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Título
Atividades físicas e indicadores sociais de saúde no município de Santa Rita do Passa Quatro SP, em período de pandemia da COVID-19
Orientador
Rute Estanislava Tolocka
Autor
Luciano D’avila Pereira
Palavra chave
Atividade física. Doenças crônicas. Indicadores sociais de saúde. Covid-19. Pandemia.
Grupo CNPQ
Programa
MS - CIÊNCIAS DO MOVIMENTO HUMANO
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
25/02/2021
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Resumo
O surgimento da pandemia do novo Corona vírus, causada pelo SARS-CoV-2, tem levado à medidas de distanciamento social, que não incluem diretrizes para Prática de Atividade Física (PAF), mesmo que esteja estabelecido na literatura que o sedentarismo traz riscos para diferentes doenças, o que resulta na necessidade de busca conjunta de diferentes setores para levantar subsídios para futuras medidas preventivas. Dessa forma, este estudo teve como objetivo traçar um panorama sobre a PAF e outros indicadores sociais de saúde, tanto da população em geral, quanto de professores. Foi também verificada aceitabilidade de ações que incentivem a PAF, em meio a medidas de restrições para contenção da pandemia da Covid-19. Trata-se de um estudo de campo transversal, com os dados coletados no município de Santa Rita do Passa Quatro – SP, no período de 08/05/2020 à 17/06/2020, através do Inquérito “Bem-Estar e Covid-19”, por meio da Plataforma online Survio®, utilizando a técnica de snowball. Participaram do estudo adultos a partir 18 anos; foram incluídas questões sobre perfil socioeconômico e clínico, isolamento social, frequência da PAF e tempo de tela. Foram feitas análises da distribuição dos dados, testes de normalidade e de associação entre variáveis e testes de associação bivariada de Spearman e Regressão Logística Binária, tanto do grupo como um todo, como do subgrupo de professores. Participaram 231 indivíduos, destes, 67 professores. No que tange o estudo geral do município a maioria (78,35%) estava em isolamento social parcial; 58,01% tinha frequência de PAF insuficiente. Foi encontrada associação bivariada entre a frequência de PAF e a renda familiar (rhô= -0,168; p<0,05); 69,26% apresentou tempo de tela superior a três horas de uso; 37,21% foi classificado como obeso; 10,83% relatou ser fumante, 35% declarou possuir alguma doença e 28,6% apresentou multimorbidades. A doença mais relatada foi obesidade (37,21%) seguida de hipertensão arterial (13,42%), asma (7,36%) e diabetes (5,63%). Como principais resultados no subgrupo formado por professores, 88,06% da amostra foi do gênero feminino, com média idade de 43,32±10,60; 83,58% estava em isolamento social parcial; 31,35% foi classificado como obeso; 49,25% apontou ter alguma doença, 29,41% apresentou multimorbidades e 14,93% estava em tratamento médico; 55,22% dos professores apresentou frequência da PAF insuficiente. Além disso, 68,66% relatou dispender mais de três horas de tempo de tela. Foram encontradas associações significativas entre a idade e PAF (OR=1,064; IC= 1,008-1,123; p<0,05). Conclui-se que, a frequência da PAF junto a maioria da população é insuficiente, há alta taxa de obesidade e de pessoas com riscos de sedentarismos, indicando necessidade de implementação de programa de PAF, o que ocorre também no subgrupo dos professores.Políticas públicas, como campanhas e projetos, envolvendo parcerias entre áreas de saúde e educação, para implementação de PAF, diminuição de tempo de tela e acolhimento em serviços de saúde são necessárias
Abstract
The emergence of the pandemic of the new Coronavirus, caused by SARS-CoV-2, has led distance measures that do not include guidelines for the Practice of Physical Ac-tivity (PAF), even though it has already been established, in the literature, that a sed-entary lifestyle brings risks to different diseases. It results in the need for a joint search of different sectors to raise subsidies for future preventive measures. Thus, this study aimed to provide an overview of PAF and other social health indicators, both for the general population and for teachers. It was also verified the acceptability of actions that encourage PAF, in the midst of the COVID-19 pandemic. This is a cross-sectional study, with data collected in the municipality of Santa Rita do Passa Quatro - SP, from 05/08/2020 to 06/17/2020. Through the “Well Been and Covid-19” survey, through the Survio® online platform, using the snowball technique. Adults from 18 years old par-ticipated in the study; questions about socioeconomic and clinical profile, social isola-tion, frequency of PAF and screen time were included. Analyses of data distribution, tests of normality and association and tests of Spearman's bivariate association and Binary Logistic Regression were performed, both for the group as a whole and for the subgroup of teachers. 231 individuals participated, of these, 67 teachers. Regarding the general study of the municipality, the majority (78.35%) were in partial social isola-tion; 58.01% had an insufficient frequency of PAF. A bivariate association was found between the frequency for PAF and family income (rhô = -0.168; p <0.05); 69, 26% had a screen time with more than three hours of use; 37.21% was classified as obese; 10.83% reported being smokers, 35% reported having some disease and 28.6% had multimorbidities. Obesity was the most reported disease (37.21%), followed by hypertension (13.42%), asthma (7.36%) and diabetes (5.63%). Among the teachers, 88.06% was feminine gender, observed with average age of 43.32 ± 10.60; 83.58% was in partial social isolation; 31.35% was classified as obese; 49.25% reported having a disease, 29.41% had multimorbidities and 14.93% was undergoing medical treat-ment; 55.22% of teachers showed insufficient frequency of PAF. In addition, 68.66% reported spending more than three hours of screen time. Significant associations were found between age and PAF (OR = 1.064; CI = 1.008-1.123; p <0.05). It is concluded that the frequency of PAF among the majority of the population is insufficient, there is a high rate of obesity and people at risk of sedentary lifestyle, indicating the need to implement a PAF program, which also occurs in the subgroup of teachers. Public policies, such as campaigns and projects, involving partnerships among health and education areas to provide support to implement PAF, reducing time screen and giv-ing better assistance for health of the population are needed.
