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Título

O PENSAMENTO CRÍTICO EM TENSÃO COM A CULTURA MERCANTILIZADA; UMA EXPRESSÃO ROMÂNTICA NO EXERCÍCIO DA EDUCAÇÃO

Orientador

BRUNO PUCCI

Autor

ANDRÉA ZAIA PERIN

Palavra chave

ROMANTISMO -TEORIA CRÍTICA - EDUCAÇÃO

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO (PPGE)

Área

CIÊNCIAS HUMANAS

Data da defesa

30/03/2007

Nº Downloads

1337

Resumo

A pesquisa atenta-se para o problema do pensamento não reflexivo individual na contemporaneidade, delatando com isso a manipulação das mentes, dos sentidos e significados discursivos, comandados pelo poder abrangente da indústria cultural que, no entanto, deriva de um processo histórico de amortização da subjetividade, como forma de alienação dos sujeitos diante da cultura do sistema capitalista. Todo o desenvolvimento do trabalho visa provocar esta cultura “mercantilizada” na apropriação das vidas e valores humanos pelo cotidiano repetitivo e neutralizador do pensamento crítico, que “formata” os homens para o mercado consumidor. Por isso, o foco se fecha no indivíduo (“pensante”) como resgate de sua natureza inventiva e reflexiva, comparando-o simbolicamente com o “ser romântico”, que expressou sua interpretação anticapitalista de forma esclarecedora; oportunizando mudanças individuais na maneira de se relacionar com os ditames do meio social, político, econômico e cultural. A relação feita com o movimento romântico, neste estudo, intenciona dar significado ou suporte histórico ao conceito da crítica cultural estruturada pela filosofia frankfurtiana e, para tanto, autores da Teoria Crítica e do Romantismo filosófico, em conjunto com outros teóricos, dialogam sobre os problemas levantados referentes à imposição da razão instrumental e do poder do capital invadindo as mentes e impondo formas de relacionamentos no ethos moderno. A metodologia usada, com a elaboração de textos na forma ensaio, expressa a capacidade criativa do pensamento como linguagem liberta de formalidades que condicionam a reflexão, pois as averiguações feitas neste processo cognitivo possibilitam criar um “estado de alerta” no indivíduo como resgate de sua subjetividade na crítica à realidade mecanicista. Com isso, os ensaios propõem questionamentos sobre a ética, a estética, as características do Romantismo como movimento contestador, a “administração” dos sentidos na vida modernizada, a manipulação dos conceitos e das aparências pela mídia, a apropriação das produções artísticas pelo mercado - bem como a consagração do kitsch como ornamento artístico de requinte - a crítica à sociedade mercantilizada e, por fim, o despertar do sujeito criativo com a autoconsciência adquirida por todo este processo, reivindicando a possibilidade de sua autoformação. É importante esclarecer que este estudo não se limita a dar respostas determinantes, mas, sobretudo a levantar concepções distintas na forma de apropriação do conhecimento por uma sociedade que se julga “esclarecida” e “emancipada”. Há, contudo antinomias visíveis diante da “indústria da mentira”, cuja finalidade é alavancar as vendas, propagando o conceito de “felicidade” e “liberdade de escolha”, como sinônimo de satisfação pessoal na aquisição de um bem de consumo. Esta situação traz status para o sujeito “administrado” na cultura mercantilizada, sendo favorecida pela falta de auto-reflexão crítica, que se configura como não liberdade do pensamento individual na ponderação sobre uma sociedade “pseudodemocráticão.

Abstract

This research consider the problem of the individual not reflexive thought in the contemporary nature, reporting with that the manipulation of the minds, of the sense and meanings of the discourses, commanded by the comprehensive power of the cultural industry that, however, drift of a historical trial of amortization of the subjectivity, as forms of alienation of the subjects before the culture of the system capitalist. All the development of this work is going to provoke the mercantile culture in the appropriation of the lives and human values by the routine repetitive and neutralizador of the thought critic, that "format" the men for the market consumer. By that, the focus itself date in the individual ("thinking") as rescue of his reflexive and inventive nature, comparing him of the symbolic form with the "romantic creature", that expressed its interpretation anticapitalista of enlightening form; it promoting individual changes in the way of be related with the dictates of the cultural, economic, political, and social environment. The relation made with the romantic movement, in this study, is going to give meaning or historical support to the concept of the critical cultural structured by the philosophy frankfurtiana and, for so much, authors of the Critical Theory and of the philosophical Romance, in assembly with others theoretical, talk about the problems raised regarding the imposition of the instrumental reason and of the power of the capital invading the minds and imposing forms of the relations in the modern "ethos". The methodology used, with the elaboration of texts in the form rehearsal, express the creative capacity of the thought as liberated language of formalities that condition the reflection, therefore the inquiries made in this trial cognitional are going to create a "state of alert" in the individual like rescue of his subjectivity in the critical to the mechanic reality. With that, the rehearsals propose questionings about the ethics, the esthetics, the characteristics of the Romanticism as subversive movement, to "administration" of the sense in the modernized life, the manipulation of the concepts and of the appearances by the media, the appropriation of the artistic outputs by the market - like well as the acclamation of the kitsch as artistic ornament of refinement - to critical to the mercantile society and, finally, the by all this trial, claiming the possibility of its autoformation. It is important clear that this study is not limited it give determinant answers, but, especially it raise distinct conceptions in the form of appropriation of the knowledge by a society that itself judges "cleared" and "emancipated". There is, however contradictions visible before of the "industry of the lie", whose purpose is going to leverage the sales, spreading the concept of "happiness" and "liberty of choice", as synonym of personal satisfaction in the acquisition of a well of consumption. This situation brings status for the subject "administered" in the mercantile culture, being a beneficiary by the absence of critical auto-reflection, that itself configures as not liberty of the individual thought in the thought about a society "pseudodemocratic".