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Título
RESPOSTAS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE ATLETAS DE FUTEBOL JUVENIL DURANTE TRÊS JOGOS OFICIAIS
Orientador
ÍDICO LUIZ PELLEGRINOTTI
Autor
RENATO SALLA BRAGHIN
Palavra chave
FUTEBOL, FREQÜÊNCIA CARDÍACA, AVALIAÇÃO NO FUTEBOL.
Grupo CNPQ
Programa
MS - EDUCAÇÃO FÍSICA
Área
CIÊNCIAS DA SAÚDE
Data da defesa
26/04/2007
Nº Downloads
2067
Resumo
O presente estudo teve como objetivos avaliar e comparar as respostas da freqüência cardíaca (FC) em atletas de futebol durante a realização de três jogos oficiais do Campeonato Estadual de Futebol Juvenil - do estado do Paraná - Temporada 2006; verificar a Intensidade do Esforço (IE) e comparar a FC máxima do jogo com as encontradas em um teste máximo e duas fórmulas preconizadas. A amostra foi constituída de 12 jogadores (16,33 ± 0,65 anos) e dividida em dois grupos de acordo com a participação nos jogos. O grupo 1 (G1) foi composto por jogadores que participaram das partidas de modo integral, sem serem substituídos. O grupo 2 (G2) foi composto por jogadores que participaram de partidas de forma incompleta, pois foram substituídos durante o jogo. Os atletas pertenciam a equipe juvenil do Londrina Esporte Clube. Os dados foram coletados durante três jogos oficiais, utilizando-se um monitor de FC modelo Polar Team System®, sendo os batimentos cardíacos gravados a cada cinco segundos. Para análise estatística os dados foram inicialmente tratados mediante estatística descritiva e a seguir foi realizado teste de Shapiro-Wilks para o conhecimento da normalidade. Foi utilizado teste t de Student para amostras independentes nas variáveis idade, estatura e peso corporal. Para a comparação da FC nos diferentes momentos do jogo foi utilizado o teste U de Mann-Whitney (VIEIRA, 2004), uma vez que os dados não apresentaram distribuição normal. Para a comparação das FCs máximas obtidas foi utilizada Análise de Variância (ANOVA) one-way seguida do teste Post Hoc de Tukey para a localização das diferenças quando verificado efeito significante, sendo adotado p<0,05. A FC média dos grupos 1 (G1) e 2 (G2) foram 175 ± 9 e 172 ± 7 bpm no 1º tempo, 169 ± 7 e 163 ± 5 bpm no 2º tempo e 172 ± 8 e 170 ± 7 bpm no tempo total, respectivamente. Foi observada diferença estatisticamente significante somente para os valores do 2º tempo de jogo. Nos dois grupos a faixa da FC em que predominaram os esforços foram entre 171 e 180 bpm, com 26,90% para o G1 e 29,60% para o G2. Com relação aos valores da FC pico do jogo, FCmax encontrada em no teste YO - YO Intermittent Recovery Nível 2 e FCmax estimadas pelas equações de Karvonen (1988) e Tanaka et al. (2001), só não foi observada diferença estatística entre a FC pico do jogo e a de Tanaka et al. Para caracterização da IE, utilizando-se a porcentagem da FC pico do jogo encontramos o mesmo valor para os dois grupos, 87%. Pela tabela proposta por Zakharov; Gomes (1992) observou-se que para os dois grupos a intensidade caracteriza-se em uma zona de esforço mista (aeróbia - anaeróbia). Pode-se concluir que o registro da FC permite caracterizar que o futebol é um esporte de natureza essencialmente intervalada, intercalando períodos de baixa, média e alta intensidade, e que o jogo induz a diferentes impactos fisiológicos que devem ser respeitados para a prescrição da intensidade do exercício, controle e elaboração do treinamento.
Abstract
The objectives of the present study were to assess and compare the heart rate (HR) response in soccer players during three official matches in the 2006 season of the Parana State Youth Championship, to verify the force intensity (FI) and to compare the maximum HR response obtained during a match with those found during a maximum test and two widely recognized formulas. The sample group was made up of 12 players (average age 16.33 ± 0,65 years) divided into two groups according to their level of participation in the matches. Group 1 (G1) was made up of players who participated fully in the matches without ever being substituted at any point. Group 2 (G2) was made up of players whose participation in the matches was partial, i.e. they were substituted at some point during the match. The players all belonged to the youth team of the Londrina Esporte Clube. The data was collected during three official matches with a Polar Team System® heart rate monitor, being that the heart rates were recorded every five seconds. In order to perform a statistic analysis the data first underwent descriptive statistics measures, followed by the Shapiro-Wilks test to determine normality. A Student's t distribution test was performed on independent samples from the variables age, stature and body weight. In order to compare heart rate during different moments of the match, the Mann-Whitney U test (VIEIRA, 2004) was performed as the data did not present even distribution. For the comparison of maximum HR measured, first the one-way analysis of variance (ANOVA) was utilized, followed by Tukey´s Post Hoc Test in order to pinpoint the significant differences when present, being that p<0.05. The average HR in the Groups 1 (G1) and 2 (G2) were, respectively, 175 ± 9 and 172 ± 7 bpm during the first half, 169 ± 7 and 163 ± 5 bpm during the second half and 172 ± 8 and 170 ± 7 bpm for the entire period. A statistically significant difference was observed for the second half only. In the two groups the spectrum of the heart rate in which the efforts predominated was between 171 and 180 bpm, with 26.9% for G1 and 29.6% for G2. As for peak HR values of the match, maximum HR values obtained in the test YO-YO Intermittent Recovery Level 2 and maximum HR estimated in accordance with the Karvonen (1988) and Tanaka et al. (2001) formulas, it was only between the peak HR of the match and the Tanaka et al. formula that a statistic difference was not found. In order to characterize the FI, employing the percentage of peak HR of the match, the same value was found for both groups, namely 87%. Using the table proposed by Zakharov; Gomes (1992), it was possible to note that for both groups the intensity is characterized in a mixed effort zone (aerobic and anaerobic). It can be concluded that monitoring the HR leads to (1) the understanding that soccer is an essentially intermittent sport, triggering periods of low, medium and high levels of intensity and (2) that soccer playing leads to different physiological impacts which need to be considered for the prescription of exercise intensity, control and training plan.