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Título

EFEITOS AGUDOS DA FADIGA NEUROMUSCULAR NA MODULAÇÃO DA FORÇA ISOMÉTRICA MÁXIMA DOS EXTENSORES DE JOELHO E NA ATIVIDADE MUSCULAR DO VASTO LATERAL EM SUJEITOS COM DIFERENTES CONDIÇÕES DE APTIDÃO FÍSICA E SEXO

Orientador

PAULO HENRIQUE MARCHETTI

Autor

WILLY ANDRADE GOMES

Palavra chave

Desempenho, eletromiografia, contração isométrica.

Grupo CNPQ


Programa

DR - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

21/06/2017

Nº Downloads

760

Resumo

A fadiga neuromuscular pode ser definida como a redução progressiva da eficiência muscular em produzir força e potência por períodos prolongados, ocorrendo de forma periférica e/ou central. A fadiga central afeta os motoneurônios, a transmissão via medula espinal e o encéfalo, levando à redução do desempenho na atividade alvo, ou em atividades subsequentes que envolvam o membro fatigado (ipsilateral) ou até mesmo o membro contralateral (não fatigado) fenômeno conhecido como “educação cruzada” ou fadiga muscular não local (FMNL). Desta forma, o presente estudo teve como objetivo, avaliar os efeitos da fadiga neuromuscular unilateral dos extensores de joelho no desempenho e na atividade muscular do membro inferior fatigado (ipsilateral) e do membro inferior não fatigado (contralateral), em sujeitos de diferentes condições de sexo e condicionamento físico. O protocolo experimental será dividido em três fases. Fase 1: foram realizadas três contrações voluntárias máximas isométricas (CVMI) em extensão de joelhos unilateral (Pré-FAD) durante 5 segundos por 10 segundos de intervalo (5”/10”). Fase 2: foram realizadas duas CVMIs de 100seg. por 60seg. recuperação para o membro inferior dominante (FAD-Cont). Fase 3: foram realizadas 12 CVMIs (5”/10”) para o membro inferior não dominante em extensão de joelhos durante (FAD-Inter). Um eletromiógrafo de superfície e uma célula de carga foram utilizados para avaliar a atividade muscular do vasto lateral e as variáveis de força (membro dominante e não dominante). A normalidade e homogeneidade das variâncias foram verificadas utilizando o teste de Shapiro-Wilk e de Levene, respectivamente. Todos os dados foram reportados através da média e desvio padrão (DP) da média. A análise estatística foi realizada por através de uma ANOVA fatorial com medidas repetidas foi utilizada para comparar as diferenças entre as variáveis dependentes (PF, IMP e IEMG) entre grupos (HT; MT; HD e MD) para as três fases do protocolo experimental. Os resultados mostram que todos os grupos apresentaram queda significante do desempenho (P<0,05) após a realização do protocolo de fadiga FAD-Cont. entre a primeira e a segunda tentativa para o PF (~30%) e para o IMP (~35). Foi verificada queda significante (P<0,05) do desempenho dos extensores de joelho do membro não dominante entre os momentos pré e pós-protocolo de fadiga (FAD-Cont.) para os grupos HT (PF: 10,04% e IMP: 10,29%) e MT (PF: 18,15% e IMP: 15,90%), caracterizando assim a FMNL. Conclui-se que o protocolo de fadiga neuromuscular contínuo (FAD-Cont) foi eficiente na redução do desempenho dos extensores de joelhos do membro inferior fatigado (dominante), independente do sexo e do nível de condicionamento físico dos sujeitos avaliados. Já a FMNL parece depender do nível de condicionamento físico e não do sexo, visto que apenas os sujeitos treinados apresentaram redução significante da capacidade de produção de força isométrica máxima.

Abstract

Neuromuscular fatigue can be defined as the progressive reduction of muscle efficiency in producing force and power for long periods, occurring peripherally and/or centrally. Central fatigue affects the motoneurons, transmission via the spinal cord and the encephalon. Neuromuscular fatigue presents a multifactorial characteristic and can affect different sites through various mechanisms (metabolic, mechanical, and neural), leading to reduced performance on the target activity, or in subsequent activities involving the fatigued (ipsilateral) limb or even the contralateral (non-fatigued) limb known as "cross-training." In spite of the large number of studies investigating the effects of neuromuscular fatigue on muscle performance and activity, none of them evaluated the effects of neuromuscular fatigue on subjects of different gender and fitness conditions using the same fatigue induction protocol. Thus, this project aims at evaluating the effects of unilateral neuromuscular fatigue of knee extensors on the performance and muscular activity of the fatigued (ipsilateral) lower limb and the non-fatigued lower limb (contralateral) in subjects of different conditions of Gender and physical conditioning. The experimental protocol will be performed in a single session and divided into three phases. In the first phase, three maximal isometric voluntary contractions (CVMI) will be performed in knee extension of 5 seconds for 10 seconds of recovery, unilaterally and randomly, a condition named as pre-fatigue (Pré-FAD). In the second phase two CVMIs of 100 seconds each will be performed for 60 seconds of recovery between them (only for the dominant lower limb), named condition of continuous fatigue (FAD-Cont). In the third phase 12 CVMIs (only for the non-dominant lower limb) will be performed in knee extension for 5 seconds for 10 seconds of recovery, named intermittent fatigue condition (FAD-Inter). A surface electromyograph and a load cell will be used to assess muscle activity of the vastus lateralis and strength variables (of the dominant and non-dominant limb), respectively. The normality and homogeneity of the variances will be verified using the test of Komolgorov-Smirnov and Levene. All data will be reported through the mean and standard deviation of the mean. Statistical analysis was performed using a factorial ANOVA with repeated measures. It was used to compare the differences between the dependent variables (PF, IMP and IEMG) between groups (HT, MT, HD and MD). The results show that all groups showed a significant decrease in performance (P <0.05) after the FAD-Cont fatigue protocol. (~30%) and for IMP (~35%). There was a significant decrease (P <0.05) in the performance of the non-dominant limb between the pre and post-protocol fatigue moments (FAD-Cont.) For HT groups (PF: 10.04% and IMP: 10.29%) and MT (PF: 18.15% and IMP: 15.90%), thus characterizing FMNL. During the intermittent fatigue protocol (FAD-Inter.). It was concluded that the FAD-Cont. was efficient in reducing the performance of knee extensors of the fatigued (dominant) lower limb, regardless of gender and physical fitness level of the evaluated subjects. However, FMNL seems to depend on the level of fitness rather than gender, since only the trained subjects presented a reduction in the capacity of production of maximum isometric strength.