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Título
Efeitos da aplicação da Kinesiotaping em extensores de joelho sobre o desempenho e atividade muscular em ações isométricas máximas
Orientador
Prof. Dr. Paulo Henrique Marchetti
Autor
FÁBIO SISCONETO DE FREITAS
Palavra chave
desempenho esportivo; atividade física; bandagens; força; eletromiografia; joelho
Grupo CNPQ
Programa
MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
08/02/2017
Nº Downloads
1080
Resumo
Durante a última década, a bandagem kinesiotaping (KT) tornou-se uma opção
popular de tratamento no campo de lesões musculoesqueléticas e desportivas.
Alguns atletas utilizam-na com o objetivo principal de aumento na ativação
muscular e na produção de força, o que levaria a uma melhora do desempenho
no esporte. Entretanto, a literatura apresenta resultados bastante controversos
sobre os seus efeitos, além de que os mecanismos de ação da KT ainda são
descritos de forma superficial e não foram totalmente estudados. Portanto, o
objetivo do presente estudo foi avaliar o desempenho e a atividade muscular do
vasto lateral em ações isométricas máximas em diferentes condições. Trata-se
de um estudo descritivo, analítico de intervenção transversal. Participaram da
pesquisa 18 sujeitos do gênero masculino, treinados em força há pelo menos
um ano, com idade de 25,56 + 4,84 anos, estatura de 176 + 5,17 cm e massa
corporal total de 81,83 + 8,73. Inicialmente os sujeitos realizaram uma sessão
de aquecimento geral (bicicleta ergométrica) com duração de 5 minutos. Em
seguida, a familiarização ao teste de força isométrica foi realizada apenas com
o membro inferior dominante na cadeira extensora, onde cada sujeito realizou 5
contrações isométricas submáximas a 50% da contração isométrica máxima
imaginável sem o uso de qualquer acessório. Foram testadas quatro diferentes
condições (controle, tensor, kinesiotaping e kinesiotaping placebo) de forma
aleatorizada. Para cada condição foram executadas três contrações voluntárias
máximas isométricas de 5 segundos com intervalos de 10 segundos, em
extensão de joelho. Foram fornecidos aos sujeitos 10 minutos de repouso entre
as condições. As informações de carry over, pico de força e impulso foram
avaliadas por meio de célula de carga, enquanto a atividade muscular foi
analisada através da eletromiografia de superfície do músculo vasto lateral. Em
relação ao carry over, existiram diferenças significantes entre as condições:
controle > placebo (P=0.004, d=1.26, Δ%=40.9); tensor > placebo (P=0.007,
d=0.76, Δ%=26.7); e kinesio > placebo (P=0.004, d=0.97, Δ%=31.5). Para o
pico de força, impulso e atividade elétrica do músculo vasto lateral não foram
observadas diferenças significantes entre as condições. Os resultados deste
estudo sugerem que a aplicação da kinesiotaping sobre o músculo quadríceps
não afetou as capacidades contráteis ou mesmo passivas. Desta forma, a
técnica é ineficaz para seu uso na melhora da performance física em atividades
isométricas máximas.
Abstract
Over the past decade, Kinesiotaping (KT) has become a popular treatment
option in the field of musculoskeletal and sports injuries. Some athletes use it
with the main objective of increasing muscle activation and strength production,
which would lead to an improvement in performance in sports. However, the
literature presents very controversial results on its effects, besides that the
mechanisms of action of KT are still described superficially and were not fully
studied. Therefore, the aim of this study was to evaluate the performance and
muscle activity of the vastus lateralis in maximal isometric actions in different
conditions. This is a descriptive, analytical cross-sectional study. The
participants were 18 male subjects trained in force for at least one year, aged
25.56 + 4.84 years, height 176 + 5.17 cm and total body mass of 81.83 + 8.73
Kg. Initially subjects underwent a general warm-up session (5-minute exercise
cycle). Next, the familiarization with the isometric force test was performed only
with the dominant lower limb in the extensor chair, where each subject
performed 5 submaximal isometric contractions at 50% of the maximum
isometric contraction imaginable without the use of any accessory. Four
different conditions were tested (control, tensor, Kinesiotaping and
Kinesiotaping placebo) in randomized order. For each condition, three 5-second
maximal isometric voluntary contractions were performed at 10-second intervals
in knee extension. 10 minutes of rest were provided to subjects between
conditions. The carry-over, peak force and impulse information were assessed
by load cell, while muscle activity was analyzed by surface electromyography of
the vastus lateralis muscle. Regarding carry over, there were significant
differences between the conditions: control> placebo (P = 0.004, d = 1.26, Δ% =
40.9); Tensor> placebo (P = 0.007, d = 0.76, Δ% = 26.7); and kinesio> placebo
(P = 0.004, d = 0.97, Δ% = 31.5). For the peak of force, momentum and electric
activity of the vastus lateralis muscle, no significant differences were observed
between the conditions. The results of this study suggest that the application of
kinesiotaping on the quadriceps muscle did not affect the contractile or even
passive capacities. In this way, KT is ineffective for its use in improving physical
performance in maximal isometric activities.