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Título
DESEMPENHO FÍSICO DE ATLETAS DE FUTEBOL SUBMETIDOS A DUAS ORGANIZAÇÕES DE CARGAS DE TREINAMENTO
Orientador
Prof. Dr. Idico Luiz Pellegrinotti
Autor
WAGNER JOSÉ NOGUEIRA
Palavra chave
monitoramento, treinamento físico, esporte.
Grupo CNPQ
Programa
MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
16/02/2017
Nº Downloads
1176
Resumo
Os objetivos do estudo foram determinar e comparar os efeitos da organização
de cargas de treinamento em sessões alternadas e combinadas sobre os
parâmetros de monitoramento da carga de treinamento e desempenho físico de
atletas de futebol categoria sub 20. Participaram da pesquisa 27 atletas de
futebol, categoria sub-20 que foram divididos em dois grupos, treinamento em
sessões alternadas - TSA (n=13), idade: 17,77 ± 0,79 anos, massa corporal:
67,27 ± 7,24 Kg, estatura: 1,74 ± 0,07 m, IMC: 22,79 ± 1,96 Kg/m2 e treinamento
combinado na sessão - TCS (n=14) idade: 17,50 ± 0,76 anos, massa corporal:
73,46 ± 9,13 Kg, estatura: 1,76 ± 0,07 m, IMC: 23,84 ± 1,84 Kg/m2. Os atletas
foram submetidos a trinta e sete sessões de treinamentos organizados em
sessões alternadas (isto é, apenas um conteúdo por sessão de treinamento
físico) ou combinadas (isto é, dois conteúdos combinados na sessão de
treinamento físico). Durante o período de treinamento, foi feito o monitoramento
da carga de treinamento pela percepção subjetiva do esforço, carga de
treinamento, monotonia, strain e volume total da carga de treinamento de força.
Além disso, pré e após a intervenção foram realizadas avaliações do
desempenho físico: Yo-Yo intermitente recovery test level 1 – Yo -Yo IR1;
Capacidade de Sprints Repetidos – CSR, média, melhor sprint e percentual de
decréscimo; Squat Jump – SJ; Counter Movement Jump – CMJ; Sprint 15
metros; Força Máxima - 1RM. Os conteúdos foram equalizados e a ênfase do
treinamento para cada conteúdo foi de 41,42% para o treinamento técnico e
tático, 16,73% para resistência de força, 10,46% para potência, 10,04% para
força máxima, 9,21% para sprints repetidos, 8,37% para jogos reduzidos e 3,77%
para velocidade. O monitoramento de cargas de treinamento indicou diferenças
entre grupos na percepção subjetiva do esforço (p= 0,0350), monotonia (p=
0,0004) e strain (p= < 0,0001), maiores no grupo TCS. O desempenho físico
apresentou diferenças entre momentos na CSRmelhor (p= 0,0459), Squat Jump
(p= 0,0053), Sprint 15 metros (p= 0,0012) e força máxima - 1RM (p= 0,003) para
o grupo TSA e prejuízo no desempenho de Sprint 15 metros (p= 0,0316) no grupo
TCS. Na comparação entre grupos, foram encontradas diferenças em Sprint 15
metros (p= 0,0002) e força máxima - 1RM (p= 0,0183), substancialmente melhor
no grupo TSA. A organização de cargas de treinamento mostrou ser
determinante para as respostas do monitoramento de cargas e no desempenho
físico de jovens atletas de futebol. Apesar da distribuição de conteúdos ter sido
equalizada no período total de treinamento, os atletas apresentaram uma
percepção de esforço, monotonia e estresse maior no grupo que combinou
cargas de treinamento na sessão. Ademais, o desempenho físico apresentou um
comportamento distinto entre os grupos. Cargas de treinamento organizadas em
sessões alternadas melhoraram o desempenho das capacidades
neuromusculares, com efeitos substanciais na força e velocidade. Enquanto a
combinação de cargas de treinamento na sessão não apresentou melhorias e
prejudicou o desempenho da velocidade. Deste modo, conclui-se que para o
desempenho físico, a aplicação de cargas de treinamento em sessões
alternadas foi adequada, pois apresentou substanciais melhorias no
desempenho físico comparada a organização de cargas combinadas na sessão.
Abstract
The aims of study to determine and compare the effects of the organization of
training loads in alternate and combined sessions on the parameters of training
load and physical performance of sub 20 soccer athletes. The participants were
27 soccer athletes, sub-20 category that went divided in two groups, training in
alternate sessions TSA (n = 13), age: 17.77 ± 0.79 years, body mass: 67.27 ±
7.24 Kg, height: 1.74 ± 0.07 m, BMI: 22.79 ± 1.96 kg/m2 and combined training
in the TCS session (n = 14) age: 17.50 ± 0.76 years, body mass: 73.46 ± 9.13
kg, height: 1.76 ± 0.07 m, BMI: 23.84 ± 1.84 kg/m2. The athletes underwent thirtyseven
sessions of physical, technical and tactical training organized in alternate
sessions (i.e. only one content per physical training session) or combined (i.e.
two contents combined in the physical training session). During the training
period, the training load was monitored by the rating perception of effort, training
load, monotony, strain and total volume of the force training load. In addition, pre
and post-intervention physical performance evaluations were performed: Yo-Yo
intermittent recovery test level 1 - Yo-Yo IR1; Repeated Sprints Ability - CSR,
mean, best sprint and percentage of decrease between sprints; Squat Jump - SJ;
Counter Movement Jump - CMJ; Sprint 15 meters; Maximum Strength - 1RM.
The contents were equalized and the training emphasis for each content was
41.42% for technical and tactical training, 16.73% for strength resistance, 10.46%
for power, 10.04% for maximum strength, 9.21% for repeated sprints, 8.37% for
reduced games and 3.77% for speed. Monitoring of training loads indicated
differences between groups in the rating perception of effort (p = 0.0350),
monotony (p = 0.0004) and strain (p = <0.0001), highest in the TCS group. The
physical performance presented differences between moments in the CSR
improvement (p = 0.0459), Squat Jump (p = 0.0053), Sprint 15 meters (p =
0.0012) and maximal strenght - 1RM (p = 0.003) In the performance of Sprint 15
meters (p = 0.0316) in the TCS group. In the comparison between groups,
differences in Sprint 15 meters (p = 0.0002) and maximum strength - 1RM (p =
0.0183) were found, substantially better in the TSA group. The organization of
training loads was shown to be determinant for the load monitoring responses
and in the physical performance of young soccer athletes. Although the content
distribution was equalized in the total training period, the athletes presented a
perception of effort, monotony and greater stress in the group that combined
training loads in the session. In addition, the physical performance presented a
distinct behavior between the groups. Training loads organized in alternate
sessions improved the performance of neuromuscular capacities, with substantial
effects on strength and speed. While the combination of training loads in the
session did not show improvement and hampered speed performance. In this
way, it was concluded that for the physical performance, the application of training
loads in alternate sessions was adequate, since it presented substantial
improvements in physical performance compared to the organization of
combined loads in the session.