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Título
Efeitos de dois programas de treinamento físico: hidroginástica e força e condicionamento aeróbio sobre a função física de pacientes pós-COVID-19.
Orientador
Rozangela Verlengia
Autor
Luiz Carlos Alves Junior
Palavra chave
Treinamento físico. Aptidão física. COVID-19.
Grupo CNPQ
Programa
DR - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
28/03/2023
Nº Downloads
16
Resumo
Este estudo avaliou o efeito de dois programas de exercício físico supervisionado e adaptado para pacientes pós-COVID-19 sobre a função física, com base na sua equivalência superior ao menor tamanho de efeito de interesse. Foi um estudo quase experimental de natureza descritiva e/ou exploratória, de abordagem quantitativa, com delineamento amostral não probabilístico por conveniência, envolvendo homens e mulheres adultos recuperados da COVID-19, com ou sem internação hospitalar. Participou do estudo um total de 47 indivíduos que foram alocados em três grupos: grupo controle (GC; n = 08); grupo hidroginástica (GH; n = 18) e grupo treinamento de força e condicionamento aeróbio (GTFCA; n = 21). Os treinamentos foram supervisionados por profissionais de educação física durante 12 semanas com frequência semanal de duas sessões, variando entre 40 e 45 minutos por sessão no treinamento de hidroginástica e entre 45 a 60 minutos (sexo feminino) e 50 a 70 minutos (sexo masculino) para o treinamento de força e condicionamento aeróbio. A caracterização da amostra foi realizada a partir de uma anamnese e da aplicação do Questionário de Prontidão para a Atividade Física (PAR-Q). A capacidade aeróbia funcional (caminhada de seis minutos); resistência de força de membros inferiores (teste de sentar e levantar) e força de preensão palmar foram avaliadas pré e após as 12 semanas de treinamento físico. A análise exploratória de rede foi conduzida usando os pacotes ‘bootnet’ (versão 1.5) e ‘qgraph’ (versão 1.9.3), para verificar possíveis relações entre os efeitos da intervenção e sintomas por COVID-19, no período pós-intervenção. Devido ao caráter exploratório do estudo, foi utilizado um método de estimativa não regularizado pelo estimador IsingSampler para variáveis categóricas (sim ou não). A plotagem do grafo não direcionado foi realizada pelo algoritmo Spring a partir da matriz de adjacência modelo. Os dados da aptidão física indicaram benefícios clínicos na capacidade aeróbia funcional (teste de caminhada de seis minutos) para o grupo hidroginástica = 69 metros (95% IC = 42 – 97) e grupo treinamento de força e condicionamento aeróbio = 65 metros (95% IC = 40 – 90); Controle = 3 metros (95% IC = -38 - 44) e na capacidade força de membros inferiores (teste de sentar/levantar) para o grupo hidroginástica = 3,5 repetições (95% IC = 2,4 – 4,6) e grupo treinamento de força e condicionamento aeróbio = 3,2 repetições (95% IC = 2,2 – 4,2); Controle = 0,9 repetições (95% IC = -0,7 – 2,6). Para o teste de força de preensão palmar, em média os aumentos observados nos grupos hidroginástica e grupo treinamento de força e condicionamento aeróbio foram inferiores ao menor efeito de interesse (Hidroginástica = 3,7 kg (95% IC = 0,5 – 6,9); Treinamento de força e condicionamento aeróbio = 4,2 repetições (95% IC = 1,2 – 7,2); Controle = -1,7 repetições (95% IC = -6,6 – 3,1). Em relação aos dados descritivos sobre sintomas pós-COVID-19, quando avaliados após o período de intervenção teve melhoria destes. A partir dos dados obtidos podese concluir que a intervenção indicam efeitos benéficos superiores ao menor tamanho de efeito de interesse para os testes de função física (capacidade aeróbia funcional e resistência de força muscular). Por fim, a análise exploratória da rede de conexão indica que a intervenção parece ser o nó determinante em uma rede de relação.
Abstract
This study evaluated the effect of two supervised and adapted physical exercise programs for post-COVID-19 patients on physical function, based on their superior equivalence to the smallest effect size of interest. It was a quasiexperimental study of a descriptive and/or exploratory nature, with a quantitative approach, with a convenient non-probabilistic sampling design, involving adult men and women recovered from COVID-19, with or without hospitalization. A total of 47 individuals participated in the study, allocated into three groups: control group (GC; n= 08); water aerobic group (GH; n = 18) and strength training and aerobic conditioning group (GTFCA; n = 21). Physical education professionals supervised the training sessions for 12 weeks with a weekly frequency of two sessions, varying between 40 and 45 minutes per session in water aerobics training and between 45 to 60 minutes (females) and 50 to 70 minutes (males). for strength training and aerobic conditioning. The characterization of the sample it was made based on anamnesis and the application of the Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q). Functional aerobic capacity (six-minute walk); lower limb strength resistance (sitting and standing test) and handgrip strength were evaluated before and after the 12 weeks of physical training. Exploratory network analysis was conducted using the 'bootnet' (version 1.5) and 'qgraph' (version 1.9.3) packages to verify possible relationships between intervention effects and COVID-19 symptoms in the post-intervention period. Due to the exploratory nature of the study, an estimation method not regularized by the IsingSampler estimator was used for categorical variables (yes or no). The plotting of the undirected graph was performed by the Spring algorithm from the model adjacency matrix. Physical overload data indicated clinical benefits in functional aerobic capacity (six-minute walk test) for the water aerobics group = 69 meters (95% CI = 42 – 97) and the strength training and aerobic conditioning group = 65 meters (95% CI = 40 - 90); Control = 3 meters (95% CI = -38 - 44) and lower limb strength capacity (sit/stand test) for the water aerobics group = 3.5 repetitions (95% CI = 2.4 – 4.6) and strength training and aerobic conditioning group = 3.2 repetitions (95% CI = 2.2 – 4.2); Control = 0.9 repetitions (95% CI = -0.7 – 2.6). For the handgrip strength test, on average, the increases observed in the water aerobics and strength training and aerobic conditioning groups were lower than the smallest effect of interest (hydro aerobics = 3.7 kg (95% CI = 0.5 – 6. 9); Strength training and aerobic conditioning = 4.2 repetitions (95% CI = 1.2 – 7.2); Control = -1.7 repetitions (95% CI = -6.6 – 3.1). Regarding the descriptive data on post-COVID-19 symptoms, when experienced after the intervention period, they improved. From the data obtained, it can be concluded that the intervention demonstrates effects superior to the smallest effect size of interest for the testicles of physical function (functional aerobic capacity and muscle strength endurance). Finally, an exploratory analysis of the connection network indicates that an intervention seems to be the determining node in a relationship network.