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Título

AVALIAÇÃO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA E DA CAPACIDADE AERÓBIA RELACIONADA AO GÊNERO, A DEPRESSÃO ESTROGÊNICA E A TERAPIA HORMONAL EM HUMANOS

Orientador

ESTER DA SILVA

Autor

NATÁLIA MARTINS PERPÉTUO

Palavra chave

CAPACIDADE AERÓBIA, VARIABILIDADE DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA, LIMIAR DE ANAEROBIOSE

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

01/08/2005

Nº Downloads

1516

Resumo

PERPÉTUO, N.M. Avaliação da modulação autonômica da freqüência cardíaca e da capacidade aeróbia relacionada ao gênero, a depressão estrogênica e a terapia hormonal em humanos. 2005.p.89. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) – Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba. O propósito deste estudo foi avaliar e comparar a modulação autonômica da freqüência cardíaca (FC) em repouso, nas posições supina e sentada, assim como a capacidade aeróbia durante teste de esforço físico dinâmico contínuo do tipo rampa (TEFDC-R), no limiar de anaerobiose ventilatório (LAV) e no pico do exercício em homens e mulheres de meia idade. Foram estudas 11 mulheres na pós-menopausa com (55 ± 4,76 anos) (PMCTH) e 12 sem (57 ± 5,51 anos) (PMSTH) uso de terapia hormonal e 10 homens (53,9 ± 3,2 anos) (H), todos saudáveis e sedentários. Os protocolos experimentais consistiam: a) registro da FC e dos intervalos R-R (iR-R) foram captados do registro do eletrocardiograma (ECG) em repouso nas condições supina e sentada durante oito minutos. As análises dos dados de iR-R (ms) foram tanto no domínio do tempo como no domínio da freqüência; b) teste de esforço físico dinâmico contínuo do tipo rampa ergoespirométrico, em cicloergômetro com incrementos de potência que variaram de 5 a 15Watts/min e com captação das variáveis ventilatórias e metabólicas, respiração a respiração, para a análise da capacidade aeróbia. Metodologia estatística: Testes não paramétricos de Wilcoxon para amostras pareadas e para comparações múltiplas o teste de Kruskal-Wallis (ANOVA) e pós-teste de Dunn, com nível de significância de 5%. Resultados: em repouso: o índice RMSSD (desvio padrão da média de sucessivos iR-R adjacentes) não mostrou diferença estatisticamente significante (p>0,05) tanto intra como inter grupos estudados em ambas as posições, já o SDNN (desvio padrão da média aritmética dos iR-R) foi menor no grupo PMCTH em relação ao H (p<0,05) somente na posição supina. No domínio da frequência, os valores da banda de alta freqüência (AF) , em unidades normalizadas (un) do H foram inferiores (p<0,05) ao PMCTH em ambas as posições, e ao PMSTH somente na posição supina. Na banda de baixa freqüência (BF), o H apresentou significativamente maiores valores em relação aos outros dois grupos estudados na posição supina, e ao PMCTH também na posição sentada. A razão BF/AF foi maior no H (p<0,05) em relação aos dois grupos de mulheres na pós-menopausa, em ambas as posições. Em exercício: não houve diferenças estatisticamente significante nos valores de FC (bpm) entre os grupos estudados tanto no LAV como no pico do exercício. Os valores de potência, consumo de oxigênio (ml/min), produção de gás carbônico (ml/min) e ventilação (l/min) foram estatisticamente superiores no H em relação aos outros dois grupos no nível do LAV e no pico do exercício. Quando corrigido pelo peso, o consumo de oxigênio (ml/kg/min) foi significativamente maior no H em relação aos outros grupos, no pico do exercício. Conclusões: Os resultados sugerem que as mulheres na pós-menopausa tanto com como sem terapia hormonal possuem melhor modulação autonômica da FC quando comparada aos homens. Por outro lado, os homens apresentaram melhor capacidade aeróbia que as mulheres. A terapia hormonal parece influenciar positivamente a modulação autonômica da FC, porém não interfere na capacidade aeróbia.

Abstract

PERPÉTUO, N.M. Evaluation of the autonomic modulation of the heart rate and of the aerobic capacity related to the gender, estrogenic depression and the hormonal therapy in humans. 2005. p. 89. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) – Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba. The purpose of this study was to evaluate and compare of heart rate variability (HRV) resting, in the supine and sitting positions and to determine the anerobic capacity during the ramp continuous dynamic physical exercise test (RCDPET), in the ventilatory anaerobic threshold (VAT) and in the exercise peak in middle-age men and women. Eleven postmenopausal women receiving (55 ± 4,76 years) (PMCTH) and twelve not receiving (57 ± 5,51 years) (PMSTH) hormonal therapy and ten men (53,9 ± 3,2 years) (H) were studied, all of them healthy and sedentary. HR and R-R intervals (iR-R) were register from electrocardiogram in the supine and sitting positions over a period of six min. The subjects performed a RCDPET ergospirometric, in cycle ergometer, with a load increment of 5 to 15Watts/min, with ventilatory and metabolic obteined, breath-to-breath. HRV was aalyzed by time (mean square root (RMSSD) and standard deviation of mean R-R intervals (SDNN)) and frequency domain methods: low-frequency (LF), high-frequency (HF), in normalized units, as well as the LF/HF ratio. Statistical Analysis: Non-parametric Wilcoxon tests to paired samples and to multiple comparisons the Kruskal-Wallis test, (ANOVA) and the Dunn post-test, significance level of 5%. Results: In time domain analysis, the RMSSD indices did not show significant statistical differences (p>0,05) even intra and inter groups in both positions, otherwise the RMSM was lower (p<0,05) only among the PMCTH and H groups in the supine position. In the frequency domain, the values of the HF of the H were lower (p<0,05) to the PMCTH in both positions, and to the PMSTH only in the supine position. In the low frequency band (LF), the H presented significant higher values in relation to the two other studied groups in the supine position, and to PMCTH also in the sitting position. The the LF/HF ratio was higher in the H (p<0,05) in relation to both groups of postmenopausal women, in both positions. In exercise: there were not any significant statistical differences in the HR values (bpm) among the studied groups even in the VAT as in the exercise peak. The values of the power, oxygen consumption (ml/min), carbon dioxide output (ml/min) and ventilation (l/min) were statistically superior in the H in relation to the other two groups in the VAT level and in the exercise peak. When corrected by the weight, the oxygen consumption (ml/kg/min) was significantly higher in the H in relation to the other groups, in the exercise peak. Conclusions: The results suggest that postmenopausal women receiving and not receiving hormonal therapy have better autonomic modulation of heart rate when compared to men. On the other hand, men presented a better aerobic capacity than women. The hormonal therapy seems to influence positively the autonomic modulation of the heart rate, however it does not interfere in the aerobic capacity.