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Título

Caracterização do perfil da potência e relação entre força muscular inspiratória com variáveis de desempenho em ciclistas recreacionais.

Orientador

Marlene Aparecida Moreno

Autor

Onezímo Gregório da Silva

Palavra chave

Ciclismo. Performance. Perfil de potência. Força muscular. Respiratória.

Grupo CNPQ


Programa

DR - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

18/03/2024

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14

Resumo

Introdução: A avaliação do perfil da potência (PP) é um importante meio de avaliação das variáveis relacionadas ao desempenho (VRD) e mesmo com diversos estudos publicados sobre o tema, as possíveis correlações entre pressão inspiratória máxima (PImax) e distâncias alcançadas por ciclistas ainda são pouco exploradas. Objetivos: com aplicação de um Functional Threshold Power (FTP) e os registros das variáveis relacionadas a potência (normalizada - NP®; máxima – MP; média máxima - MMP), distância e PImax obtidas (PImaxobt pré e pós), caracterizar o PP e comparar e correlacionar os resultados entre dois grupos de ciclistas recreacionais. Materiais e métodos: Estudo experimental e transversal conduzido com 28 homens (40,78±8,02 anos; 74,44±12,24 kg; 171,32±6,24 cm e tempo de prática de 7,46±7,30 anos) organizados em dois grupos organizados através dos valores de PImax, sendo (G1) valores abaixo e (G2) valores acima dos previstos através da equação de Netter et al (1999). Nos registros adotamos, para a avaliação da força muscular inspiratória (FMI) as medidas da PImax utilizando-se um manovacuômetro digital (MVD 300, GlobalMed®). Nas avaliações relacionadas a potência produzidas no teste FTP, utilizamos um medidor de potência da marca PowerTap com sistema de transmissão via ANT+®/Bluetooth e os registros foram captados por um ciclocomputador Garmin modelo Edge®1000. Resultados: Quanto a caracterização dos grupos, os achados mostraram superioridade significante, nos registros de PImaxObt e tempo de treino diário em horas no G2. Também foram significativas e positivas as diferenças em favor do G2 quando comparadas, as distâncias finais obtidas e os valores de NP®, MP e MMP, tanto na etapa de aquecimento, bem como nos valores registrados ao final do FTP. Considerando os registros de PImaxObt pré, também se registrou correlações positivas com as distâncias finais percorridas e com os resultados de NP®, MP e MMP. Nos valores registrados de PImaxObt pós, também identificamos correlações com os registros de distância final obtida e MMP. As análises entre as distâncias finais obtidas e os resultados das variáveis NP®, MP e MMP, também apresentaram correlações significantes e positivas, tanto quanto comparadas ao aquecimento bem como, ao final do protocolo. Conclusão: Apesar dos valores insignificantes registrados no PP, quando se trata de ciclistas recreacionais as PImaxobt pré, PImaxobt pós e distâncias finais obtidas exercem influência sobre os resultados das potências NP®, MP, MMP e diretamente sobre o desempenho final obtido no FTP. Através dos resultados identificados nas correlações e coeficiêntes de determinação, especialmente entre os valores da PImax e distância vs. NP®, MP e MMP finais, fica evidenciada a importância de se obter maiores valores de Pimax quando se almeja maiores e melhores desempenhos em eventos em que as distâncias serão determinantes finais para o desempenho, como provas de maratonas ciclísticas ou provas com diversas etapas.

Abstract

Introduction: The evaluation of the power profile (PP) is an important means of evaluating performance-related variables (PRV) and even with several studies published on the subject, the possible correlations between maximal inspiratory pressure (MIP) and distances achieved by cyclists are still little explored. Objectives: with the application of a Functional Threshold Power (FTP) and the records of the variables related to power (normalized - NP®; maximum - MP; maximum mean - MMP), distance and MIP obtained (pre and post MIP), to characterize the PP and to compare and correlate the results between two groups of recreational cyclists. Materials and methods: Experimental and cross-sectional study conducted with 28 men (40,78±8.02 years; 74,44±12.24 kg; 171,32±6,24 cm and practice time of 7,46±7.30 years) organized into two groups organized according to MIP values, with (G1) values below and (G2) values above those predicted by the Netter et al equation (1999). In the recordings, we adopted MIP measurements using a digital manometer (MVD 300, GlobalMed®) for the assessment of inspiratory muscle strength (FMI). In the power-related evaluations produced in the FTP test, we used a PowerTap power meter with a transmission system via ANT+®/Bluetooth and the records were captured by a Garmin Edge 1000® bike computer. Results: Regarding the characterization of the groups, the findings showed significant superiority in the records of MIPobt and daily training time in hours in G2. The differences in favor of G2 were also significant and positive when compared, the final distances obtained and the values of NP®, MP and MMP, both in the warm-up stage as well as in the values recorded at the end of the FTP. Considering the pre-MIPobt records, positive correlations were also recorded with the final distances covered and with the results of NP®, MP and MMP. In the recorded values of post-MIPobt, we also identified correlations with the records of final distance obtained and MMP. The analyses between the final distances obtained and the results of the variables NP®, MP and MMP also showed significant and positive correlations, both when compared to the warm-up as well as to the end of the protocol. Conclusion: Despite the insignificant values recorded in the PP, when it comes to recreational cyclists, the pre-MIPobt, post-MIPobt and final distances obtained exert an influence on the results of the NP®, MP, MMP powers and directly on the final performance obtained in the FTP. Through the results identified in the correlations and coefficients of determination, especially between the values of MIP and distance vs. NP, MP and final MMP®, it is evidenced the importance of obtaining higher values of MIP when aiming for higher and better performances in events in which distances will be the final determinant for performance, such as cycling marathons or races with several stages.