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Título

ELETROESTIMULAÇÃO DIÁRIA E ALTERNADA NA MORFOMETRIA DO MÚSCULO SÓLEO DE RATO DESNERVADO

Orientador

VIVIANE BALISARDO MINAMOTO

Autor

RODRIGO SANTIAGO BARBOSA ROCHA

Palavra chave

DESNERVAÇÃO, ELETROESTIMULAÇÃO, TECIDO CONJUNTIVO

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

01/12/2006

Nº Downloads

2947

Resumo

A desnervação promove alterações estruturais no músculo, com conseqüente perda da função, sendo a eletroestimulação (EE) bastante utilizada como forma de tratamento. O objetivo deste estudo foi comparar a EE aplicada diariamente e em dias alternados sobre a área de secção transversa (AST) das fibras e densidade de área de tecido conjuntivo (TC) do músculo sóleo de rato previamente desnervados. Além disso, foi também estudado em qual período de desnervação (10, 20 e 30 dias) a EE é mais eficaz. Foram utilizados 55 ratos Wistar (200±50g) divididos em 11 grupos: Controle (C), Desnervado (D) e analisado após 10, 20 e 30 dias, Desnervado e submetido à eletroestimulação diariamente (EED) durante 10, 20 e 30 dias, Desnervado e submetido à eletroestimulação em dias alternados (EEA) durante 10, 20 e 30 dias, e Desnervado e analisado após 6 dias (D6), onde o nervo foi analisado para comprovar a eficácia do esmagamento. A desnervação foi realizada por esmagamento do nervo isquiático (4 pinçamentos de 20seg e intervalo de 1seg entre eles). A EE foi realizada no músculo sóleo 24 horas após a desnervação, por meio de eletrodos de superfície, com os seguintes parâmetros: corrente bifásica quadrática simétrica; T=3ms; f=10Hz; i=5mA; t=30min, durante 10, 20 ou 30 dias. Foram obtidos cortes histológicos do músculo sóleo sendo os mesmos corados com HE para análise da AST e densidade de área de TC nos programas Motic Images Advanced 3.2 e Image Pro-Plus 4.0, respectivamente. Testes Estatísticos: Shapiro-Wilk, seguido de ANOVA com Tukey (p?0.05). Os animais dos grupos D, EEA e EED analisados após 10 e 20 dias apresentaram valores menores de AST que o grupo C (10 dias: 855±33.57µm2; 866±34.50µm2; 1034±34.06µm2; 1769±45.11µm2; respectivamente; 20 dias 948±73.02µm2; 1224±44.15µm2; 1441±80.77µm2; 1769±45.11µm2; respectivamente), sendo que em ambos períodos o grupo EED apresentou AST maior que os grupos D e EEA. Nos animais analisados após 30 dias, os grupos D, EEA e EED apresentaram valores de AST menores que o grupo C (1497±91.42µm2; 1567±52.26µm2; 1603±32.34µm2; 1769±45.11µm2, p? 0.05), não havendo diferença entre os grupos D e eletroestimulados. Em relação à densidade de área de TC, os grupos D, EEA e EED analisados após 10 e 20 dias apresentaram valores maiores que o grupo C (10 dias: 26±2.04%; 17±2.27%; 15±1.25%; 9±1.07%; 20 dias: 28±3.40%; 20±1.18%; 20±3.35%; 9±1.07%; p? 0.05), respectivamente). Além disso, os grupos eletroestimulados apresentaram menores valores de TC do que o grupo D em ambos os períodos. No período de 30 dias, os valores dos grupos D e EEA foram maiores que os grupos EED e C (21±2.98%; 19±1.69%; 11±1.11%; 9±1.07%; p? 0.05, respectivamente). A EE minimizou a proliferação do TC e atrofia decorrentes da desnervação, sendo os efeitos da mesma evidenciados principalmente em períodos onde a reinervação ainda não estava totalmente restabelecida. Os resultados sinalizam para maior freqüência na utilização do recurso, já que a EED foi mais eficaz que a EEA.

Abstract