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Título

ANÁLISE DA ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA E DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR DE INDIVÍDUOS COM AFECÇÃO NEUROPÁTICA HANSÊNICA

Orientador

PROFª DRª ROSANA MACHER TEODORI

Autor

LUCIANE LOBATO SOBRAL SANTOS

Palavra chave

ELETROMIOGRAFIA, HANSENÍASE, FORÇA MUSCULAR, AVALIAÇÃO DA DEFICIÊNCIA.

Grupo CNPQ


Programa

DR - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

11/08/2017

Nº Downloads

742

Resumo

O comprometimento da funcionalidade na hanseníase continua sendo um problema que requer atenção cuidadosa para evitar ou minimizar sua progressão, além de prevenção das deficiências, incapacidades e deformidades. Métodos de avaliação neural sensitivo-motora tem sido propostos, como avaliação da atividade elétrica muscular (eletromiografia de superfície) e avaliação da força de preensão palmar. Este estudo analisou e comparou a força de preensão palmar e a atividade eletromiográfica dos músculos flexores superficiais dos dedos (FSD) e flexor ulnar do carpo (FUC) em indivíduos saudáveis e portadores de hanseníase. Os voluntários foram divididos nos grupos (n=21): Hanseníase (GH), composto por indivíduos portadores de hanseníase (GH) e Controle (GC), composto por indivíduos saudáveis. Os voluntários passaram por avaliação clínica prévia para inclusão no estudo. Para aquisição do sinal eletromiográfico (SEMG) utilizou-se um Eletromiógrafo de Superfície e Biomecânica e os eletrodos foram fixados no ventre do FSD e FUC durante a manobra de preensão palmar no dinamômetro. Os músculos FSD e FUC foram avaliados durante o teste de contração voluntária máxima (CVM) no dinamômetro e posteriormente induzidos à fadiga, mantendo uma contração contínua até atingir 70% da CVM. Para análise do SEMG foram avaliados a velocidade de condução dos potenciais de ação das unidades motoras (VCPAUM), os valores de Root Mean Square (RMS) e da Frequência Mediana (FM) nos testes de preensão palmar. Aplicou-se o teste t de student para amostras não pareadas e Análise de Variância (ANOVA) two way com post hoc de Bonferroni, para amostras pareadas. A correlação entre as variáveis foi avaliada pelo Teste de Correlação Linear de Pearson. O nível de significância estabelecido foi de α≤5%. O GH apresentou maior número (p=0,0006) e menor intensidade de contrações musculares (p=0,01), menores valores da VCPAUM (p=0,03) e da força de preensão palmar (p=0,0003) comparado ao GC. Não houve diferença no tempo de início da fadiga entre o GC e o GH (p=0,22). No GC houve correlação entre o número de contrações musculares e o tempo de início da fadiga (r=0,90, p=0,0005), não observada no GH. O GH apresentou menores valores de RMS (p=0,02), sem diferença para a frequência mediana no teste de CVM e no índice de fadiga, quando comparado ao GC. Não houve correlação entre força de preensão palmar e RMS e força de preensão palmar e frequência mediana durante a CVM no GC e GH. Conclui-se que a desnervação promovida pelo M. leprae promove alterações sensório-motoras; não influencia o tempo de início de fadiga entre os grupos; aumenta o número de contrações de menor intensidade, provavelmente para compensar a diminuição da força de preensão palmar, e reduz os valores de RMS, devido a um menor recrutamento das unidades motoras.

Abstract

The impairment of functionality in leprosy remains a problem that requires careful attention to avoid or minimize its progression, as well as prevention of disabilities, disabilities and deformities. Sensory-motor neural evaluation methods have been proposed, such as evaluation of muscular electrical activity (surface electromyography) and evaluation of palmar grip strength. This study analyzed and compared the palmar grip strength and electromyographic activity of the superficial flexor muscles of the fingers (FSD) and flexor ulnar carpal (FUC) in healthy individuals with leprosy. The volunteers were divided into groups (n = 21): Leprosy (GH), composed of individuals with leprosy (GH) and Control (CG), composed of healthy individuals. The volunteers underwent prior clinical evaluation for inclusion in the study. To acquire the electromyographic signal (SEMG) a Surface and Biomechanical Electromyograph was used and the electrodes were fixed in the ventricle of the FSD and FUC during the palmar grip maneuver in the dynamometer. The FSD and FUC muscles were evaluated during the maximal voluntary contraction (CVM) test in the dynamometer and later induced to fatigue, maintaining a continuous contraction until reaching 70% of the CVM. For the analysis of the SEMG the speed of conduction of the action potentials of the motor units (VCPAUM), the values of Root Mean Square (RMS) and the Median Frequency (FM) were evaluated in the palmar grip tests. Student's t-test for unpaired samples and Analysis of Variance (ANOVA) two-way with post hoc of Bonferroni were applied for paired samples. The correlation between the variables was evaluated by the Pearson Linear Correlation Test. The level of significance was α≤5%. GH presented higher number (p = 0.0006) and lower intensity of muscle contractions (p = 0.01), lower values of VCPAUM (p = 0.03) and palmar grip strength (p = 0.0003) compared to GC. There was no difference in the time of onset of fatigue between GC and GH (p = 0.22). In GC there was a correlation between the number of muscular contractions and the time of onset of fatigue (r = 0.90, p = 0.0005), not observed in GH. GH presented lower RMS values (p = 0.02), with no difference for the median frequency in the CVM test and in the fatigue index, when compared to the CG. There was no correlation between palmar grip strength and RMS and palmar grip strength and median frequency during CVM in GC and GH. It is concluded that the denervation promoted by M. leprae promotes sensory-motor alterations; did not differ the time of onset of fatigue between the groups; increases the number of contractions of lower intensity, probably to compensate for the decrease in palmar grip strength and reduces RMS values due to lower recruitment