps braquial, vasto lateral e quadríceps anterior (reto femoral + vasto intermédio). Ambos os grupos apresentaram incrementos significantes nos testes de 1RM no supino reto (1xsem p=0,001; 2xsem p=0,001) e meio-agachamento (1xsem p=0,001; 2xsem p=0,001). Ambos os grupos apresentaram incrementos no teste de 60%1RM no meio-agachamento (1xsem p=0,001; 2xsem p=0,03), porém, somente o grupo 2xsem apresentou ganhos significantes no teste de 60%1RM no supino reto (1xsem p=0,115; 2xsem p=0,005). Com relação a espessura muscular, ambos os grupos apresentaram incrementos significantes nos músculos flexores do cotovelo (1xsem p=0,001; 2xsem p=0,001); tríceps braquial (1xsem p=0,001; 2xsem p=0,001); vasto lateral (1xsem p=0,001; 2xsem p=0,001) e quadríceps anterior (1xsem p=0,001; 2xsem p=0,001). Não foram observadas diferenças entre grupos em nenhuma das variáveis de força (1RM, 60%1RM) e espessura muscular.

Abstract

Muscular adaptations are maximized by the manipulation of resistance training (RT) variables. Training Frequency presents itself as an important variable to be manipulated and may have a direct effect on the TF dose-response relationship. Although the scientific literature presents studies that investigated this topic in different populations, some doubts persist, since the comparison between the findings of the research is difficult because of the different characteristics of the experimental designs. In this context, the purpose of this study was to assess the effects of different training frequencies on neuromuscular adaptations in well-trained men. The sample consisted of 20 healthy men (age: 27.1 ± 5.5 years, height: 174.3 ± 5 cm, body mass: 78.4 ± 7.1 kg, RT experience: 4.1 ± 1 ,8 years). Subjects will be matched at baseline of maximum strength and randomly assigned to one of two experimental groups: one workout per week for the same muscle group (1/wk group, n = 10); two workout per week for the same muscle group (2/wk group, n = 10). The intervention lasted 8 weeks. The following measures were performed: a maximal repetition test (1RM) and a 60% 1RM test (60% 1RM) in bench press and half squat exercises, muscle thickness of the elbow flexors, triceps brachii, vastus lateralis and anterior quadriceps (rectus femoris + vastus intermedius) muscles. Both groups showed significant increases in 1RM bench press (1/wk p=0.001; 2/wk p=0,001) and half squat (1/wk p=0.001; 2/wk p=0.001). Both groups showed significant increments in 60%1RM half squat (1/wk p=0.001; 2/wk p=0.03), but only the 2/wk group had significant gains on 60%1RM in the bench press (1/wk p=0.115; 2x/wk p=0.005). Regarding muscle thickness, both groups showed significant increases in the elbow flexor muscles (1/wk p=0.001; 2/wk p=0.001); triceps brachii (1/wk p=0.001; 2/wk p=0.001); vastus lateralis (1/wk p=0.001; 2/wk p=0.001) and anterior quadriceps (1/wk p=0.001; 2/wk p=0.001). There were no differences between groups in any of strength (1RM, 60%1RM) or muscle thickness variables.