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Título
A relação entre obesidade e pressão arterial com força de preensão palmar em mulheres adultas usuárias do sistema público de saúde.
Orientador
Rozangela Verlengia
Autor
Dhiony Lisboa Rocha Tenório
Palavra chave
Atenção primária à saúde. Feminino. Força muscular. Índice de massa corporal. Obesidade abdominal. Pressão sanguínea.
Grupo CNPQ
Programa
MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
09/10/2020
Nº Downloads
289
Resumo
A avaliação da força de preensão palmar é considerada um indicador simples, de baixo custo e que pode ser utilizada como um marcador de saúde geral de pessoas atendidas pela atenção básica. O presente estudo tem como objetivo analisar a associação entre os índices de obesidade e hipertensão arterial sistêmica com a força de preensão palmar relativa em mulheres adultas. Foi realizado um estudo transversal com 258 mulheres, com idade entre 18 e 59 anos, usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram avaliadas a pressão arterial de repouso, força de preensão palmar, medidas antropométricas e obtidas informações socioeconômicas. A força de preensão palmar relativa pelo peso corporal (kgf/kg) foi categorizada como baixa (tercil inferior) e normal (tercil intermediário e superior). Análise de regressão logística múltipla usando a classificação de baixa força muscular como variável dependente, foi utilizada para verificar a relação com as variáveis de obesidade e hipertensão arterial. A prevalência de obesidade (IMC ? 30 kg/m2), obesidade abdominal (circunferência de cintura ? 88 cm), níveis pressóricos alto em repouso (? 130/80 mmHg) e uso de medicamento anti-hipertensivo foi de 58,9%, 58,5%, 42,2% e 32,6%, respectivamente. Foi observado associação positiva entre obesidade (OR: 9,36 [IC 95%: 3,07 - 28,51]) e obesidade abdominal (OR: 21,75 [IC 95%: 4,90 - 96,43]) com baixa força muscular relativa, após ajustes de idade e fatores socioeconômicos. Mulheres que apresentavam níveis pressóricos alto em repouso tiveram 2,02 (IC 95% 1,03; 3,96) vezes mais chances de ter baixa força muscular relativa, independentemente da idade, fatores socioeconômicos e obesidade. Em adição, mulheres que utilizavam anti-hipertensivos apresentaram 2,77 (IC 95%: 1,42; 5,41) vezes mais chances de ter baixa força muscular relativa. Em conclusão, os dados do presente trabalho indicam mulheres adultas que possuem maiores índices de obesidade, pressão arterial em repouso e que usam anti-hipertensivo tendem apresentar baixa força de preensão palmar relativa.
Abstract
The assessment of handgrip strength is considered a simple, low-cost indicator that can be used as a general health marker for people assisted by primary care. The current study aims to analyze the association between obesity rates and systemic arterial hypertension with the relative handgrip strength in adult women. A cross-sectional study was carried out with 258 women aged between 18 and 59 years, users of the Unified Health System (SUS). Resting blood pressure, handgrip strength, anthropometric measurements, and socioeconomic information were assessed. The relative handgrip strength by body weight (kgf/kg) was categorized as low (lower tertile) and standard (intermediate and upper tertile). Multiple logistic regression analysis using the classification of low muscle strength as a dependent variable was used to verify the relationship between obesity and hypertension. The prevalence of obesity (BMI ? 30 kg / m2), abdominal obesity (waist circumference ? 88 cm), high blood pressure levels at rest (? 130/80 mmHg), and use of antihypertensive medication was 58.9%, 58.5%, 42.2%, and 32.6%, respectively. A positive association was observed between obesity (OR: 9.36 [95% CI: 3.07 - 28.51]) and abdominal obesity (OR: 21.75 [95% CI: 4.90 - 96.43]) with low relative muscle strength, after age adjustments and socioeconomic factors. Women who had high blood pressure levels at rest were 2.02 (95% CI 1.03; 3.96) times more likely to have low relative muscle strength, regardless of age, socioeconomic factors, and obesity. Besides, women who used antihypertensive drugs were 2.77 (95% CI: 1.42; 5.41) times more likely to have low relative muscle strength. In conclusion, the data from the present study indicate adult women who have higher obesity rates, resting blood pressure, and who use antihypertensive drugs tend to have low relative handgrip strength.