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Título
INFLUÊNCIA DA CARGA E FORMA DE TRANSPORTE DO MATERIAL ESCOLAR SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DA FORÇA PLANTAR E TRAJETÓRIA DO CENTRO DE MASSA CORPORAL.
Orientador
ROSANA MACHER TEODORI
Autor
SABRINA RODRIGUES
Palavra chave
BAROPODOMETRIA COMPUTADORIZADA; TRANSPORTE DE MATERIAL ESCOLAR...
Grupo CNPQ
Programa
MS - FISIOTERAPIA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
27/02/2007
Nº Downloads
2213
Resumo
A carga e a forma de transporte do material escolar têm sido amplamente discutidas no âmbito da educação em saúde. A carga limite proposta para o transporte de material escolar em mochila (forma mais utilizada para transporte) é de 10% do peso do corporal, não havendo dados científicos que sustentem essa proposta. O objetivo deste estudo foi investigar a influência da carga e da forma de transporte do material escolar sobre a distribuição da força plantar e sobre a trajetória do centro de massa em estudantes. Participaram do estudo 30 estudantes de ambos os gêneros, idade média de 10,76 ( 1,35) anos, sem alteração postural, submetidos à avaliação baropodométrica em plataforma de pressão. Os dados baropodométricos foram coletados na posição ortostática (apoio bipodal), sem calçado, com olhos abertos, nas seguintes condições: sem carga; carregando mochila padronizada contendo 5%, 10% e 15% da massa corporal, posicionada nas regiões anterior e posterior do tronco e nos ombros direito esquerdo. Para análise estatística utilizou-se os testes de Shapiro-Wilk, teste t de Student e de Wilcoxon. Os voluntários apresentaram maior distribuição de força no calcâneo esquerdo (p<0,05). Quando a mochila com carga de 10% foi posicionada no ombro esquerdo, a distribuição de força foi maior no pé direito e menor no pé esquerdo, comparado ao controle (p<0,05). Com a mochila fixada na região posterior do tronco, a distribuição da força foi diferente quando comparado ao controle sendo: menor no médio-pé direito e ante-pé esquerdo com carga de 5%; menor no médio-pé direito e esquerdo e maior no artelho direito com carga de 10%; menor no médio-pé direito e maior no artelho direito com carga de 15% (p<0,05). Para a comparação entre cargas houve aumento dos valores médios do artelho direito para as cargas de 10% e 15% quando comparado ao artelho direito para carga de 5% (p<0,05). A trajetória ântero-posterior foi maior quando a mochila com carga de 15% foi posicionada nas regiões anterior e posterior do tronco, quando comparada à carga de 5% (p<0,05). Conclui-se que as diferentes cargas e posições da mochila não desencadearam alterações na distribuição da força plantar. A carga de 15% causou aumento da oscilação ântero-posterior, o que, em médio e longo prazo, poderia promover alterações posturais. Sugere-se a necessidade de outros estudos para avaliar o reflexo das diferentes cargas e posições de transporte do material escolar sobre a postura corporal, considerando que a sobrecarga e o posicionamento inadequado da carga podem desencadear alterações de importância clínica e exigir ações de educação em saúde.
Abstract
The weight of school material in backpacks and the way they are carried by students have been widely discussed by heath education professionals. The suggested load limit in a backpack (most common type of transport) is 10% of body weight. There is not any scientific data supporting this figure. The object of this study is to investigate the influence of such load - and the way it is carried - on plantar force distribution and on center of mass trajectory in students who carry backpacks. Thirty students of both genders, averagely aged 10.76 ( 1.35) years and without any postural alteration were submitted to baropodometric evaluation on pressure plate. Data was collected in the orthostatic position, barefoot standing and with opened eyes in the following situations: without any load; carrying standard backpacks with loads weighing 5%, 10% and 15% of body weight, placed on the chest and on the back hanging from the right or left shoulder. For the statistic evaluation, the tests Shapiro-Wilk, t Student and Wilcoxon were applied. The volunteers presented bigger distribution of force on the left calcaneous (p<0.05). When the backpack with the load representing 10% of body weight was placed on the left shoulder, the distribution of force was bigger on the right foot and smaller on the left foot, compared to the control (p<0.005). With the backpack placed on the back the distribution of force was different compared to control as follows: smaller on the right middlefoot and left forefoot with the 5% load; smaller on the right and left middlefoot and bigger on the right toes with the 10% load; smaller on the right middlefoot and the bigger on the right toes with the 15% load (p<0.05). There was an increase of average values on right toes for the loads of 10% and 15% compared to the 5% load. The anteroposterior trajectory was bigger with the 15% load when compared to the 5% (p<0.05) load when the backpack was placed on the chest and on the back. The conclusion was that different loads (5%, 10% and 15% of body weight) did not promote alteration in the plantar force distribution. The 15% load caused an increase on anteroposterior oscillation which could cause postural alterations in the middle and long run. Other studies seem necessary to evaluate the consequences on body posture of different loads and positions when carrying school materials, considering that overloading and inadequate positioning of the load could promote important alterations that would demand health education action.