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Título
Efeito da intensidade de dois protocolos de alongamento estático em sujeitos treinados
Orientador
Prof. Dr. Marcelo de Castro Cesar
Autor
Marcelo Massatoshi Senaga Miyatake
Palavra chave
alongamento estático. intensidade. amplitude de movimento. força muscular. atividade muscular.
Grupo CNPQ
Programa
MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
06/02/2019
Nº Downloads
491
Resumo
A intensidade do alongamento é uma variável que influencia de forma positiva nos efeitos observados pela prática do alongamento, e pode ser mensurada pela percepção subjetiva de desconforto do indivíduo ao alongar determinado grupamento muscular. Atualmente, existem poucos artigos publicados na literatura que tenham investigado os efeitos da intensidade do alongamento estático. O objetivo do estudo foi avaliar e comparar a amplitude de movimento máxima, a atividade muscular isométrica máxima de bíceps femoral e a produção de força isométrica máxima de flexores de joelho após dois protocolos de alongamento estático. Participaram 15 indivíduos saudáveis, do sexo masculino, idade 27,5 ± 6,6 anos, massa corporal 80,5 ± 10,3 kg, estatura 175,6 ± 4,7 cm, com experiência há pelo menos um ano em treinamento de força. Os sujeitos foram aleatorizados e realizaram dois protocolos (A e B) de alongamento estático passivo, para os músculos isquiotibiais (membro inferior direito), com um intervalo de 30 min entre os protocolos. As variáveis intensidade e volume do alongamento foram inversamente manipuladas, sendo que o protocolo A consistiu de seis séries de 45 s com intervalo de 15 s entre as séries e a intensidade foi mantida em 50% da escala de percepção subjetiva de desconforto (PSD); e o protocolo B consistiu de três séries de 45 s com intervalo de 15 s entre as séries e a intensidade foi mantida em 90% da PSD. Para determinação dos efeitos dos dois protocolos de alongamento, no membro inferior direito, foram realizadas mensuração da amplitude de movimento passiva por meio de flexímetro pendular, a atividade mioelétrica por meio da eletromiografia de superfície e a força isométrica máxima pelo dinamômetro de tração/compressão. Os resultados apresentaram aumento significante da amplitude de movimento entre as condições pré- e pós-alongamento para ambos os protocolos (protocolo A: 4,6%; protocolo B: 11,42%) e não foi observada diferença significante entre os protocolos em ambas as condições. Houve uma redução da variável dependente impulso (10%) apenas após a realização do protocolo B. A atividade muscular não apresentou diferença significante pré- e pós-alongamento nos dois protocolos. Conclui-se que a forma como foram manipuladas as variáveis intensidade e volume do alongamento estático se mostrou importante com relação ao aumento da amplitude de movimento máxima e da alteração da produção de força isométrica máxima.
Abstract
The stretch intensity is a variable that influences positively in the effects observed by the practice of stretching and can be measured by the individual’s subjective perception of discomfort when stretching a specific muscle group. Currently, there are few papers published in the literature that have examined the effects of static stretching intensity. The aim of this study was to evaluate and compare maximal range of motion, maximal isometric muscle activity of biceps femoris and maximal isometric force production of knee flexors after two static stretching protocols. Fifteen healthy male subjects, age 27.5 ± 6.6 years, body mass 80,5 ± 10,3 kg, height 175,6 ± 4,7 cm, with experience for at least one year in strength training participated in the study. The subjects were randomized and performed two passive static stretching protocols (A and B) for the hamstring muscles (right lower limb), with a 30 min interval between the protocols. The intensity and volume variables of the stretching were inversely manipulated: the protocol A consisted of six series of 45 s with interval of 15 s between the series and the intensity was maintained in 50% of the scale of subjective perception of discomfort (PSD); and the protocol B consisted of three series of 45 s with interval of 15 s between the series and the intensity was maintained in 90% of the PSD. In order to determine the effects of the two stretching protocols on the right lower limb, the passive range of motion was measured by means of a pendular fleximeter, the myoelectric activity by means of surface electromyography and the maximum isometric force by the traction/compression dynamometer. The results showed an increase significantly in the range of motion between the pre- and post-stretching conditions for both protocols (protocol A: 4.6%, protocol B: 11.42%), no significant difference was observed between the protocols in both conditions. There was a reduction of the dependent variable impulse (10%) only after the protocol B. The muscle activity didn’t present significant difference pre- and post-stretching in the two protocols. It’s concluded that the manner the intensity and volume variables of the static stretching were manipulated was important with regard to the increase of the maximum range of motion and the change in the maximum isometric force production.