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Título

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E DA TAXA METABÓLICA DE REPOUSO DE MULHERES JOVENS RESIDENTES NO INTERIOR

Orientador

MARCELO DE CASTRO CESAR

Autor

CACIANE DALLEMOLE

Palavra chave

MULHERES JOVENS, COMPOSIÇÃO CORPORAL, TAXA METABÓLICA DE REPOUSO

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO FÍSICA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

29/09/2006

Nº Downloads

7349

Resumo

O propósito principal do presente estudo foi verificar a composição corporal e a taxa metabólica de repouso de mulheres jovens residentes no interior do estado de São Paulo/Brasil. A amostra foi formada por 46 mulheres, estudantes universitárias, com média de idade de 21,7 anos. Para análise da composição corporal foram utilizadas medidas antropométricas de massa corporal, estatura e Impedância Bioelétrica. Para a mensuração da taxa metabólica de repouso foi empregado o método de calorimetria indireta. Adotou-se o nível de significância de 0,05 para tomadas de decisão. O resultado encontrado para a taxa metabólica de repouso medida foi comparado com as estimadas por equações de predição, demonstrando que a equação de Harris e Bendict superestimou a taxa metabólica de repouso em 10%, seguida de Schofield e da FAO/WHO/UNU em 7%, enquanto que a de Henry e Rees em 1,6%, sendo esta a única equação a não apresentar diferença significante. Quando a taxa metabólica de repouso medida foi correlacionada com as estimadas pelas equações de predição, foi encontrado um coeficiente de correlação de r=0,62 (p<0,0001) para as quatro equações. Para todas as voluntárias agrupadas, as variáveis massa corporal e massa magra foram as que mais se correlacionaram com a taxa metabólica de repouso medida (r=0,62 e r=0,63, respectivamente; p<0,0001), seguida do índice de massa corporal e massa gorda (r=0,51; p<0,001), % de gordura corporal (r=0,43; p<0,05) e estatura (r=0,38; p<0,05). Quando as voluntárias foram divididas em diferentes % de gordura corporal, as variáveis massa magra e massa gorda diferiram significantemente entre os grupos <25%, 25-30% e >30%. O índice de massa corporal diferiu significantemente entre <25% com >30% e 25-30% com >30%, e a massa magra entre <25% com >30%. A taxa metabólica de repouso medida foi significantemente maior no grupo >30% comparado com o <25%, quando esta foi ajustada à massa corporal. Houve diferença significante entre o grupo <25% com o >30%, entretanto quando foi ajustada à massa magra não foi observada diferença significante. No grupo de voluntárias <25%, as variáveis massa corporal e massa magra foram as que mais se correlacionaram com a taxa metabólica de repouso medida (r=0,72 e r=0,71; p<0,001), no de 25-30%, foram o índice de massa corporal e a massa magra (r=0,82 e r=0,75; p<0,001 e p<0,05), enquanto que no >30% nenhuma variável foi correlacionada significantemente. Em relação às equações de predição, o grupo <25% apresentou correlação significativa (r=0,72; p<0,001) nas quatro equações, o de 25-30% obteve correlação significante (r=0,73; p<0,05) com as equações de Schofield, FAO/WHO/UNU e Henry e Rees, enquanto que o >30% não foi correlacionado com nenhuma das equações. Em conclusão, as mulheres com maior % de gordura corporal, apresentaram maiores valores de composição corporal e taxa metabólica de repouso medida que as com menores quantidades de gordura. As voluntárias com diferentes % de gordura corporal, mostraram comportamentos distintos quanto aos componentes determinantes da taxa metabólica de repouso medida, das estimadas pelas equações de predição, indicando que essas devem ser utilizadas com cautela em obesas. Das quatro equações estimadas, a de Henry e Rees foi a única que não mostrou diferença significante quando comparada com a taxa metabólica de repouso medida no grupo das 46 voluntárias, mostrando, portanto, ser a mais adequada a ser utilizada em mulheres jovens com características semelhantes as voluntárias estudadas. Palavras chave: Mulheres jovens, composição corporal, taxa metabólica de repouso, equações de predição.

Abstract

The main purpose of the present study went verify a body composition and the resting metabolic rate of young women's resident inside state São Paulo/Brasil. The sample was formed by 46 women, university students, with average of 21,7 year-old age. For analysis of the body composition measured anthropometrics of body mass, stature and Impedance Bioelectrical were used. For the measured of the resting metabolic rate the method of indirect calorimetry was used. The level of significance of 0,05 was adopted for takings of decision. The result found for measured resting metabolic rate was compared with the esteemed by prediction equations, demonstrating that the equation of Harris and Benedict overestimated resting metabolic rate in 10%, followed by Schofield and of FAO/WHO/UNU in 7%, while the of Henry and Rees in 1,6%, being this the only equation to not to present significant difference. When measured resting metabolic rate was correlated with the esteemed by the prediction equations, it was found a coefficient of correlation of r=0,62 (p<0,0001) for the four equations. For all the contained volunteers, the variable body weigh and fat free mass they were the that more correlated with measured resting metabolic rate (r=0,62 and r=0,63, respectively; p<0,0001), followed by body mass index and fat mass (r=0,51; p<0,001),% of fat (r=0,43; p<0,05) and stature (r=0,38; p<0,05). When the volunteers were divided in different % of body fat, the variable body weigh, fat mass and % of fat they differed significantly among the groups <25%, 25-30% and >30% of body fat, the body mass index differed significantly among <25% with >30% and 25-30% with >30%, and fat free mass among <25% with >30%. Measured resting metabolic rate was larger significantly in the group >30% compared with the <25%, when this was adjusted the body weigh, there was significant difference among the group <25% with the >30%, however when this was adjusted for the fat free mass, significant difference it was not observed. In the volunteers' group <25%, the variable body weigh and fat free mass were the ones that more they were correlated with measured resting metabolic rate (r=0,72 and r=0,71; p<0,001), in the one of 25-30%, they went body mass index and to fat free mass (r=0,82 and r=0,75; p<0,001 e p<0,05), while in the >30% any variable significantly was correlated. In relation to the prediction equations, the group <25% presented significant correlation (r=0,72; p<0,001) in the four equations, the one of 25-30% obtained significant correlation (r=0,73; p<0,05) with the equations of Schofield, FAO/WHO/UNU and Henry and Rees, while the >30% were not correlated with none of the equations. In conclusion, the women with larger % of body fat, they presented larger values of anthropometrics measured and resting metabolic rate measure that the with smaller amounts of fat. The volunteers with different % of fat, they showed behaviors different with relationship to the components determinant of measured resting metabolic rate, of the esteemed by the prediction equations, indicating that those should be used with caution in obese. Of the four esteemed equations, the one of Henry and Rees it went to only that didn't show significant difference when compared with measured resting metabolic rate in the 46 volunteers' group, being therefore, to be the most appropriate to be used in young women with similar characteristics the studied volunteers. Words key: Young women, body composition, resting metabolic rate, prediction equations.