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Título

FELICIDADE NO TRABALHO: UMA ANÁLISE A PARTIR DAS DIMENSÕES DO BEM-ESTAR

Orientador

Profa. Dra. Dagmar Silva Pinto de Castro

Autor

ELIZANGELA DE JESUS OLIVEIRA

Palavra chave

Felicidade no trabalho. Bem-estar no trabalho. Bem-estar subjetivo. Bem-estar psicológico. Bem-estar avaliado. Bem-estar experimentado.

Grupo CNPQ


Programa

DR - ADMINISTRAÇÃO

Área

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Data da defesa

19/12/2018

Nº Downloads

1013

Resumo

Estudos sobre a felicidade no trabalho têm ganhado destaque na academia, trazendo à tona temas como bem-estar psicológico, bem-estar subjetivo, bem-estar no trabalho, bem-estar experiente e avaliado. A proposta desta tese é verificar as dimensões relacionadas à felicidade no trabalho a partir da interação dos construtos do bem-estar com trabalhadores de uma rede de farmácias. Trata-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa do tipo survey. Aplicou-se aos trabalhadores de uma rede de farmácia questionários compostos de escalas do tipo Likert de cinco pontos – que avaliam o bem-estar psicológico (BEP) (afetos positivos e negativos), o bem-estar subjetivo (BES) (sentimentos de autorrealização e de expressividade) e o bem-estar no trabalho (BET) (envolvimento no trabalho, satisfação no trabalho e comprometimento organizacional afetivo) – e de questões que avaliaram o bemestar experiente (BEE) e o BEA (bem-estar avaliado), compreendidos como dimensões que compõem a felicidade no trabalho. A amostra foi composta por 506 respondentes, do total de 1.300 trabalhadores. Buscou-se primeiramente a validação das dimensões do bem-estar por meio da análise fatorial, o que permitiu verificar a confiabilidade e atestar a unidimensionalidade dos construtos. Observou-se que todas as médias dos construtos BES, BET, BEP e BEE/BEA se mostram superior a três, conforme observado nos intervalos de confiança. Com o intuito de avaliar uma possível e significativa diferença nos níveis de bem-estar em relação às variáveis de perfil, foi utilizada ainda a técnica CHAID, empregando as variáveis sexo, faixa etária, estado civil, grau de escolaridade, setor de atividade, tempo de trabalho na empresa e no setor. Os resultados apontaram que os funcionários com mais de quatro anos de trabalho na empresa e no cargo têm uma percepção mais intensa sobre o fato de desenvolverem o seu potencial e as suas habilidades no trabalho. Foi possível verificar ainda que as experiências emocionais agradáveis manifestaram-se na amostra pesquisada, que apresenta uma escolaridade menor ou igual ao ensino médio; os respondentes com mais de 41 anos tiveram emoções afetivas positivas mais bem consolidadas no espaço laboral; o nível gerencial apresentou um nível maior de satisfação, envolvimento e comprometimento organizacional afetivo quando comparado aos demais setores da rede de farmácias; e o sexo feminino, que compõe 62,8% da amostra pesquisada, demonstrou estar mais feliz devido à experiência decorrente das atividades desempenhadas no dia a dia e do contexto do trabalho em que está inserido. E, por fim, para responder ao objetivo principal deste estudo, utilizou-se a correlação linear de Pearson, via método PLS. Foi possível verificar que os resultados, no que tange às forças das inter-relações entre as dimensões do bem-estar que caracterizaram a felicidade no trabalho, variaram de 0,4 a 0,748, e o índice maior de correlação foi encontrado entre as dimensões BES e BET. Todas as hipóteses foram confirmadas, resultando em uma validação do modelo de felicidade no trabalho proposto nesta tese. Com isso, inferiu-se que a felicidade no trabalho na rede de farmácias pode ser atribuída aos quatros tipos de bem-estar (BES, BET, BEP, BEE/BEA), sobressaindo o BEP e o BEE/BEA. Não foi encontrado na literatura nenhum estudo que buscasse mensurar os estados de felicidade dentro da proposta das dimensões de bem-estar experiente e bem-estar avaliado. Dessa forma, este estudo avançou ao incorporar a dimensão da avaliação e da experiência (BEE/BEA) do indivíduo, e não somente da organização (BET, BEP e BES), em relação à análise das dimensões de bem-estar que caracterizam a felicidade no trabalho.

Abstract

Studies on happiness at work have gained prominence in the academy, bringing to the fore themes such as psychological well-being, subjective well-being, well-being at work, well-experienced and evaluated. The proposal of this thesis is to verify the dimensions related to happiness at work from the interaction of welfare constructs with workers from a pharmacy network. This is a descriptive and quantitative research of the type survey. The workers of a pharmacy network were applied questionnaires consisting of five-point Likert-type scales, which evaluate the psychological well-being (BEP) (positive and negative affections), subjective wellbeing (BES) (feelings of self-realization and expressiveness) and well-being at Work (BET) (involvement in work, job satisfaction and affective organizational commitment) – and of issues that evaluated the well-being (BEE) and the BEA (evaluated wellbeing), understood as dimensions That make up happiness at work. The sample consisted of 506 respondents, of the total of 1,300 workers. Firstly, the validation of the dimensions of well-being was sought through factor analysis, which allowed verifying the reliability and attesting the unidimensionality of the constructs. It was observed that all the averages of the BES, BET, BEP and BEE/BEA constructs were higher than three, as observed in the confidence intervals. In order to evaluate a possible and significant difference in the levels of well-being in relation to the profile variables, the Chaid technique was also used, employing the variables gender, age, marital status, education level, activity sector, time Work in the company and in the sector. The results showed that employees with more than four years of work in the company and in the post have a more intense perception about the fact that they develop their potential and their skills at work. It was also possible to verify that the pleasant emotional experiences were manifested in the researched sample, which presents a schooling lower than or equal to high school; Respondents with more than 41 years of age had positive affective emotions that were better consolidated in the labor space; The managerial level presented a higher level of satisfaction, involvement and affective organizational commitment when compared to the other sectors of the pharmacy network; and the female gender, which makes up 62.8% of the sample studied, was shown to be happier due to the experience resulting from the activities performed in the day to day and the context of the work in which it is inserted. Finally, to respond to the main objective of this study, Pearson's linear correlation was used, using the PLS method. It was possible to verify that the results, regarding the forces of inter-relations between the dimensions of welfare that characterized the Happiness at work ranged from 0.4 to 0.748, and the higher correlation index was found between the BES and BET dimensions. All hypotheses were confirmed, resulting in a validation of the model of happiness in the work proposed in this thesis. Thus, it was inferred that the happiness at work in the pharmacy network can be attributed to the four types of welfare (BES, BET, BEP, Bee/Bea), the BEP and the Bee/Bea stand out. No study was found in the literature that sought to measure the states of happiness within the proposal of the dimensions of experienced well-being and well-being evaluated. Thus, this study advanced by incorporating the dimension of Evaluation and experience (BEE/BEA) of the individual, and not only of the organization (BET, BEP and BES), in relation to the analysis of the dimensions of well-being that characterize happiness at work.