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Título
Método Pilates: influência da frequência semanal e tempo de prática sobre a força muscular respiratória e capacidade funcional aeróbia
Orientador
Profa. Dra. Marlene Aparecida Moreno
Autor
MILENA IANHIS LOPES
Palavra chave
Método Pilates, Força muscular, Músculos respiratórios,
Consumo de oxigênio
Grupo CNPQ
Programa
MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
21/02/2017
Nº Downloads
746
Resumo
Uma das técnicas que têm sido amplamente usada na fisioterapia é o
Método Pilates. Entre os seis princípios que norteiam a prática, a respiração é um
dos elementos principais, portanto estudos têm analisado a influência do Pilates
na força muscular respiratória, entretanto a relação do método com a capacidade
funcional aeróbia é escassa na literatura. O objetivo do presente estudo foi
analisar a influência da frequência semanal de prática do Método Pilates sobre a
força muscular respiratória e capacidade funcional aeróbia, bem como avaliar a
relação entre a força muscular respiratória e a capacidade funcional aeróbia, e a
relação entre o tempo de prática de Pilates com as pressões respiratórias
máximas e o consumo máximo de oxigênio (VO2máx). Trata-se de um estudo
primário, transversal, observacional e comparativo com 33 voluntárias divididas
em grupo controle (GC), grupo de praticantes de Pilates uma vez por semana
(G1) e grupo de praticantes de Pilates duas vezes por semana (G2), com 11, 10 e
12 mulheres em cada grupo, respectivamente. Todas foram submetidas à
avaliação antropométrica, força muscular respiratória, pela medida das pressões
respiratórias máximas obtidas pela manovacuômetria, e capacidade funcional
pelo teste do degrau de Astrand-Ryhming. Na comparação entre grupos em
relação à pressão inspiratória máxima (PImáx), os grupos treinados mostraram
maiores valores em relação ao GC, assim como maior valor da PImáx do G2 em
comparação com o G1. Referente a pressão expiratória máxima (PEmáx) o G2
apresentou maiores valores comparados ao GC e G1, e não houve diferença
entre o G1 e GC. Da mesma forma, para o VO2max, o G2 apresentou maiores
valores quando comparado ao GC e G1, não havendo diferença entre G1 e GC.
Observou-se correlação positiva e significativa entre as pressões respiratórias
máximas e VO2máx e não houve correlação significativa entre a PImáx, PEmáx e
VO2máx com o tempo de prática. Conclui-se que a prática do Método Pilates
realizada duas vezes por semana tem maior efeito sobre a força muscular
respiratória e capacidade funcional aeróbia do que se realizado uma vez por
semana e que existe relação positiva entre força muscular respiratória e a
capacidade funcional, e o tempo de prática não apresentou correlação com
nenhuma das variáveis estudadas, sugerindo que a frequência semanal e a força
dos músculos respiratórios podem exercer influência positiva sobre o
desempenho físico de mulheres praticantes de Pilates.
Abstract
The Pilates Method is one of the most widely used techniques in
physical therapy. Among the six principles that guide this practice, breathing is one
of the main elements; therefore, studies have analyzed the influence of Pilates on
respiratory muscle strength. However, the relationship of the method with the
aerobic functional capacity is scarce in the literature. The objective of the present
study was to analyze the influence of the weekly frequency of the Pilates Method
practice on respiratory muscle strength and aerobic functional capacity, as well as
to evaluate the relationship between respiratory muscle strength and aerobic
functional capacity, the relationship between the practice time of Pilates with
maximum respiratory pressures and the maximum consumption of oxygen
(VO2max). This is a primary, transversal, observational, comparative study
comprising 33 volunteers divided into a control group (CG), a group of Pilates
practitioners once a week (G1) and a group of Pilates practitioners twice a week
(G2), with 11, 10 and 12 women in each group, respectively. All were submitted to
anthropometric evaluation, respiratory muscle strength, by measuring the
maximum respiratory pressures obtained by manovacuometry, and functional
capacity by the Astrand-Ryhming step test. In the comparison among groups in
relation to maximal inspiratory pressure (MIP), the trained groups showed higher
values in relation to the CG, as well as higher MIP value of G2 compared to G1.
Regarding the maximum expiratory pressure (MEP), G2 presented higher values
compared to GC and G1, and there was no difference between G1 and GC.
Similarly, for VO2max, G2 presented higher values when compared to GC and
G1, with no difference between G1 and GC. Positive and significant correlation
was observed between maximal respiratory pressures and VO2max and there was
no significant correlation among MIP, MEP and VO2max with the practice time. It
is concluded that the practice of the Pilates Method twice a week has a greater
effect on respiratory muscle strength and aerobic functional capacity than if it is
performed once a week and that there is a positive relationship between
respiratory muscle strength and functional capacity, positive relation of the weekly
frequency with MIP, MEP and VO2max, and the practice time did not correlate
with any of the studied variables, suggesting that weekly frequency and respiratory
muscle strength may exert a positive influence on the physical performance of
women who practice Pilates.