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Título

EFEITO DO ALONGAMENTO CONTÍNUO E INTERMITENTE NAS ADAPTAÇÕES DO MÚSCULO SÓLEO DE RATO

Orientador

VIVIANE BALISARDO MINAMOTO

Autor

GIOVANNA DISTEFANO

Palavra chave

EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO MUSCULAR, SARCÔMEROS, TECIDO CONJUNTIVO, ATROFIA

Grupo CNPQ


Programa

MS - FISIOTERAPIA

Área

CIÊNCIAS DA SAÚDE

Data da defesa

13/08/2007

Nº Downloads

1622

Resumo

O alongamento é um recurso freqüentemente utilizado no esporte e reabilitação. No entanto, algumas questões a seu respeito ainda não são completamente esclarecidas, tais como qual a melhor intensidade, freqüência, duração e tipo de alongamento a ser empregado para obtenção de melhores resultados. Sendo assim, o objetivo do estudo foi avaliar e comparar os efeitos do alongamento contínuo e intermitente nas adaptações do músculo sóleo, normal e encurtado, de rato. Foram utilizados 45 ratos machos Wistar (240 50g) divididos em seis grupos: Controle (C); Imobilizado (I); Imobilizado + alongamento estático contínuo (IAC) ou intermitente (IAI); Alongamento estático contínuo (AC) ou intermitente (AI). Para o procedimento de imobilização os animais foram anestesiados e a pata posterior esquerda foi posicionada em máxima flexão plantar, durante 21 dias. As sessões de alongamento tiveram início no 15 dia, e foram realizadas uma vez ao dia, durante 40 minutos, por 7 dias consecutivos. No alongamento contínuo o tornozelo foi mantido manualmente em máxima dorsiflexão por 40 minutos. Já no alongamento estático intermitente, a articulação do tornozelo foi mantida manualmente em máxima dorsiflexão durante 60 segundos, com intervalo de 30 segundos entre as repetições, também durante 40 minutos. Nos grupos imobilizados e posteriormente alongados, a órtese era removida para a aplicação do alongamento, sendo posteriormente recolocada. No 22 dia do experimento os animais foram sacrificados e as variáveis massas corporal e muscular, amplitude de movimento (ADM), adaptações de sarcômero, área de secção transversa (AST) e densidade de tecido conjuntivo (TC) foram analisadas. Os grupos AC e AI apresentaram aumento da massa corporal, enquanto os grupos I, IAC e IAI apresentaram diminuição da mesma, sendo todos os grupos diferentes do C (p?0.000009). No entanto, os grupos IAC e IAI apresentaram diminuição significativamente maior do que os animais apenas imobilizados (p?0.007). Nos grupos I, IAC e IAI houve redução da massa muscular absoluta (p?0.05) e relativa (p?0.03), da ADM final (p?0.05) e aumento da densidade de TC (p?0,05) quando comparados ao grupo C. Além disso, apenas o grupo I apresentou redução do comprimento muscular (p?0.0002) e do número de sarcômeros quando comparado ao C (p?0.05). Para todas essas variáveis não foram observadas diferenças significativas entre os grupos contínuo e intermitente. Em relação a AST houve diminuição desta variável nos grupos I e IAI quando comparado aos demais grupos (p?0.000007). Dessa forma, observou-se que no músculo encurtado os protocolos contínuo e intermitente levaram a respostas distintas somente para a variável AST, sendo apenas o protocolo contínuo eficaz para reverter a atrofia da fibra muscular. Além disso, os protocolos utilizados, tanto contínuo como intermitente, aplicados em músculos normais não foram eficazes para provocar adaptações musculares.

Abstract

Stretching is an often technique used for sports and rehabilitation. However, some concerns are still not understood, such as if there is some different muscular response after the use of different stretching protocols. The aim of this study was to evaluate and to compare the effects of continuous and intermittent stretching protocols on shortened and normal soleus rat muscle adaptation. Forty-five male Wistar rats (240}50g) were divided into 6 groups: control (C), immobilized (I); immobilized + continuous stretching (ICS); immobilized + intermittent stretching (IIS); continuous stretching (CS) and intermittent stretching (IS). For the immobilization procedure the animals were anaesthetized and the left hindlimb was positioned in maximal plantar flexion, during 21 days, using an immobilization device. The stretching sessions began on the 15‹ day and they were performed once per day, during 40 minutes and for 7 consecutive days. For continuous stretching protocol, the animals had the ankle manually kept in maximal dorsiflexion during 40 minutes. In the intermittent stretching protocol, the ankle joint was manually kept in maximal dorsiflexion for 60 seconds with a 30s interval between each 60s period, in a total of 40 min. In both immobilized and stretched groups, the immobilization device was removed for stretching application and after that, the hindlimb was immobilized again. On the 22nd day of the experiment the animals were euthanized and the following variables were evaluated: body and muscle mass, range of movement (ROM), sarcomere adaptation, cross sectional area (CSA) and area density of connective tissue (TC). While the groups CS and IS showed an increase in the body mass, the I, ICS and IIS groups showed a decrease in this variable, and all these groups were different from the C (p.0.000009). However, the ICS and IIS groups had a more evident decrease in the body mass when compared to I group (p.0.007). In the groups I, ICS and IIS there was a decrease in both absolute (p.0.05) and relative (p.0.03) muscle mass, final ROM (p.0.05) and increase in the intramuscular CT (p.0.05) when compared to the C group. Besides, only the group I showed reduction in the muscle length (p.0.0002) and in the number of sarcomere (p.0.05) related to the control values. For all these variables, it was not found significant difference between the ICS and IIS groups. Related to the CSA there was a decrease in this variable in both I and IIS groups when compared to the others (p.0.000007). Then, it could be noted that both stretching protocols, continuous and intermittent, when applied on the shortened muscle, did promote different muscle adaptation only in the CSA, and only the continuous stretching was efficient to treat the muscle fiber atrophy. Besides, the application of continuous and intermittent stretching on a normal muscle was not able to promote muscular adaptation.