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Título

Atividades físicas, estresse e estratégias de enfrentamento de pacientes com tumores malignos de pele do tipo não melanoma

Orientador

Profa. Dra. Rute Estanislava Tolocka.

Autor

LIA CARLA GORDON LEME

Palavra chave

Atividade física. Neoplasias cutâneas. Estresse

Grupo CNPQ


Programa

DR - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

27/04/2018

Nº Downloads

632

Resumo

Embora já exista consenso de que a prática de atividade física é um importante coadjuvante em tratamentos de cânceres e na prevenção de reincidências, pouco se sabe sobre o nível de atividades físicas de pacientes com neoplasias malignas de pele, e é desejável que exista uma melhora no processo de humanização da assistência a estes pacientes. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o nível de atividades físicas e de estresse e as estratégias de enfrentamento (coping) de pacientes com tumores malignos de pele do tipo não melanoma, com a introdução de jogos na sala de espera por procedimentos no ambulatório e a posterior verificação da aceitação dessa atividade pelos pacientes. Trata-se de um estudo analítico observacional transversal. Participaram do estudo 90 pacientes com tumores malignos de pele do tipo não melanoma, escolhidos aleatoriamente, no ambulatório de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Unicamp. O perfil dos pacientes foi realizado através de um formulário com questões sobre idade, sexo, tipo, e quantidade de vezes que teve o diagnóstico de câncer. O nível de atividades físicas foi avaliado por meio de um Questionário Internacional de Atividades Físicas - IPAQ, versão curta; o nível de estresse com a Escala de estresse percebido, versão curta; e as estratégias de enfrentamento com o Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus. Os jogos oferecidos foram dominó, jogo da memória, jogo de dama e jogo Uno; cada paciente escolheu qual era o jogo de sua preferência. Para a análise dos dados, foi realizada análise descritiva e os seguintes testes: Alpha de Cronbach; Regressão Múltipla Linear; Qui-quadrado de Pearson (X2); e Mann-Whitney. Metade (50%) dos participantes foi classificada com um nível baixo de atividade física; a maioria (60%) dos participantes obteve alta pontuação no nível de estresse. Foram observados 44 homens e 55 mulheres, com média de idade de 68 anos. Os domínios mais utilizados como estratégias de enfrentamento foram: afastamento, reavaliação positiva e suporte social, e o menos utilizado foi a aceitação de responsabilidade. A estratégia de enfrentamento no domínio reavaliação positiva contribuiu positivamente para a prática de atividade física, enquanto que a falta de aceitação de responsabilidade e o alto nível de estresse contribuíram negativamente. Sobre a inclusão dos jogos de salão no período de espera, 70% dos pacientes convidados não aceitaram jogar. O perfil do grupo de pacientes que aceitou jogar e o do grupo que declinou do convite foi similar; apenas o nível de estresse mostrou uma diferença significativa entre eles, sendo que o grupo não aderente ao jogo apresentou um maior nível de estresse. A aceitação dos jogos ocorreu em diferentes faixas etárias e diagnósticos, mostrando-se como uma estratégia que pode ser implementada em enfermarias para acolher os pacientes enquanto esperam por procedimentos, no entanto, são necessários novos estudos para verificar motivos da aceitação ou não dessa atividade.

Abstract

Although there is consensus that physical activity is an important adjunct to cancer treatment and prevention of relapse, the knowledge about the level of physical activity of patients with malignant skin neoplasms is not enough and it is desirable to improve the process of humanization of assistance to those patients. The aim of this study was to evaluate the level of physical activity and stress, and coping strategies of patients with malignant skin tumors of the non-melanoma type. The purpose was also to introduce games in the waiting room of the ambulatory and verify the acceptance of this activity by the patients. It is an observational, cross-sectional analytical study. A total of 90 patients, randomly selected, with non-melanoma skin malignancies from the Dermatology outpatient clinic of Hospital das Clínicas of UNICAMP participated in the study. The patient´s profile was taken from a form with questions about age, sex, type and number os cancers. The physical activity level was evaluated through the International Physical Activity Questionnaire - IPAQ, short version, the stress level with the perceived stress scale, and the coping strategies with the Folkman and Lazarus Coping Strategies Inventory. The indoor games offered were dominoes, memory game, checkers and Uno. Each patient chose which game he preferred to take part. A descriptive analysis and the following tests were performed: Cronbach's alpha, linear multiple regression, Pearson's Chi-square and Manny-Whitney test. It was observed 44 men and 55 women, with average age of 68 years. Half (50%) of the participants were classified with a low level of physical activity. The most used domains of coping strategies were distancing, positive reappraisal and social support and the less used was the acceptance of responsibility. In the stress level, the majority (60%) of the participants got a high score. The coping strategy in the positive reappraisal area contributed positively to the practice of physical activity, while the lack of acceptance of responsibility and the high level of stress contributed negatively. Regarding the inclusion of the indoor games in the waiting period 70% of the patients did not accept to play. The profiles of patients that did not play were similar to those who played; only the stress level showed a significant difference and when compared, the group not adhering to the game had a higher level of stress. Even though the introduction of games had a low adherence, the acceptance occurred in different age groups and diagnoses, so playing games may be a strategy to be used while waiting for treatment. New studies are needed to check the acceptance of such activity.