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Título
A criança com Síndrome de Down e a linguagem.
Orientador
Carolina José Maria
Autor
Juliana Aparecida de Souza
Palavra chave
Síndrome de Down. Linguagem. Gestos. Fonoaudiologia. Modelo social.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO (PPGE)
Área
CIÊNCIAS HUMANAS
Data da defesa
03/08/2021
Nº Downloads
29
Resumo
Este presente estudo teve como objetivo principal investigar o que as pesquisas têm revelado sobre a linguagem de crianças com síndrome de Down (SD). Nesse sentido, foi resgatada a história da pessoa com deficiência, ressaltando as lutas pela garantia de direitos, o acesso à educação inclusiva, como também os marcos legais alcançados. Buscou-se como fundamentação teórica uma perspectiva que olhe para o sujeito em sua completude, não desconsiderando seu biológico, social, psíquico e afetivo, mas legitimando esse todo e não apenas suas partes. Ademais, esse estudo não teve a intenção de apresentar uma resposta fixa por meio de um resultado, mas sim uma resposta por meio de um processo que é contínuo e mutável. Dessa forma, a partir da perspectiva histórico-cultural, foi possível compreender que a deficiência não é um fator determinante na constituição desse ser social, mas sim as relações de troca, interação, aquisições de conceitos em suas vivências. Seu desenvolvimento humano é possibilitado por meio de caminhos alternativos, resultando na compensação. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, oferecendo arcabouço teórico para entender e contribuir nos avanços de técnicas terapêuticas, de avaliação e reabilitação. Também foram destacados trechos de um prontuário de uma criança com SD, que seriam inicialmente utilizados como dados para possível análise, mas que não se mostraram suficientes para o embasamento metodológico devido à pouca quantidade de registro se comparada ao tempo de atendimento institucional. Os resultados apontam que grande parte dos estudos levantados na pesquisa bibliográfica teve o foco no modelo médico reabilitador, e, quando a linguagem é mencionada, ela é tratada de forma breve, e não como um ato importante que antecede a fala. Sendo poucas as pesquisas sobre a linguagem com foco no ser, e a predominância do modelo médico reabilitador, assim como observado no prontuário da criança, conclui-se que é fundamental haver adaptações de práticas e transformação do olhar que considerem o sujeito, o espaço social e terapêutico, como também a realidade física de atuação do profissional, a fim de impulsionar o avanço/acesso do ser à linguagem verbal, pois só assim a pessoa com deficiência terá a possibilidade de uma real inserção na sociedade.
Abstract
This study aimed to investigate what the researchers have revealed about language of children with Down Syndrome (DS). In this respect, the history view of people with disabilitie, emphasazing their struggles to garantee your rights, the access to an inclusive education, as well as the legal milestones achieved. It was aimed, as a theorical background, a perspective that consider at the subject as a whole, not disconsidering its biological, social, psychological and emotional aspects, but legitiming the whole being and not just his/her parts. Also, this study did not have the purpose to present a rigid answer through a result, but a answer from a process that is continuous and changeable. This way, from a historical and cultural perspective, it was possible to comprehend that disability is not a decisive factor to the constitution of this social being, however, the interchange relations, interaction, acquirement of concepts in their experiences are. Their human development is possible by alternative means, resulting in compensation. The methodology used was the bibliographic research, providing a theorical background to understand and contribute to the progess of therapeutic techniques, of evaluation and of rehabilitation. Moreover, medical promptuary’s excerpts of a kid with DS were highlighted, that were, initially, used as data to a possible analysis, but that were not enough as a methodological background for this study due to its small amount of medical records if compared to its medical treatment duration. The results have shown large proportion of studies presented in this bibliographic research focused on rehabilitative model, and, when language is described, it is mentioned in a brief way, not as an essential action pior to speech. Being few of researches about language focusing on the subject and the predominance of rehabilitative model, as observed on the kid’s medical promptuary, it concludes that it is fundamental having adaptation in practices and transformation of view that take into account the subject, the social and therapeutic enviroment, as well as the working conditions for all professionals involved, in order to promote the subject’s progress/access to verbal language, because, just that way the disabled person will have a possibility of an real inclusion in society.
