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Título
DESENVOLVIMENTO HUMANO, BRINCADEIRA, EDUCAÇÃO INFANTIL E AS CONTRIBUIÇÕES DE VIGOTSKI E WINNICOTT
Orientador
PROFª. DRA. GLAUCIA ULIANA PINTO
Autor
FERNANDA MARCELO BRANDOLISE
Palavra chave
Winnicott. Vigotski. Educação Infantil. Brincar. Constituição do Eu.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
23/02/2018
Nº Downloads
13413
Resumo
Sabendo que as instituições educacionais têm assumido cada vez mais cedo parte considerável dos cuidados da criança como responsabilidade, percebe-se a importância de estudos que auxiliem os educadores a compreenderem os processos de desenvolvimento da primeira infância para aprimorar e desenvolver práticas pedagógicas que os ajudem nesta tarefa. Partindo do pressuposto que a constituição humana se dá pela interação eu-outro e delimitando o estudo aqui pretendido, o presente trabalho, de cunho teórico, toma como objeto de estudo duas vertentes distintas: a Teoria Histórico-Cultural de Vigotski e a Teoria do Amadurecimento Emocional Humano de Winnicott, com o objetivo de explicitar suas concepções de desenvolvimento e mais especificamente focalizar o papel do brincar nesse processo, destacando o papel do outro para que essa atividade se construa na infância. Tanto Winnicott como Vigotski destacam essa atividade como central para o desenvolvimento, questão que ainda necessita ser mais bem compreendida pelos educadores. Para isso, o trabalho argumenta sobre os modos de pensar o brincar que, para Winnicott, não está dentro nem fora do indivíduo, mas na terceira área chamada de experiência cultural, através do espaço potencial promovido por ela. Assim, o brincar é possível e estabelecido por um ambiente provedor das necessidades infantis e a criança que brinca alimenta sua capacidade de ser criativa. Para Vigotski, o brincar é uma atividade impulsionadora da zona de desenvolvimento imediato. O autor reconhece o papel central que ela desempenha na formação dos sujeitos destacando também o papel da imaginação e da criação. É a partir delas que os autores afirmam que alguns aspectos psicológicos são constituídos e se desenvolvem. Conclui-se que, embora de bases epistemológicas distintas, o encontro dos autores é possível pela concepção de um homem que é produtor e produto do seu ambiente, portanto, um agente ativo no processo de criação do seu meio. Nesse sentido, destacamos o brincar como a atividade propícia para isso na primeira infância, trazendo importantes avanços para as áreas cognitiva, afetiva, motora e, fundamentalmente, criadora. Entretanto, para que ocorra é necessária a presença do outro e da consolidação de seu espaço na educação infantil.
Abstract
Knowing that educational institutions have increasingly assumed a significant part of child care as their responsibility, we see the importance of studies that help educators to understand the processes of early childhood development to improve and develop pedagogical practices to help them with this task. Assuming that the human constitution is given by the interaction between me and the other and delimiting the study here intended, the present work, of a theoretical nature, takes as object of study two distinct approaches: the Historical-Cultural Theory in Vygotsky and the Theory of Emotional Maturity in Winnicott, with the purpose of explaining their conceptions of development and, more specifically, focusing on the role of playing in this process, highlighting the role of the other for the construction of this activity in childhood. Both, Winnicott and Vygotsky, emphasize this activity as central to development, an issue that still needs to be better understood by educators. To this end, the study discusses the ways of thinking the activity of playing which, according to Winnicott, is not inside or outside the individual, but it’s in the third area called cultural experience, through the potential space promoted by it. Thus, the activity of playing is possible and established by an environment that provides children's needs, also the child who plays feeds the ability to be creative. Vygotsky understands that playing is a driving force in the immediate development zone. The author acknowledges the central role that it plays in the formation of children, highlighting also the role of imagination and creation. Based on this activity, the authors state that some psychological aspects are constituted and developed. It is concluded that, although the authors come from different epistemological bases, their encounter is possible because of the conception of a man who is producer and product of the environment, therefore, an active agent in the process of creation of the environment. In this sense, we highlight the activity of playing as the propitious activity in early childhood, bringing important advances to the cognitive, affective, motor and, fundamentally, creative areas. However, for it to take place, the presence of the other and the consolidation of the activity of playing in early childhood education are necessary.