Visualização do documento
Título
Efeitos nos diferentes períodos de recuperação entre dias consecutivos e não consecutivos de treinamento de força nas respostas hormonais, neuromusculares e composição corporal em homens treinados recreacionalmente
Orientador
Charles Ricardo Lopes
Autor
Hugo Politano
Palavra chave
Testosterona. 1RM. Composição corporal. Carga total semanal levantada
Grupo CNPQ
Programa
DR - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
16/02/2022
Nº Downloads
201
Resumo
A força e a hipertrofia são adaptações musculares promovidas pelo treinamento de força (TF) em diferentes populações e níveis de desempenho físico e para maximização de tais resultados é importante manipular variáveis do treinamento. Nesse sentido o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito de dois períodos de recuperação entre dias consecutivos e não consecutivos em sessões de treinamento de força sobre variáveis hormonais, neuromusculares e de composição corporal em homens treinados recreativamente. Dezenove homens jovens completaram o estudo e foram divididos aleatoriamente em dois grupos: 24R, grupo de recuperação de 24 horas (n = nove) e 72R, grupo de recuperação de 72 horas (n = dez). O programa de treinamento de força (TR) teve duração de seis semanas com duas rotinas seriadas, A e B, com frequência semanal de quatro vezes. O grupo 24R realizou rotina A (segunda e terça) e rotina B (quinta e sexta) e o grupo 72R realizou rotina A (segunda e quinta) e rotina B (terça e sexta). A amostra de saliva foi coletada uma vez por semana pela manhã para determinar a testosterona salivar. Os testes de 1RM, salto contra movimento e composição corporal foram realizados nos períodos pré e pós-treinamento. A carga total semanal levantada foi calculada nos grupos 24R e 72R. Quanto à testosterona salivar, não houve efeito significativo em relação ao tempo (F = 1,06, p = 0,39) e entre os grupos (F = 1,00, p = 0,34). Ambos os grupos melhoraram a força máxima em termos de tempo de intervenção no supino reto com barra (% = 10,1 ± 6,5 (24R) e 10,4 ± 4,3 (72R), p = 0,00) e no leg press 45º (% = 32,3 ± 13,3 (24R) ) e 41,9 ± 18,2 (72R), p = 0,00), não diferindo entre os grupos e a composição corporal apresentou interação significativa no tempo para percentual de gordura corporal (% = -14,6 ± 10,0 (24R) e -17,2 ± 10,9 (72R); p = 0,00), massa gorda (% = -13, 7 ± 9,2 (24R e -18,2 ± 13,0 (72R); p = 0,00) e massa livre de gordura (% = 3,5 ± 2,7 (24R) e 2,5 ± 2,8 (72R), p = 0,00). Não foram observadas diferenças no desempenho do salto contra o movimento após seis semanas de treinamento. Além disso, não houve diferença na carga total levantada entre os grupos. Em conclusão, os períodos de recuperação de 24 e 72 horas entre sessões induziram respostas semelhantes nos parâmetros investigados em homens treinados recreativamente.
Abstract
Strength and hypertrophy are muscle adaptations promoted by strength training (RT) in different populations and levels of physical performance and to maximize such results it is important to manipulate training variables. In this sense, the purpose of the present study was to investigate the effect of two recovery periods between consecutive and non-consecutive days in strength training sessions on hormonal, neuromuscular and body composition variables in recreationally trained men. Nineteen young men completed the study and were randomly divided into two groups: 24R, 24-hour recovery group (n = nine) and 72R, 72-hour recovery group (n = ten). The strength training program (TR) lasted six weeks with two serial routines, A and B, with a weekly frequency of four times. Group 24R performed routine A (Monday and Tuesday) and routine B (Thursday and Friday) and group 72R performed routine A (Monday and Thursday) and routine B (Tuesday and Friday). The saliva sample was collected once a week in the morning to determine salivary testosterone. The 1RM, jump against movement and body composition tests were performed in the pre- and post-training periods. The total weekly load lifted was calculated in groups 24R and 72R. As for salivary testosterone, there was no significant effect with respect to time (F = 1.06, p = 0.39) and between groups (F = 1.00, p = 0.34). Both groups improved maximal strength in terms of intervention time in the barbell bench press (% = 10.1 ± 6.5 (24R) and 10.4 ± 4.3 (72R), p = 0.00) and in the leg press 45º (% = 32.3 ± 13.3 (24R) and 41.9 ± 18.2 (72R), p = 0.00), not differing between groups and body composition showed significant interaction in time to body fat percentage (% = -14.6 ± 10.0 (24R) and -17.2 ± 10.9 (72R); p = 0.00), fat mass (% = -13, 7 ± 9.2 (24R and -18.2 ± 13.0 (72R); p = 0.00) and fat-free mass (% = 3.5 ± 2.7 (24R) and 2.5 ± 2 .8 (72R), p = 0.00). No differences were observed in jump performance against movement after six weeks of training. Furthermore, there was no difference in the total load lifted between the groups. In conclusion, the recovery periods 24 and 72 hours between sessions induced similar responses in the parameters investigated in recreationally strength-trained men.