Visualização do documento
Título
INFLUÊNCIA DO USO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS NAS RESPOSTAS CARDIORRESPIRATÓRIAS DE MULHERES JOVENS SEDENTÁRIAS
Orientador
ESTER DA SILVA
Autor
MARCIO CLEMENTINO DE SOUZA SANTOS
Palavra chave
MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQÜÊNCIA CARDÍACA, VARIABILIDADE DA FREQÜÊNCIA CARDÍ
Grupo CNPQ
Programa
MS - FISIOTERAPIA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
13/02/2007
Nº Downloads
1969
Resumo
O propósito deste estudo foi analisar e comparar a influência dos contraceptivos orais (CO) na capacidade aeróbia durante o teste de esforço físico dinâmico contínuo do tipo rampa (TEFDC-R) no pico do exercício e no limiar de anaerobiose (LA), na modulação autonômica da freqüência cardíaca (FC) em repouso, nas posições supina e sentada e durante a manobra de acentuação da arritmia sinusal respiratória (MASR), assim como os níveis lipídicos de colesterol total e triglicérides em mulheres jovens sedentárias. Foram estudadas 20 voluntárias, saudáveis com 23,55 ± 1,88 anos, divididas em dois grupos de 10, considerando as que utilizam (GT) e as que não utilizam (GC) contraceptivos orais. Protocolos experimentais: a) TEFDC-R ergoespirométrico, com incrementos de potência de 15Watts/min (W/min), e captação das variáveis ventilatórias e metabólicas, respiração a respiração; b) captação da FC e dos intervalos R-R a partir do registro do eletrocardiograma (ECG) em repouso, nas posições supina e sentada e durante a MASR; c) análise bioquímica de sangue. A captação da FC foi realizada na fase folicular no GC, e na fase ativa (GT-FA) e inativa (GT-FI) do uso dos CO no GT. Resultados: As variáveis ventilatórias e metabólicas obtidas a partir do TEFDC-R (potência (W), consumo de oxigênio ( 2 O V& ) em mL.kg.min-1 e L/min, produção de dióxido de carbono ( 2 CO V& ) em L/min, razão 2 CO V& / 2 O V& (RER), ventilação minuto (VE) em L/min e FC em bpm) apresentaram-se semelhantes (p>0,05) entre os GC e GT. As correlações entre os valores de potência e 2 O V& (mL.kg.min-1 ) foram de r= 0,48 e 0,77 (GC) e r= 0,82 e 0,78 (GT); valores de potência e FC, r= 0,43 e 0,38 (GC) e r= 0,47 e 0,41 (GT); valores de 2 O V& (mL.kg.min- 1 ) e FC, r= 0,12 e 0,62 (GC), r= 0,35 e 0,60 (GT) no pico e no LA, respectivamente, sendo estatisticamente significantes (p<0,05). Na comparação inter-grupo nenhum índice do domino do tempo (DT) e domino da freqüência (DF) da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) apresentaram significância estatística (p>0,05) comparando as mesmas condições. Na comparação intra-grupo o índice RMSSD foi maior durante a MASR em todos os grupos e estatisticamente significante (p<0,05) em relação às posições supina e sentada nos grupos GC e GT-FA, já no GT-FI obteve (p<0,05) apenas em relação a posição sentada. O RMSM foi maior durante a MASR e estatisticamente significante em relação as posições supina e sentada em todos os grupos, já o pNN50 apresentou diferença estatística (p<0,05) entre as condições supina e sentada, e sentada e MASR nos grupos GC, GT-FA e GT-FI. Os índices do domínio da freqüência (baixa freqüência - BF, alta freqüência - AF e razão BF/AF) foram estatisticamente significantes (p<0,05) entre a condição supina e durante a MASR nos GC e GT-FA, já no GT-FI ocorreu significância estatística (p<0,05) ao comparar a condição supina com sentada, e supina com MASR. A razão expiração/inspiração dos iR-R (ms) e a variação da FC inspiração-expiração (bpm) não apresentou significância estatística (p>0,05) entre os grupos estudados. Conclusão: O uso de CO não influenciou na capacidade aeróbia e na modulação autonômica da FC, contudo, o GT apresentou valores limítrofes de colesterol total e triglicérides, figurando os CO como um fator de risco importante para o desenvolvimento da doença arterial coronariana.
Abstract
The objective of this study was to analyze and comparing the nfluence of oral contraceptives (OC) in the aerobic capacity during the continuous dynamic physical exercise test in slope (CDPET-S) in the peak of the exercise and the anaerobic threshold (AT), in the autonomic modulation of the heart rate (HR) at rest, supine and sitting positions and during the accentuation maneuver of respiratory sinus arrhythmia (MRSA), as well as the lipids levels of total cholesterol and triglyceride in sedentary young women. The study analyzed twenty volunteers (mean = 23,55 ± 1,88 years), divided in two groups of 10, and considered the ones that use (TG) and the ones that they do not use (CG) contraceptive. Experimental protocols: a) CDPET-S, with increments of power of 15Watts/min (W/min), and capitation of the ventilation and metabolic variables, breath by breath; b) capitation of the HR and intervals R-R based on the eletrocardiogram (ECG) at rest, supine and sitting positions and during the MRSA; c) analysis blood biochemist. The HR capitation was carried through in the follicular phase for the CG, and on the active (TG-AP) and inactive phase (TG-IP) of OC usage for the TG. Results: The ventilatory and metabolic variables from the CDPET-S (power (W), consumption of oxygen ( 2 O V& ) in mL.kg.min-1 and L/min, production of carbon dioxide ( 2 CO V& ) in L/min, reason 2 CO V& / 2 O V& (RER), pulmonary ventilation (VE) in L/min and FC in bpm) presented similarity (p>0,05) between CG and TG. The correlations between the values of power and 2 O V& (mL.kg.min-1) had been of r= 0,48 and 0,77 (CG) and r= 0,82 and 0,78 (TG); values of power and HR, r= 0,43 and 0,38 (CG) and r= 0,47 and 0.41 (TG); values of 2 O V& (mL.kg.min-1) and HR, r= 0,12 and 0,62 (CG), r= 0,35 and 0,60 (TG) at the peak and at AT respectively, being significant (p<0,05). In the comparison inter-group, no time and frequency domain index of the heart rate variability (HRV) presented statistical significance (p>0,05) when comparing the same conditions. In the comparison intra-group index RMSSD was more evident during the MRSA in all the groups and statistically significant (p<0,05) in relation to the supine and sitting positions in the groups CG and TG-AP, but TG-IP obtained statistical significance (p<0,05) only in relation to the sitting position. The RMSM was bigger during the MRSA (p<0,05) in relation the supine and sitting positions in all the groups, while pNN50 presented statistical difference (p<0,05) between the supine and sitting conditions, and sitting and MRSA in groups CG, TG-AP and TG-IP. The indices of the frequency domain (low frequency - LF, high frequency - HF and reason LF/HF) were statistically significant (p<0,05) between the supine condition and during the MASR in GC and GT-FA, while TG-IP occurred differences statistically significant (p<0,05) when comparing the sitting to the supine condition, and supine with MRSA. The reason expiration/inspiration to iR-R (ms) and the variation of the HR inspiration-expiration (bpm) did not present statistically significant differences (p>0,05) between the groups studied. Conclusion: The OC use did not influence in the aerobic capacity and in the autonomic modulation of the HR, however, the TG presented bordering values of total cholesterol and triglycerides, appearing the OC as an important risk factor for the development of the coronary artery disease.