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Título

A aplicação de microciclos com carga externa de treinamento distintas pode interferir nas respostas psicobiológicas e performance de jovens judocas?

Orientador

Charles Ricardo Lopes

Autor

Tiago Volpi Braz

Palavra chave

Treinamento esportivo. Judô. Desempenho. Carga de treinamento. Respostas individuais.

Grupo CNPQ


Programa

DR - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

20/02/2018

Nº Downloads

1013

Resumo

O objetivo do estudo foi comparar a ordem de aplicação de microciclos com carga externa de treinamento (CET) distintas nas respostas psicobiológicas e performance de jovens judocas. Participaram da pesquisa 24 jovens judocas (14 homens e 5 mulheres, 17,0 ± 1,5 anos, 66 ± 10 kg, 167 ± 8 cm, %G = 16 ± 5 %, PVC = 2,2 ± 0,9 anos, experiência treinamento no judô = 6,0 ± 1,2 anos, 14 faixas pretas e 10 marrons) que foram divididos aleatoriamente em 2 grupos (G1 e G2). A 1ª semana foi considerada a fase de pré intervenção (momento pré), a 2ª e 3ª semana a fase de intervenção (pósmicro1 e pósmicro2). O G1 iniciou com microciclo A (CET). Na segunda semana, foi modificada a ordem de aplicação dos microciclos (G1 = Micro A-B e G2 = Micro B-A). Os microciclos foram monitoradas pelos seguintes métodos: i) escala de qualidade total de recuperação (QTR - QTRSUBJETIVA e QTROBJETIVA) e recordatório nutricional, ambos, realizados pelos sujeitos sempre antes da hora de dormir; ii) variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e salto vertical com contramovimento (CMJ) 30 minutos antes das sessões do período matutino e noturno; iii) percepção subjetiva de esforço (PSE) sempre 30 minutos após o término das sessões de treinamento, obtendo-se a carga interna de treinamento (CIT), iv) questionários semanais de fontes e sintomas de estresse (DALDA) e perfil do estado de humor (POMS). A performance no judô foi avaliada pelo Special Judo Fitness Test (SJFT). Os principais resultados foram: (CIT) = na CITTOTAL (A + B) não foi observada diferença entre grupos (p = 0,989, d=0,01); G1 e G2 apresentaram maiores valores no microciclo B (>CET) em relação ao A (0,05). QTR = não houve diferença dos valores médios da QTRsubjetiva e QTRobjetiva do microciclo A para B, entretanto, a ordem de aplicação dos microciclos alterou a variação (CV%) da QTRsubjetiva no G2 (pósmicro1 = 37,6% vs pósmicro2 = 21,4%). DALDA = diferenças substanciais intergrupos para FONTESPQN e SINTOMASMQN (pré vs pósmicro2 e pósmicro1 vs pósmicro2). POMS = diferenças intergrupos para PTHESCORE (pósmicro1 vs pósmicro2), Fadiga (pré vs pósmicro e pósmicro1 vs pósmicro2). CMJ = o CV% do CMJ foi diferente intergrupos (pósmicro1 vs pósmicro2). A análise individual dos sujeitos demonstrou comportamento distinto da média de G1 e G2 para os métodos da VFC, QTROBJETIVA e CMJ, assim como entre sujeitos responsivos e não responsivos ao SJFT. Coletivamente, conclui-se que a CIT acumulada nas 2 semanas determina a adaptação da performance específica dos judocas independente da ordem de aplicação da magnitude da CET nos microciclos. Além disto, as respostas psicobiológicas dos sujeitos são atenuadas na segunda semana quando aplicado um microciclo com maior CET na primeira semana.

Abstract

The aim of the study was to compare sequence-application of microcycles with different (distinct) external training load (ETL) in the psychobiological responses and performance of young judokas. Participate of the research 24 young judokas ( 14 male and 5 woman, 17,0 ± 1,5 years, 66 ± 10 kg, 167 ± 8 cm, %G = 16 ± 5 %, peak height velocity = 2,2 ± 0,9 years, judo training experience= 6,0 ± 1,2 years, 14 black belts and 10 brown belts) which were randomly divided into 2 groups (G1 and G2). The first week was considered pre-intervention phase (pre-moment), the second and third weeks the intervention phase (postmicro1 and postmicro2). G1 group started with microcycle A (ETL). On second week was achieved the microcycle `s crossing (G1= micro A-B and G2= micro B-A). The Microcycles were monitored by the following methods: i) Quality Total Recovery Scale (QTR – QTRSUBJECTIVE and QTROBJECTIVE) and nutritional reminder, both performed by subjects before bedtime; ii) Heart Rate Variability (HRV) and Countermovement Jump (CMJ) 30 minutes before morning and evening sessions; iii) rating of perceived exertion (RPE) always 30 minutes after the end of the training sessions, obtaining the internal training load (ITL); iv) weekly questionnaire on sources and symptoms of stress Daily Analyses of the Life Demands in Athletes (DALDA), Profile os Mood Status (POMS). The performance in the judo was assessment by Special Judo Fitness Test (SJFT). The main results were: ITL= in ITLtotal (A + B) was not observed different into group (p= 0,989, d= 0,01); G1 and G2 presented higher values in microcycle B (>ETL) than in relation to A (0,05). QTR= there is no difference in the mean values of the QTRSUBJECTIVE and QTROBJECTIVE of the microcycle A to B, however, the order of microcycle`s application Changed the variation (%CV) of the QTRSUBJECTIVE in G2 (postmicro1 = 37,6% vs postmicro2 = 21,4%). DALDA = Substantial intergroup differences for SOURCESPQN and SYMPTOMSMQN (pre vs postmicro2 and postmicro1 vs postmicro2). POMS = intergroup difference for PTHscore (postmicro1 vs postmicro2), Fatigue (pre and postmicro2 and postmicro1 vs postmicro2). The individual analyses of the subjects showed a behavior different from the mean of G1 and G2 for methods of HRV, QTROBJECTIVE and CMJ, as well as between subjects responders and no responders to SJFT. Collectively, concluded that the ITL accumulated in the 2 weeks determines the adaptation of the specific performance of judokas regardless of the crossing the magnitude of CET in microcycles. Besides, the psychobiological responses of the subjects are attenuated on second week when a microcycle with highest ETL is applied in the first week.