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Título

Estudo observacional-analítico da prescrição de sessões de treinamento de força para hipertrofia de membros inferiores em mulheres jovens

Orientador

Charles Ricardo Lopes

Autor

Paulo Henrique Barbosa

Palavra chave

Treinamento de força. Mulheres. Séries semanais. Volume. Correlação

Grupo CNPQ


Programa

MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

19/02/2021

Nº Downloads

329

Resumo

A prática regular e sistematizada do treinamento de força (TF) induz importantes adaptações de caráter morfo-funcional. Nesse sentido, tais adaptações parecem sofrer influência da manipulação das variáveis que compõem o TF. Dentre essas, o volume de treinamento é uma variável relevante quando o objetivo é maximizar as respostas adaptativas. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi verificar se existe correlação entre volume de treinamento com a experiência (anos) e entre frequência semanal e volume de séries semanais (VSS) por grupo muscular, correlacionar todos os grupos musculares analisados e verificar se existe diferenças entre o volume dos grupos musculares de membros inferiores das mulheres. A amostra foi composta por 1119 mulheres jovens com idade entre 18 a 35 anos e experiência prévia mínima de 6 meses com o TF. Através da planilha de treinamento usualmente realizada pelas participantes, foi contabilizado o volume total semanal (número de exercícios por sessão x número de séries por exercício x frequência semanal por grupo muscular). Foram analisados os grupos musculares quadríceps, flexores do joelho, adutores, glúteo médio, glúteo máximo, tríceps sural e tibial anterior. Foi utilizado uma análise de k-cluster para subdividir as 1119 participantes em três grupos, baixo, médio e alto, para os valores dentro da amostra respectivamente. A mediana do VSS para quadríceps (VSS = 24), flexores do joelho (VSS = 8), adutores (VSS = 6), glúteo médio (VSS = 6), glúteo máximo (VSS = 20), tríceps sural (VSS = 6) e tibial anterior (VSS = 0). A comparação entre os clusters demonstrou diferenças significantes entre clusters para todas as variáveis dependentes (p ? 0,05), menos para tibial anterior (p = 1,84). Foi observada uma correlação positiva e significante para as análises sendo, uma correlação moderada entre experiência e volume de treinamento e correlação forte entre frequência semanal e volume de treinamento. Houve uma correlação forte entre frequência semanal e quadríceps e uma correlação forte entre frequência semanal e glúteo máximo. Foi observado uma correlação moderada entre experiência de treino e quadríceps e uma correlação moderada entre experiência e glúteo máximo. Houve uma correlação muito forte entre quadríceps e glúteo máximo. Foi observado uma correlação forte entre adutores e glúteo médio, no entanto, não houve diferença significante entre as correlações de tibial anterior e frequência semanal, tibial anterior e quadríceps, tibial anterior e glúteo máximo. Houve diferença significante (p ? 0,05) entre o VSS totais para a maioria dos grupos musculares analisados, menos entre adutor e glúteo médio (p = 0,72). Conclui-se que, a experiência e a frequência semanal de treinamento se correlacionam positivamente com o volume de séries adotado em mulheres jovens. Além disso o volume de treinamento é desproporcional entre os grupos musculares para membros inferiores, mas cabe ao profissional de Educação Física e treinadores analisar e organizar os treinamentos, portanto, eles devem estar envolvidos neste processo para otimizar os resultados e manter a segurança, diminuindo a discrepância entre os grupos musculares, consequentemente evitando lesões.

Abstract

The regular and systematic practice of resistance training (RT) induces important adaptations of a morpho-functional character. In this sense, such adaptations seem to be influenced by the manipulation of the variables that make up the RT. Among these, training volume is a relevant variable when the objective is to maximize adaptive responses. Thus, the objective of the present study was to verify if there is a correlation between training volume with experience (years) and between weekly frequency and volume of weekly series (VWS) by muscle group, correlate all the muscle groups analyzed and check if there are differences between the volume of the muscle groups of the lower limbs of women. The sample consisted of 1119 young women aged 18 to 35 years and with a minimum experience of 6 months with RT. Through the training spreadsheet usually performed by the participants, the total weekly volume was counted (number of exercises per session x number of sets per exercise x weekly frequency per muscle group). Quadriceps, knee flexors, adductors, gluteus medius, gluteus maximus, triceps surae and anterior tibialis muscle groups were analyzed. A k-cluster analysis was used to subdivide the 1119 participants into three groups, low, medium and high, for the values within the sample respectively. The median (VWS) for quadriceps (VWS = 24), knee flexors (VWS = 8), adductors (VWS = 6), gluteus medius (VWS = 6), gluteus maximus (VWS = 20), triceps surae (VWS = 6) and anterior tibialis (VWS = 0), respectively. The comparison between clusters showed significant differences between clusters for all dependent variables (p ? 0.05), less for anterior tibialis (p = 1.84). A positive and significant correlation was observed for the analyzes, a moderate correlation between experience and training volume and a strong correlation between weekly frequency and training volume. There was a strong correlation between weekly frequency and quadriceps and a strong correlation between weekly frequency and gluteus maximus. There was a moderate correlation between training experience and quadriceps and a moderate correlation between experience and gluteus maximus. There was a very strong correlation between quadriceps and gluteus maximus. A strong correlation was observed between adductors and gluteus medius, however, there was no significant difference between the correlations of anterior tibialis and weekly frequency, anterior tibialis and quadriceps, anterior tibialis and gluteus maximus. There was a significant difference (p ? 0.05) between total VWS for most of the analyzed muscle groups, less between adductor and gluteus medius (p = 0.72). It is concluded that the experience and weekly training frequency are positively correlated with the volume of series adopted. In addition, the volume of training is disproportionate between the muscle groups for the lower limbs, with women generally training seeking their muscle priorities, but it is up to the Physical Education professional and coaches to analyze and organize the training, therefore, they must be involved in this process. to optimize results and maintain safety, reducing the discrepancy between muscle groups, consequently avoiding injuries.