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Título

(Des) encontro de gêneros na ginástica rítmica: um estudo sobre formação profissional em educação física

Orientador

Roberta Cortez Gaio

Autor

Larissa Aurea Terezani

Palavra chave

Educação física. Formação profissional. Gênero. Ginástica rítmica.

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO FÍSICA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

16/02/2007

Nº Downloads

2714

Resumo

Esse trabalho tem como objetivo refletir sobre a formação profissional em Educação Física, investigando o conhecimento sobre gênero, presente na disciplina de Ginástica Rítmica. Considerando que esse esporte oficialmente é somente feminino, que faz parte do conteúdo da Educação Física Escolar e que os ingressantes nas faculdades são alunos e alunas, surgem alguns questionamentos voltados para a forma como essa modalidade é abordada nos cursos de Educação Física e, no preparo dos discentes para trabalhar essa modalidade com ambos os Gêneros. A pesquisa está metodologicamente estruturada com base numa pesquisa bibliográfica sobre Gênero, Formação Profissional em Educação Física e Ginástica Rítmica, bem como num estudo comparativo entre três universidades particulares, que foram selecionadas pelos projetos de extensão, presentes nos seus cursos de Educação Física. A universidade "1", do Estado de São Paulo, tem um projeto de extensão em Ginástica Rítmica "Popular" que promove o esporte para a construção da cidadania; a universidade "2", do Estado do Paraná, realiza um projeto de extensão em Ginástica Rítmica que tem como perspectiva, o alto-nível de desempenho e a universidade "3", do Estado de São Paulo, que desenvolve um projeto de extensão para deficientes, sendo a modalidade uma das atividades oferecidas. Para tanto, foi aplicado um questionário fechado aos discentes do sexto semestre desses cursos de Educação Física, que cursaram as disciplinas de Ginástica Rítmica pertencentes à grade curricular. Na universidade "1" (SP) 12,06% dos questionários respondidos são de discentes do sexo feminino e 18,04% do sexo masculino somando 30,07%; na universidade "2" (PR) são 9,02% do sexo feminino e 12,03% do sexo masculino, totalizando 21,05%; na universidade "3" (SP) são 20,30% do sexo feminino e 28,57% do sexo masculino resultando em 48,78%. A soma das três universidades corresponde a 100% de questionários respondidos. Analisando e comparando as respostas foi detectado que a universidade "2" se encontra mais distante do entendimento das teorias sobre gênero e da possibilidade de se trabalhar a Ginástica Rítmica com ambos os sexos; a universidade "3" está distante do entendimento das teorias sobre gênero, porém, mais próxima da possibilidade de se trabalhar a Ginástica Rítmica com ambos os sexos; a universidade "1" é a que mais se aproxima do entendimento das teorias sobre gênero, e da possibilidade de se trabalhar a Ginástica Rítmica com ambos os sexos. Contudo, as respostas entre as universidades apresentam poucas diferenças e, em algumas questões, se equivalem. Esta pesquisa demonstra que os alunos e as alunas do ensino superior em Educação Física, das universidades em estudo, possuem pouco conhecimento sobre as teorias de gênero aprofundadas em bibliografias, e estão prestes a ensinar a Ginástica Rítmica para ambos os sexos, apesar de revelarem nas suas respostas que vivem em uma sociedade que, em geral, diferencia as atividades femininas das masculinas. Portanto, é esperado com esta pesquisa, que os docentes e as docentes, por meio de um olhar diferenciado sobre este estudo, reformulem suas propostas e que os erros, os acertos, as dificuldades e as facilidades, que fizeram parte desta jornada, possam instigar a busca por novas respostas, contribuindo academicamente para um tema tão relevante.

Abstract

This work has as goal to reflect about the professional development in Physical Education, investigating the knowledge on gender, present at the Rhythmic Gymnastics discipline. Considering that this sport is officially feminine, and it is part of the School Physical Education syllabus and that the people entering universities are male and female students, there are some questionings about how this modality is approached in Physical Education courses and in the preparation of pupils for working this modality with both genders. The survey is methodologically structured based on a bibliographical research about Gender, Professional Development in Physical Education and Rhythmic Gymnastics, as well as in a comparative study among three private universities, which were selected by the extension projects, present in their Physical Education courses. University "1", from Sao Paulo State, has an extension project on Popular Rhythmic Gymnastics, which promotes the sport for building up citizenship; university "2", from Parana State, has an extension project on Rhythmic Gymnastics which has as perspective the high level of performance; and university "3", from Sao Paulo State, develops an extension program for mentally disabled people, and the modality is among the ones being offered. For this purpose, a closed questionnaire was applied to the pupils from the sixth semester in the Physical Education courses, who had had Rhythmic Gymnastics as a curricular component. At University "1" (SP), 12.06% of the questionnaires replied are from female pupils and 18.04% are from male pupils, adding up 30.07%; at University "2" (PR), 9.02% are female pupils and 12.03% are males, adding up 21.05%; at University "3" (SP), 20.30% are females and 28.57% are males, adding up 48.78%. The sum of the three universities add up 100% replied questionnaires. Analyzing and comparing the replies, it was detected that University "2" is more distant from understanding the theories about gender and the possibility of having Rhythmic Gymnastics with both sexes; University "3" is distant from understanding the theories on gender, but it is closer to working the Rhythmic Gymnastics with both sexes; University "1" is the closest to understanding the theories on gender and the possibility of offering Rhythmic Gymnastics with both sexes. Nonetheless, the replies among the universities present few differences and, in some questions, they are equivalent. This survey shows that both male and female students from Physical Education graduation courses, at the above-mentioned universities, have little knowledge about the gender theories deepened in bibliographies, and are about to teach Rhythmic Gymnastics for both sexes, despite having revealed that they live on a society when, generally, makes differences between the male and female activities. Hence, it is expected, with this survey, that the male and female teachers, by having a different look at this study, remodel their proposals, and that the errors and hits, difficulties and eases which were part of this journey, may instigate the seek for new replies, academically contributing for such a relevant theme.