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Título
ANÁLISE DO PADRÃO DE ATIVAÇÃO MUSCULAR DURANTE O EXERCÍCIO AGACHAMENTO COM DIFERENTES AMPLITUDES DE MOVIMENTO E TIPOS DE CONTRAÇÃO
Orientador
PAULO HENRIQUE MARCHETTI
Autor
JOSINALDO JARBAS DA SILVA
Palavra chave
Agachamento, eletromiografia, desempenho.
Grupo CNPQ
Programa
DR - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
21/06/2017
Nº Downloads
2113
Resumo
O objetivo do presente estudo foi analisar o padrão de ativação muscular durante o exercício agachamento em diferentes amplitudes de movimento e ações musculares. Para isso, dois experimentos distintos foram realizados. No experimento 1 foi realizado uma análise do agachamento em condição isométrica máxima em três diferentes angulações de joelhos. A amostra foi composta por 15 indivíduos do sexo masculino (idade: 30±7 anos, estatura: 174±6 cm, massa corporal total: 76±9 kg, tempo de prática no treinamento de força: 5±1 anos). Os indivíduos realizaram uma série de três contrações voluntárias máximas isométricas (CVMI) com duração de 5 segundos com intervalos de dez segundos entre as contrações, e dez minutos entre cada condição: condição 1; agachamento isométrico máximo parcial (A20°), condição 2; meio-agachamento isométrico máximo (A90°) e condição 3; agachamento isométrico máximo completo (A140°). O sinal eletromiográfico (sEMG) dos músculos: reto femoral (RF), vasto medial (VM), vasto lateral (VL), bíceps femoral porção longa (BF), glúteo máximo (GM) e semitendíneo (ST) do membro inferior dominante foi coletado durante as diferentes condições do agachamento isométrico máximo. Os resultados mostraram um efeito principal para a ativação muscular de VL (P<0,001), VM (P=0,030), RF (P=0,018) e GM (P<0,001) nos três diferentes ângulos de flexão de joelhos (A20°, A90°e A140°). O estudo conclui que o ângulo do joelho altera a ativação dos músculos do quadríceps e glúteo máximo. O A90° gera maior ativação em ambos os músculos analisados. O A140° gera uma menor ativação dos músculos VL e GM. O ângulo de joelho não afetou a ativação muscular dos isquiotibiais. No experimento 2 foi realizado o agachamento dinâmico máximo visando entender o padrão de ativação muscular com sobrecargas ajustadas para diferentes angulações. Participaram do estudo 15 indivíduos do sexo masculino (idade: 27±4 anos; estatura: 173±6 cm; massa corporal total: 81±8 kg; circunferência da coxa do membro dominante 58±5 cm, tempo de prática no treinamento de força: 5±3 anos). Os indivíduos realizaram uma série de dez repetições máximas (10RMs) no exercício agachamento dinâmico máximo em duas condições: condição 1; em 90° de flexão de joelhos (meio-agachamento) e condição 2; em 140° de flexão de joelhos (agachamento completo). A sobrecarga utilizada para cada condição foi ajustada através do teste de 10RMs em cada angulação. O sEMG dos músculos RF, VM, VL, BF, ST, GM, sóleo (SL) do membro inferior dominante e eretores da coluna (EC) região lombar do lado dominante foi coletado durante as duas condições do agachamento dinâmico máximo. Os resultados mostraram uma diferença significante para o GM (P=0,004, Δ%=29,37), BF (P=0,009, Δ%=11,78) e SL (P=0,031, Δ%=10,85) entre as diferentes posições de ângulo articular durante o agachamento dinâmico máximo. Adicionalmente, foi observado maior volume absoluto no meio-agachamento quando comparado ao completo. Entretanto, não foi observado efeito da amplitude de movimento na percepção subjetiva de esforço (PSE). O estudo conclui que as diferentes angulações do joelho alteram a ativação dos músculos GM, BF e SL. O exercício meio-agachamento gera maior ativação em ambos os músculos analisados. O exercício agachamento completo gera uma menor ativação dos músculos GM, BF e SL. Os diferentes ângulos de joelhos não afetam a ativação muscular dos extensores de joelho RF, VL e VM, do flexor de joelho ST, dos
extensores de coluna EC. Assim, é recomendado a realização do exercício meio-agachamento para maximizar o recrutamento neuromuscular dos extensores do joelho e do quadril. Os resultados do presente estudo sugerem que uma maior sobrecarga e consequente volume absoluto são levantados com a realização do meio-agachamento. Entretanto, a percepção subjetiva de esforço não foi sensível em detectar tais alterações.
Abstract
The aim of the present thesis was to analyze the pattern of muscle activation during exercise squatting on different ranges of motion and muscle actions. Two distinct experiments were performed. In the first experiment, an analysis of the squatting in maximal isometric condition was performed in three different knee angles. The sample consisted of 15 males (age: 30±7 years, height: 174±6 cm, total body mass: 76±9 kg, practice time in force training: 5±1 years). The subjects performed a series of three maximal isometric voluntary contractions (CVMI) with duration of 5 seconds with intervals of ten seconds between contractions, and ten minutes between each condition: condition 1; Partial maximum isometric squatting (A20°), condition 2; Maximum isometric mid-squat (A90°) and condition 3; Complete maximum isometric squatting (A140°). The electromyographic signal (sEMG) of the muscles: rectus femoris (RF), vastus medialis (VM), vastus lateralis (VL), biceps femoris longus (BF), gluteus maxis (GM), and semitendinosus Collected during the different conditions of maximum isometric squatting. The results showed a main effect for muscle activation of VL (P <0.001), MV (P = 0.030), RF (P = 0.018) and GM (P <0.001) at the three different knee flexion angles (A20°, A90 ° and A140 °). The study concludes that the knee angle alters the activation of the quadriceps and gluteal maximus muscles. The A90° generates greater activation in both muscles analyzed. A140° generates less activation of the VL and GM muscles. The knee angle did not affect the muscular activation of the hamstrings. In experiment 2, the maximum dynamic squatting was performed aiming to understand the pattern of muscular activation with loads adjusted for different angulations. Fifteen males participated in the study (aged 27±4 years; Height: 173±6 cm; Total body weight: 81±8 kg; Thigh circumference of dominant limb 58±5 cm, practice time in strength training: 5±3 years). The subjects performed a series of ten maximal repetitions (10RMs) in the maximal dynamic squat exercise under two conditions: condition 1; In 90° of knee flexion (half-squatting) and condition 2; In 140° of knee flexion (complete squatting). The overload used for each condition was adjusted by testing 10RMs at each angulation. The sEMG of the muscles RF, VM, VL, BF, ST, GM, soleus (SL) of the dominant lower limb and erector spines (EC) lumbar region of the dominant side was collected during the two conditions of maximum dynamic squatting. The results showed a significant difference for GM (P = 0.004, Δ% = 29.37), BF (P = 0.009, Δ% = 11.78) and SL (P = 0.031, Δ% = 10.85) between the different positions of joint angle during maximum dynamic squatting. In addition, greater absolute volume was observed in the mid-squat when compared to the complete one. However, no effect of the range of motion on the subjective perception of effort (PSE) was observed. The study concludes that the different knee angulations alter the activation of the GM, BF and SL muscles. The half-squat exercise generates greater activation in both muscles analyzed. The complete squat exercise generates less activation of the GM, BF and SL muscles. The different angles of the knees do not affect the muscular activation of the knee extensors RF, VL and MV, of the knee flexor ST, of the EC spine extensors. Thus, half-squat exercise is recommended to maximize neuromuscular recruitment of knee and hip extensors. The results of the present study suggest that a higher overload and consequent absolute volume are lifted with half-squatting. However, the subjective perception of effort was not sensitive in detecting such alterations.