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Título

Força muscular inspiratória e desempenho físico de ciclistas amadores

Orientador

Profa. Dra. Marlene Aparecida Moreno

Autor

ONEZÍMO GREGÓRIO DA SILVA

Palavra chave

Pressão inspiratória máxima; fadiga muscular inspiratória; metaborreflexo; ciclismo.

Grupo CNPQ


Programa

MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

01/01/2017

Nº Downloads

699

Resumo

Introdução: O ciclismo é um dos esportes mais importantes desde o surgimento das primeiras bicicletas. As provas ocorrem entre os mais variados terrenos, demandando dos praticantes, variadas exigências físicas. As características das provas de estrada favorecem a instauração da fadiga (principalmente advinda das contrações dos músculos dos membros inferiores). Por se tratar de uma modalidade aeróbia de longa duração e caracterizada por esforços intensos (sprints), fazem-se necessários estudos dos efeitos destes sobre a força muscular inspiratória (FMI) e fadiga muscular inspiratória em ciclistas. Objetivos: avaliar a relação existente entre a FMI e desempenho físico a partir da hipótese de que os ciclistas com maior FMI teriam melhor desempenho físico bem como melhor recuperação da fadiga muscular inspiratória pós esforço físico. Materiais e métodos: Estudo experimental e transversal, com amostra de 29 ciclistas, homens com idade 39,3±7,15 anos e prática de ciclismo de 88,92±91,2 meses. A FMI foi registrada pela pressão inspiratória máxima (PImáx) nos momentos (repouso; pós sprints e recuperação pós teste de esforço). Para o desempenho físico, utilizou-se protocolo em bicicleta de 01h05min (20min aquecimento e estágios de 5, 10, 20 e 10 min). A percepção subjetiva do esforço (PSE) foi registrada após cada sprint utilizando-se a escala Omni adaptada. Para as distâncias, utilizou-se um potenciômetro no cubo traseiro fixados em um rolo de treino e os valores foram registrados em um ciclocomputador. Resultados: PImáx repouso (127,7±25,7 cmH2O) encontravam-se dentro previsto (124,3±5,1 cmH2O) p>0,05. Para a PImáx pós sprints, houve redução significativa (1º sprint 93,4±20,8 cmH2O; 2º sprint 99,5±22,9 cmH2O; 3º sprint 102,0±27,1 cmH2O; e 4º sprint 102,2±25,8 cmH2O), quando comparadas ao valor de repouso (p<0,001). Os valores pós teste (104,9 ± 25,9 cmH2O) apresentaram diferenças significativas em relação de repouso (p<0,001) e também em relação aos de pós recuperação (118,0 ± 20,0 cmH2O) p<0,01. Os valores obtidos pós recuperação não apresentaram diferença significativa aos valores de repouso (p>0,05). Comparando os valores obtidos pós 4º sprint com as recuperações (0º, 3º, 6º, 9º, 12º e 15º min), observou-se aumento significativo no 12º e 15º minutos. Todas as correlações foram positivas e significativas, sendo entre a PImáx repouso e distância (r=0,52; r2=0,27; p=0,004); entre PImáx repouso e PImáx pós teste (r=0,61; r2=0,38; p=0,0003) e entre PImáx pós teste e a PImáx pós recuperação (r=0,80; r2=0,63; p<0,0001). Nas PSE pós sprints, observou-se aumento significativo entre todos os sprints (p<0,001: vs 2º, 3º e 4º sprints; p<0,001: vs 3º e 4º sprints e p<0,001: vs 4º sprint). Conclusão: Identificou-se correlação positiva e significativa entre PImáx e distância percorrida no teste de esforço, sugerindo que a FMI pode influenciar o desempenho físico. Em relação à fadiga muscular inspiratória, registrou-se diminuição valores de PImáx durante o teste e que os valores retornaram aos registros iniciais pós recuperação. Também identificou-se correlação positiva entre PImáx repouso e PImáx pós recuperação, sugerindo que a FMI também pode influenciar na recuperação da fadiga muscular inspiratória desenvolvida em esforço. Concluímos que ciclistas com maior FMI inicial, ao final da recuperação apresentam maior FMI confirmando a hipótese do estudo.

Abstract

Introduction: cycling is one of the most important sports since the emergence of the first bikes. The evidence takes place between the most varied terrains, demanding of practitioners, various physical requirements. The characteristics of evidence favor the establishment of road fatigue (mostly from the contractions of the muscles of the lower limbs). Because it is an aerobic mode and characterized by intense efforts (sprints), studies of the effects of these on inspiratory muscle strength (IMF) and inspiratory muscle fatigue in cyclists. Objectives: to evaluate the relationship between the IMF and physical performance through the hypothesis that cyclists with greater IMF would have better physical performance as well as better recovery of inspiratory muscle fatigue post- test. Materials and methods: experimental study and transverse, with 29 cyclists, men with age 39.3±7.15 years and practice 88.92±91.2 months. The IMF was registered by the maximum inspiratory pressure (MIP) in the moments (home; post sprints and recovery). For physical performance, using 1:05 protocol (20 min heating and stages of 5, 10, 20 and 10 min). The subjective perception of effort (SPE) was recorded after each sprint using the Omni range adapted. For the distances, using a potentiometer in the rear hub set in a roll of training and the registry of values in a computer. Results: MIP being (127.7 ± 25.7 cmH2O) were within predicted (124.3 ± 5.1 cmH2O) p>0.05. The MIP post there was significant reduction in sprints (1st sprint 93.4 ± 20.8 cmH2O; 2nd sprint 99.5 ± 22.9 cmH2O; 3rd sprint 102.0 ± 27.1 cmH2O; and 4rd sprint 102.2 ± 25.8 cmH2O), when compared to the value of being (p<0.001). The post-test values (104.9 ± 25.9 cmH2O) showed significant differences in respect of rest (p<0.001) and also in < relation to post recovery (118.0 ± 20.0 cmH2O cmH2O) p < 0.01. The values obtained showed no significant difference recovery post to home values (p > 0.05). Comparing the values obtained post 4th sprint with recoveries (0º, 3, 6, 9, 12 and 15 min), significant increases were observed in the 12th and 15th minutes. All correlations were positive and significant, being between the MIP being and away (r=0.52; r2=0.27; p=0.004); between before MIP and MIP post-test (r=0.61; r2=0.38; p=0.0003) and between Mip post-test and Mip post recovery (r=0.80; r2=0.63; p<0.0001). The PSE graduate sprints, significant increases were observed between all sprints (p<0.001: vs 2nd, 3rd and 4th sprints; p<0.001: vs 3rd and 4th sprints and p<0.001: vs 4th sprint). Conclusion: identified a significant positive correlation between MIP and distance, suggesting the IMF may influence physical performance. Regarding inspiratory muscle fatigue, decreased values of Mip during the test and that values returned to initial post recovery records. Also identified positive correlation between Mip home and Mip post recovery, suggesting that the IMF can also influence the recovery of inspiratory muscle fatigue developed in effort. We concluded that cyclists with greater IMF at the end of the initial recovery feature greater IMF confirming the hypothesis of the study.