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Título

FILOSOFIA AFRO-BRASILEIRA: EPISTEMOLOGIA, CULTURA E EDUCAÇÃO NA CAIUMBA PAULISTA

Orientador

PROF. DR. ALLAN DA SILVA COELHO

Autor

ANTONIO FILOGENIO DE PAULA JUNIOR

Palavra chave

epistemologia, filosofia, caiumba, educação, ubuntu.

Grupo CNPQ


Programa

DR - EDUCAÇÃO (PPGE)

Área

CIÊNCIAS HUMANAS

Data da defesa

11/04/2019

Nº Downloads

2686

Resumo

Esta pesquisa busca apresentar a filosofia afro-brasileira como herança da filosofia africana, e o faz a partir da caiumba, dança-rito praticada no oeste paulista, desde a chegada dos primeiros escravizados de origem bantu na região. Ao reconhecer as práticas culturais afro-brasileiras, entre elas, a caiumba, também conhecida como batuque de umbigada ou tambú, como depositárias de epistemologias africanas recriadas na diáspora, se está reconhecendo o seu valor no campo do pensamento e, com isto, a sua contribuição para filosofia. Desta maneira, também são evidenciadas as possibilidades para a reflexão sobre a educação, sobretudo, uma educação que esteja pautada no encontro, no diálogo com o outro. Desse modo, verificar se a filosofia do ubuntu, presente no macro grupo étnico-linguístico bantu, foi preservada na caiumba é basilar para constatar que através dela temos uma práxis filosófica de resistência que se contrapõe a uma lógica de modernidade colonizadora e opressora, que tende a conduzir ao individualismo e à fragmentação do ser e fortalecimento do ter. Assim, através de outra narrativa epistêmica acessada pela caiumba se pode pensar em uma educação emancipadora e libertadora.

Abstract

This research seeks to present the Afro - Brazilian philosophy as an inheritance of African philosophy, and it does so from the caiumba, a dance - rite practiced in the west of São Paulo, since the arrival of the first enslaved people of Bantu origin in the region. Recognizing the Afro-Brazilian cultural practices, among them the caiumba, also known as Batuque de Umbigada or tambú, as repositories of African epistemologies re-created in the diaspora, is being recognized its value in the field of thought, and with this its contribution for philosophy. In this way, the possibilities for reflection on education, above all, an education based on the encounter, on the dialogue with the other are also evident. Thus, to verify if the philosophy of the ubuntu, present in the macro-linguistic group bantu, was preserved in the caiumba is basilar to verify that through it, we have a philosophical praxis of resistance that opposes to a logic of colonizing and oppressive modernity, which tends to lead to individualism and the fragmentation of being and strengthening of having. Thus, through another epistemic narrative accessed by caiumba one can think of an emancipatory and liberating education.