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Título

ENSINO MÉDIO EM REDE: PERCEPÇÕES DOCENTES SOBRE UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

Orientador

MARILENA APARECIDA DE SOUZA ROSALEN

Autor

THIAGO ROZINELI

Palavra chave

ENSINO MÉDIO EM REDE, FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E...

Grupo CNPQ


Programa

MS - EDUCAÇÃO (PPGE)

Área

CIÊNCIAS HUMANAS

Data da defesa

28/08/2007

Nº Downloads

1386

Resumo

Este trabalho analisa o programa Ensino Médio em Rede (EMR) na cidade de Piracicaba - São Paulo, verificando "se" e "como" este contribui para a formação continuada de professores. Metodologicamente, optamos pelo estudo de caso, pois buscamos compreender uma realidade particular (EMR em Piracicaba), tratada como uma unidade dentro do sistema maior (EMR no Estado de SP). A formação continuada de professores tem sido entendida como um processo permanente de aprendizagem e de desenvolvimento profissional, do qual a reflexão sobre a prática pedagógica é parte fundamental, para que seja possível a geração e implementação de propostas que contribuam para a melhoria da qualidade da educação. O Ensino Médio em Rede (EMR) é um exemplo de programa de formação continuada implementado pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, nos anos de 2004 a 2006. O programa EMR envolveu em Piracicaba um total de 45 escolas e 776 pessoas, das quais entrevistamos 40 (todas com Licenciatura concluída). A maioria dos entrevistados avalia que o EMR contribui para a sua formação continuada através das reflexões que são geradas no grupo, com trocas de experiências, relacionando a prática com a teoria e levando a uma nova prática, principalmente através dos projetos coletivos, que articulam diferentes disciplinas e inovam a prática da sala de aula. Isto vai ao encontro do entendimento de formação continuada de pesquisadores da área: a formação não se constrói somente por acúmulo de cursos, de conhecimentos ou de técnicas, mas sim, através de um trabalho de reflexão e crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente da identidade pessoal do professor e de sua prática. A maior parte dos entrevistados disse que utiliza (com diferentes periodicidades) os conteúdos aprendidos do programa EMR e alguns estão desenvolvendo projetos com outros professores na escola de origem, alterando a prática pedagógica com os alunos. Por outro lado, as observações realizadas mostraram que para alguns professores o EMR era apenas mais um programa oficial que a categoria precisava cumprir e a justificativa para isto era a forma de condução do programa, ou seja, a sua organização e a metodologia utilizada. Concluímos que o Estado de São Paulo tem oferecido alternativas para a formação continuada de seus professores e o EMR é um exemplo. Acreditamos que o que falta é uma política de formação continuada mais consistente, que alinhave as alternativas oferecidas, tornando-as mais efetivas e constantes.

Abstract