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Título

Efeito crônico de diferentes frequências de treinamento na performance neuromuscular e morfologia muscular em homens treinados em força

Orientador

PROF. DR. CHARLES RICARDO LOPES

Autor

YURI BENHUR MACHADO

Palavra chave

força muscular, hipertrofia, exercício.

Grupo CNPQ


Programa

MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

26/02/2018

Nº Downloads

632

Resumo

O treinamento de força (TF) é um dos meios mais populares para o aumento da performance muscular e desenvolvimento morfológico muscular. A manipulação das variáveis agudas do TF são pontos chave para obtenção dos resultados desejados. A frequência semanal é uma importante variável que, quando manipulada pode alterar a distribuição de estímulos ao longo da semana, desta forma podendo aumentar ou diminuir o descanso de determinado grupo muscular e também alterando as respostas fisiológicas ao treinamento. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo verificar os efeitos crônicos de dois protocolos distintos na frequência semanal, duas sessões versus três sessões por grupo muscular, no desempenho e morfologia muscular em sujeitos treinados. A amostra foi composta por 20 homens hígidos (idade: 28,8±6,1 anos; estatura: 172,8±5,1 cm; massa corporal: 70,2±7,4 kg; experiência: 3,5±0,8 anos e frequência semanal: 4,4±0,5 sessões/semana) Os sujeitos foram pareados de acordo com os níveis de força máxima basal e então distribuídos de maneira aleatória em um dos dois grupos experimentais: duas sessões semanais para cada grupamento muscular (grupo 2xsem, n = 10); três sessões semanais para cada grupamento muscular (grupo 3xsem, n = 10). A intervenção teve duração de 8 semanas. Foram realizados pré e pós-intervenção as seguintes avaliações: teste de uma repetição máxima (1RM) e teste de 60% de 1RM (60%1RM) nos exercícios supino reto e agachamento, análise da espessura muscular dos músculos flexores do cotovelo (EMFC), tríceps braquial (EMTB), vasto lateral (EMVL) e quadríceps anterior (EMQA) (reto femoral + vasto intermédio). Na análise da Carga Total Levantada (CTL), foi calculado a CTL total e semanal dos protocolos. A Carga Interna de Treinamento (CIT) foi obtida através da escala de OMNI sessão a sessão com o fim de determinar a CIT total e semanal. Ambos os grupos apresentaram incrementos significantes nos testes de 1RM no supino reto (2xsem Δ%=15,4, p=0,001; 3xsem Δ%=20,5, p<0,001) e agachamento (2xsem Δ%=51,5, p<0,001; 3xsem Δ%=56,3, p<0,001). Ambos os grupos apresentaram incrementos significantes nos testes de 60%1RM no supino reto (2xsem Δ%= 16,2, p=0,019; 3xsem Δ%=20,9, p=0,007) e agachamento (2xsem Δ%=11, p=0,032; 3xsem Δ%=28,7, p<0,001). Em relação a espessura muscular, ambos os grupos apresentaram aumentos significantes na EMFC (2xsem Δ%=6,9, p=0,027; 3xsem Δ%=8,9, p=0,003), EMTB (2xsem Δ%=8,4, p=0,001; 3xsem Δ%=15,7, p<0,001), EMVL (2xsem Δ%=11,2, p<0,001 e 3xsem Δ%=5, p=0,035) e EMQA (2xsem Δ%=12,1, p<0,001; 3xsem Δ%=21, p<0,001). A CTL total das oito semanas foi significantemente aumentada pela frequência de treinamento (p<0,001). Não houve diferença significante na CIT entre grupos ao longo das oito semanas (p=0,270). Não foram observadas diferenças significantes entre grupos em nenhuma das variáveis de força e espessura muscular analisadas. O tamanho do efeito favoreceu o 3xsem para alguns parâmetros, sugerindo um ligeiro benefício para a maior frequência de treinamento. Conclui-se que, tanto 2xsem como 3xsem aumentam significativamente as adaptações neuromusculares, com similares adaptações entre condições.

Abstract

Strength training is one of most popular methods to increase muscle performance and morphological development. Its acute strength training variables manipulations is a key point for getting the desirable results. Weekly frequency is an important variable that, when manipulated may elicit different stimulus distribution in a weekly basis, can increase or decrease rest of a particular muscle group and also elicit training physiological responses. In this sense, the aim of this study is to verify the chronic effects of two protocols of weekly frequency, two sessions and three sessions per muscle group on performance and muscular morphology in trained subjects. The sample consisted of 20 healthy men (age: 28,8±6,1 years; height: 172,8± 5,1cm; body mass: 70,2±7,4 kg; experience: 3,5±0,8 year; weekly frequency: 4,4±0,5 sessions/week); The samples were paired according to the baseline maximum strength levels and then randomly distributed in one of two experimental groups: two weekly sessions per muscle group (group 2xsem, n=10); three weekly sessions per muscle group (group 3xsem, n = 10). The intervention lasted 8 weeks. The following evaluations were performed before and after the intervention: 1RM and 60%1RM tests were performed pre and post intervention for bench press and squat exercises. Muscle thickness of elbow flexors (EMFC), triceps brachial (EMTB), lateral vastus (EMVL) and anterior quadriceps (EMQA) (rectus femoris + intermediate vastus) In the analysis of Total Lift Charge (CTL), the total and weekly CTL of the protocols was calculated. The Internal Training Load (CIT) was obtained through the scale of OMNI session to session in order to determine the total and weekly CIT. Both groups showed significant increases in 1RM tests for bench press (2xsem Δ%=15,4, p=0,001; 3xsem Δ%=20,5, p<0,001) and squat (2xsem Δ%=51,5, p<0,001; 3xsem Δ%=56,3, p<0,001) exercises. Both groups showed significant increases in 60%1RM tests for bench press (2xsem Δ%= 16,2, p=0,019; 3xsem Δ%=20,9, p=0,007) and squat (2xsem Δ%=11, p=0,032; 3xsem Δ%=28,7, p<0,001). For muscle thickness, both groups showed significant increases in EMFC (2xsem Δ%=6,9, p=0,027; 3xsem Δ%=8,9, p=0,003), EMTB (2xsem Δ%=8,4, p=0,001; 3xsem Δ%=15,7, p<0,001), EMVL (2xsem Δ%=11,2, p<0,001 e 3xsem Δ%=5, p=0,035) and EMQA (2xsem Δ%=12,1 p<0,001; 3xsem Δ%=21, p<0,001). Eight week CTL was significantly affected by training frequency (p<0,001). No differences among the groups were observed for CIT through 8 weeks period (p=0,270). No significant differences were observed for any of strength and thickness variables. The effect size favored 3xsem for some parameters, suggesting a slight benefit to the higher frequency of training. It is concluded that both 2xsem and 3xsem are significantly increase neuromuscular adaptations, with similar adaptations between conditions.